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Grécia, Santorini, 3 anos antes.

Era pra ter sido apenas uma viagem, que passei horas a mais durante seis dias de trabalho para receber a mais no fim do mês, para que pudesse separar e guardar em minha poupança, só para então depois de longos 8 meses economizando e me privando de mimos e noitadas para que meu grande sonho de viver as férias de minha vida.

Tália, 21 anos, recém formada no bacharelado de história, 1,74 de altura, loira, amante de livros, tatuagens, mar, natureza, diferenças culturais e apaixonada por músicas clássicas e lo-fi.

Talvez o meu interesse maior em conhecer a Europa, em específico a Grécia seja carregado diretamente em meu nome e minha história. Nascida em Maui no Havaí e criada até minha idade atual em Los Angeles, Califórnia.

Desde pequena sempre estive presente com os contos e superstições da mitologia grega, visto que meus pais são amantes fiéis da mesma, chega até ser uma incógnita eu carregar o nome da filha do deus mais poderoso do Olimpo - Zeus - e não de algum descente ou algo representante a Poseidon, visto que sempre tive uma grande conexão com o mar.

Trabalhei duro e estudei muito com meu esforço e ajuda de minha família, que sempre foram meu porto, onde não importasse o quão longe eu poderia ir, sempre soube que se voltasse eles me acolheriam.

Foi na viagem mais intensa e marcante de minha vida, que tudo mudou.

Minha primeira vez fora do país por conta própria, realizando um sonho, com uma faculdade finalizada, aproveitaria minhas férias merecidas depois de quase, dois longos anos sem férias daquela rotina cansativa que existia com o estágio, viveria intensamente cada segundo.

O objetivo era curtir realmente sozinha, a companhia que sempre tive sem falta, a minha própria, mas a vida nos prega peças.

E dentre uma dessas eu conheci o grande amor da minha vida, ele não vivia em livros, pesquisas, artefatos históricos, ele era humano de carne e osso, vivo vale relembrar, com um coração pulsante e tão puro, que nem podia se igualar aos homens de sua idade que já havia conhecido.

Kim Namjoon, Sul-coreano, fluente em inglês, 24 anos, produtor, compositor, filósofo e um cara que vai contra o sistema nas horas vagas, amante de livros, museus, natureza, sorrisos, diversidades culturais e pequenos animais que ele trata com o maior carinho quando estão em suas mãos.

Nós esbarramos em uma de minhas visitas ao museu da Acrópole de Atenas, um da minha lista de top10 museus que mais queria visitar, conhecer de perto toda a imensamente de sua arte e história.

Foi minha primeira semana no país.

E durante as outras duas semanas ele esteve comigo em todas as visitas, todos os museus, praças, calçadas, lojas, restaurantes e bares que estive.

Diante de nossa diferença cultural, eu aprendi com ele sobre um pouco de sua história nacional e eu pude ensinar o que havia aprendido e vívido no Havaí e em Los Angeles.

Compartilhamos gostos, preferências, piadas, conversas furadas, encantamentos, histórias, conhecimento, até mesmo sonhos.

Ele havia se tornado muito mais que apenas um amigo de viagem naqueles momentos.

Durante algumas complicações em minha viagem e saudades de casa ele me ajudou, me abraçou e impediu que eu desistisse daquele momento mágico e voltasse correndo para os braços de meus pais, visto que nunca havia passado tanto tempo longe assim deles, em outro país com outro fuso horário.

L'amour en Grèce • Kim Namjoon Where stories live. Discover now