we're both stubborn

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- Louis você não entende o absurso que você comete? Você não entende que machuca? - Harry grita essas palavras em meio ás lágrimas que insistiam em desceu seu rosto. Louis está sentado no sofá olhando o mais novo se despedaçando.

- Babe... - Louis tenta começar um explicação mas é cortado pelo outro.

- Por favor não me chame de babe - podia sentir o desgosto de Styles -, você passou de todos os limites Louis, todos, você disse uma vez que eu não respeitava o nosso relacionamento mas agora, quem vai ter um filho é você... - aponta para o peito do outro que já começava a chorar - Louis... isso...isso - Harry andava de um lado para o outro agora, enfim se joga na poltrona. - Você acaba comigo Louis.

- Foi a Modest, Harry... - sua voz estava embargada pelo choro - Eu tinha que provar que era hétero porque as suspeitas estavam muito grandes. E-e-eu...

- Transou com ela. Isso que você fez Louis, transou com aquela mulher.

- Olha para mim Harry, nós tínhamos dado um tempo - Louis grita e se levanta indo até Harry e apontando o indicador no rosto do outro -, você beijou outras pessoas também!

- Mas não engravidei ninguém. - Harry murmura e limpa algumas lágrimas.

- Para de falar isso Harry. - Louis chorava mais agora - Cala a boca e me escuta, teimoso do caralho.

- À merda Louis, você é tanto quanto eu. - Harry olha para o outro e se levanta, mas o mais velho não se intimidava.

- Não estávamos juntos, eu estava sofrendo ameaças da empresa e agora você quer que eu faça o que? Eu sempre quis ter um filho Hazz, sempre, e nós conversávamos sobre isso.

- Colocar um filho numa mulher e chamar de nosso?

- É meu, e se você é o meu marido, vai ser pai dele também. Ou você não entende.

- Não era assim que eu imaginava que teríamos um filho. - Harry replica e vai até a cozinha pegar sua garrafa de água e tomando um longo gole.

Louis estava exausta, já era quase sete horas da manhã, estavam a duas horas discutindo, ele tentou não chorar, mas Harry conseguia ser insensível as vezes. Repetia para si mesmo que o mais novo só estava irritado, magoado, e que ficaria tudo bem. Mas não podia deixar Harry falar o que quisesse e ficar calado ouvindo.

- Harry, eu to tão feliz por ter um filho, infelizmente não é com você mas o que eu podia fazer? - Louis segue o outro agora acendendo um cigarro, estava ansioso.

- Verdade esqueci que não existe outras opções, tipo adoção. - Harry diz irônico.

- Deixa disso agora, na nossa casa é para ter respeito mutúo.

- Você me respeitou comendo ela? - Harry quase grita.

- Eu estou á um passo de sair por aquela porta Harry... - Louis solta a fumaça e olha para o outro que ri e seca as lágrimas.

- Pode deixar que eu mesmo faço isso, continue aqui no país das maravilhas. Eu vou voltar para casa da minha mãe. - Louis desmorona por dentro. Era mentira. Harry não podia fazer isso.

Estava paralisado seguindo Harry, tirou uma mala e puxou o máximo de roupas que na mala cabia, não não não não, aquilo definitivamente não podia acontecer, Louis não podia ver o amor da sua vida sair pela porta.

- Para agora! - falou ficando entre Harry que segurava algumas roupas e chorava baixo e a mala em cima da cama - Vamos dormir e conversar daqui a pouco Hazz.

- Sai da minha frente Louis, por favor. Quero evitar estragos. - Harry diz com a voz mais rouca que o normal por conta do choro.

- Evite estragos ficando comigo. - Louis tenta segurar o rosto do outro mas o mesmo desvia. - V-vo-você virou a cara? - diz retoricamente entre as lágrimas já incontroláveis.

- Louis - o mais novo joga as roupas nas malas e fecha -, eu não posso sorrir e dizer tudo bem fácil assim, entende? Eu vou pensar, eu só preciso respirar. - puxa a mala e olha Louis aos prantos em sua frente, não podia negar que aquilo machucava-o, mas ele não podia continuar ali, iria ser pior, iria machucar mais o outro. Precisava pensar. - Eu te amo. - deixou um beijo na testa do outro e andou em direção á porta, viu o outro segui-lo mas entrou no carro e deu a partida mesmo podendo ver o outro na entrada da garagem murmurando "por favor, babe".

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Harry bateu na porta de sua casa torcendo para que alguém estivesse em casa, demorou alguns minutos mas sua mãe logo apareceu, solta a mala e abraça forte a mulher chorando em seu ombro.

- O que houve Harry querido? - sua mãe murmura e afasta o filho para olhar diretamente em seus olhos.

- O Louis vai ter um filho mãe. - e voltou a chorar encostando na mãe.

Foi um tanto quanto difícil contar a mãe, repetia que estava machucado com aquilo mas também dizia o quanto amava aquele pequeno.

- Harry você ama o Lou, está só nervoso - sua mãe sorri gentilmente -, ele é o mesmo Louis que fez um Harry de apenas dezesseis anos pedir durante um mês todinho que eu deixasse eles morarem juntos.

- Mas ele não me escuta mãe... - Harry fungava.

- Vocês dois são teimoso Harry, não tire o seu da reta não. - Harry ri fraco - Se eu deixei você morar com ele é porque confio nele, e porque eu via o quanto você gostava dele, e você era um garotinho, achavam que eu era louca de deixar o meu filho caçula morar com um cara que acabou de conhecer. Mas eu deixei Harry, porque o que eu via era amor.

- Posso ficar aqui uns dias? - Harry perguntou depois de assentir.

- Claro filho - Anne sorriu -, você ainda é o meu bebê. - beijou a bochecha do filho e se lavantou do sofá - Vamos comer alguma coisa que já é quase dez horas, tinha esquecido como você era chorão.

- Mãe! - Harry exclama se levantando.

- To brincando - Anne ri -, não tinha como esqucer. - ambos riram e foram até a cozinha em um silêncio que logo a mãe de Harry fez questão de quebrar - Harry me prometa que vai falar com Louis.

- Eu não-não sei mãe.

- Harry me escuta, você ama aquele garoto, quero dizer - se corrige -, homem. E você já não é mais um adolescente também! Vai sim falar com ele, dizer como se sente sem magoa-lo. E terminar de uma vez ou voltar, até lá você vai ter tempo para pensar.

Harry apenas assente, ele sabia que sua mãe tinha razão.

sweet creature - Larry StylinsonWhere stories live. Discover now