- Olá- Paula disse animada entrando no carro do namorado e lhe dando um selinho.
- Oi- deu um pequeno sorriso e acariciou o rosto da morena rapidamente antes de ligar o carro novamente.
- O que foi que você tá com essa carinha?- pôs a mão na coxa dele.
- Tem aquele jantar da Bruna lá na casa dos meus pais hoje e eu não to com o menor saco pra ir- suspirou.
- Ué, faz o que sempre fez, da uma desculpa e desaparece- riu lembrando das inúmeras vezes que o loiro ligara pedindo para confirmar uma história inventada para sua mãe para fugir de jantares como esse.
- Só que a Bruna quer apresentar o namorado então eu sou obrigado a ir ou minha mãe me mata. Você sabe bem como é a peça.
- Ah, vai ser rapidinho- acariciou a perna dele- Você nem vai ver o tempo passar.
- Sabe como eu posso não ver o tempo passar?- sem tom de voz mudou- Se você estivesse lá comigo.
- Não viaja, Breno, eu nem fui convidada- riu.
- Minha mãe te convidou, mas eu estava procurando uma desculpa pra fugir então nem falei. E outra, contei pra ela que a gente tava namorando e ela queria que você fosse lá oficialmente como minha namorada, mas como estávamos ocupados acabei nem marcando nada- revelou.
- Eu acho muito legal essa tradicionalidade da sua família de ficar marcando jantar pra tudo, na minha a gente avisa por WhatsApp e todo mundo comemora mandando figurinhas- disse rindo e arrancando risadas do loiro.
- Acho que nascemos na família trocada, mor- pegou a mão dela e deu um beijo.
- Quero só ver como vai ser com a nossa.
- Hmmm, já tá pensando em uma família comigo?- falou com um tom divertido.
- Uai, é lógico, moço! Eu não tenho mais idade pra brincar de namorar não. Já penso em casamento, morar junto, família, tudo...
- Bom saber- sorriu para ela.
Estacionou o carro em frente à escola das crianças e a morena desceu para pegar os dois. Seu carro estava na oficina por conta de alguns problemas mecânicos, então o loiro fez questão de a levar para todos os lugares, mesmo que fosse totalmente contramão de sua casa.
- Vai descer e tomar café com a gente, né?- perguntou quando ele parou na frente da casa dela.
- Eu tenho que ir pra casa tomar banho e trocar de roupa- fez um bico.
- Fica, depois a gente passa na sua casa antes de ir pro jantar- sugeriu.
- Então você vai comigo?- sorriu e beijou seu rosto.
- Se a Rosa estiver disponível pra cuidar das crianças, vou sim.
- Então eu aceito!
Assim que entrou em casa a morena já ligou para a babá e marcou com a mesma para ela cuidar das crianças de noite. Ela preparou a mesa do café e então os quatro se sentaram para comer.
- Quando o Breno vai vir morar aqui?- Sofia perguntou.
- Como assim, filha?- Paula não entendeu a pergunta repentina.
- É que ele dorme mais aqui do que na casa dele, só que as roupas não ficam aqui- olhou confusa para a mãe.
- A gente tá recém no início do relacionamento, meu amor, ainda não é momento pra dar esse passo- explicou.
Breno ficava encantado com a sinceridade e a clareza que a morena falava sobre todos assuntos com seus filhos, era admirável.
- E a gente vai ganhar mais irmãos?- Pedro questionou fazendo os corpos dos adultos se tensionarem.
Por mais que conhecesse o homem como a palma de sua mão, Paula nunca ouviu ele falar sobre crianças ou a vontade de ter filhos, então sempre pensou que não era um desejo dele. Já Breno ficou pensando se ela gostaria de ter mais filhos, a mesma havia falado sobre formar uma família com ele enquanto estavam no carro, mas isso poderia apenas significar o estreitamento de laços, não necessariamente pôr outro ser humano no mundo.
Trocaram um rápido olhar e então Paula limpou a garganta se ajeitando na cadeira.
- Acho que isso não é assunto pra ser pensado agora também, filho. Temos muito tempo pela frente- decidiu se safar da pergunta e o loiro a agradeceu mentalmente por isso.
Definitivamente teriam que conversar sobre isso algum dia, mesmo que fosse mais para a frente.
Depois que terminaram o café, ficaram um tempo com as crianças na sala e logo a morena foi até seu quarto separar suas coisas para se arrumar na casa de Breno. Quando a babá chegou, eles se despediram dos pequenos e partiram para a casa do homem.
- Seus filhos gostam de nos pôr em cada saia justa, né?- o homem falou enquanto tomava banho.
- Acredite, eles já me botaram em situações muito piores- ela se maquiava no banheiro em frente ao espelho.
- Crianças são terríveis- riu desligando o chuveiro e pegando a toalha preta para se secar.
- São, e mesmo assim são os amores da minha vida. Que coisa doida, né?- o olhou rapidamente voltando a sua atenção a maquiagem- É uma conexão muito estranha.
- Eu amo o jeito que seus olhos brilham quando você fala dos seus filhos- ajeitou a toalha na cintura e a abraçou por trás- Ter filhos deve ser algo muito especial.
- É demais. Por mais que tenha os problemas e muitas vezes a gente ache que não vai dar conta, ver o sorriso deles e aquelas carinhas compensa qualquer coisa negativa- sorriu- Agora para de enrolar e vai se arrumar de uma vez se não a gente vai se atrasar- tirou as mãos dele de sua cintura.
Quando ambos já estavam prontos foram para o carro e partiram para a casa da família Simões, onde seria o jantar.
- Amor, promete que, quando forem adultos, a gente não vai obrigar nossos filhos a fazer o que eles não quiserem?- falou resmungando.
Era a primeira vez que ele falava daquela forma, não havia entendido se era sobre seus filhos ou se ele queria ter outros com ela, mas aquilo fez que coração aquecer.
- Para de ser reclamão, Breno- optou por não dar ênfase àquela fala.
Chegaram na casa dos pais do loiro e então desceram do carro indo de mãos dadas até a porta.
- Filho!- Maria Olívia disse surpresa quando abriu a porta e viu o loiro do outro lado- Não sabia que realmente viria.
- Acha que eu não tenho palavra, mãe?- lhe deu um rápido abraço- Se eu não viesse já teria inventado alguma desculpa.
- Foi você que conseguiu convencer ele a vir, né?- se dirigiu a Paula e a abraçou fortemente- Sempre soube que só você conseguiria pôr juízo nessa cabeça louca do Breno.
- Eu juro que to tentando, Maria Olívia- Paula disse rindo.
Os três adentraram a casa e encontraram apenas Sérgio na sala.
- Ue, cadê a Bruna e o corajoso?- o loiro questionou fazendo a namorada lhe cutucar com o cotovelo.
- Já deveriam...- quando MO ia concluir a frase, o barulho da porta foi ouvido- Parece que chegaram.
Os quatro olharam para o corredor esperando quem viria. A primeira pessoa a aparecer foi Bruna, e a pessoa que veio em seguida fez Paula e Breno trocarem olhares surpresos.
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Fake Wife
FanfictionBreno era um arquiteto que adorava se aventurar com a mulherada nas noites, e se utilizava de uma antiga aliança de casamento para conquistar seus alvos, até que um dia ele acaba se encantando e tem que inventar uma família que não existe, fazendo s...