A proposta de ouro

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06:59,12 de abril de 2018,seul coreia do sul

Droga!06:59 vou chegar atrasada no trabalho.-Falo pulando da cama e correndo para o banheiro.

07:59 Estou a caminho do trabalho agora, meu nome é Hae-ri sou jornalista formada a mais ou menos um ano, tenho 25 anos e eu realmente amo meu trabalho,mas nem tanto o meu chefe.

...

Tá atrasada! O chefe quer falar com você na sala dele.-So yeon, minha amiga do trabalho fala apontando para a sala do meu chefe.

Bom dia pra você também.-Falo dando língua pra ela enquanto ela sorri,o que me faz sorri também, chego na porta de sua sala,respiro fundo e depois bato em sua porta. 

Após bater na porta, escuto uma voz de dentro da sala me mandando entrar.

Me chamou senhor?

Meu chefe que está em pé, olhando a vista pela enorme janela da sala se vira em direção a mim quando percebe minha presença.

Tenho uma proposta imperdível pra você! -Ele fala com um enorme sorriso e apontando sua mão para a cadeira, fazendo gesto para que eu sentasse.

O que seria chefe?-Pergunto, entrando em sua onda de entusiasmo.

Você sabe que você ta começando agora e essa seria sua oportunidade de ouro, concorda comigo? -Antes mesmo que eu tivesse a chance de responder, ele continua sua fala, andando por sua sala. -Você deve saber de um caso de um psicopata que matou 7 mulheres há 10 anos atrás, ele está em julgamento para que seja solto e eu quero que você cubra essa matéria essa é a oportunidade de ouro, agora vá lá e faça seu trabalho, pode sair. -Ele termina sua fala e senta-se em sua cadeira.

Saio da sala sem entender um pouco da situação, confusão mental, informação demais talvez... Vou em direção a mesa de So Yeon.

Ei você sabe de algum caso sei lá e um psicopata que assassinou 7 mulheres  há 10 anos atrás? -Pergunto enquanto ela digita algo freneticamente em seu celular, pela cara dela certeza que era coisa séria, tanto que ela nem me deu atenção, volto pra minha mesa e começo o meu trabalho.

...

Ei,não vai pra casa?-So yeon fala enquanto estou pesquisando em meu computador.

Agora não,pode ir na frente.-Falo rapidamente,enquanto faço gesto de tchau com as mãos,

Desde quando recebi a oferta de cobrir esse caso venho pesquisando todas as informações que eu preciso para me manter por dentro da situação,até agora descobri o nome do psicopata o presidio que ele se encontra e outros detalhes nem tanto relevantes assim, junto tudo em uma pasta e vou até a sala de copiadora imprimir, quando de repente tenho a ideia de ir na sala de arquivos onde eles guardam jornais de tempos atrás com noticias como essa.

Pelo que eu pesquisei na internet as vitimas desses tipos de casos sempre tem algo em comum a desse cara era que ambas eram mulheres, mas o que essas mulheres tinham em comum? Junto tudo que eu consigo achar ali, nome de vitimas, fotos, o que elas tinham em comum... ACHEI! todas são muito parecidas fisicamente e me parece que morreram de maneiras parecidas.

Comecei a ficar obcecada com o passar dos dias, descobri que ele capturava sua vítimas, mas antes ele fazia uma espécie de varredura em suas vidas, ou seja, ela ficava tão obcecado por elas que sabia da sua vida do acordar ao ir dormir.

Eu não parava de pensar naquelas mulheres e como suas vidas chegaram ao fim de maneira tão trágica e nas suas famílias.

...

DIA SEGUINTE:

Pedi ao meu chefe o dia e ''folga" para visitar o presidio onde aquele homem se encontrava, quando desço do táxi me deparo com uma cena intrigante algumas famílias das vitimas estavam com cartazes com fotos delas e gritando fervorosamente.

Após a vistoria entro numa espécie de sala meia escura, olho aos arredores e sento em uma cadeira enquanto eu espero o detento chegar.

Escuto um barulho de portão abrindo atrás de mim e me viro, era ele, o homem de 10 anos atrás, dos jornais, o que acabou com a vida de 7 jovens mulheres.

Faz tempo que eu não recebo visita, é bom ver um belo rosto por aqui. -Fala ele com um sorriso de lado, sentando na outra ponta da mesa.

Não sei descrever ao certo qual era o meu sentimento naquele momento, mas posso afirmar que não era medo, era um sentimento de nojo e repúdio por tais atos asquerosos, ele me encarava como se já me conhecesse de algum lugar, mas eu nunca o tinha visto pelo que me lembre a não ser pelas fotos dos arquivos que eu encontrei.

O que trás você a minha casa senhorita? Já sei, não precisa me dizer, você deve ser alguma jornalista que quer escrever algum livro meu né? Acertei não foi? Bem, por onde devemos começar? Da minha infância ou do meu primeiro assassinato? -Ele não parecia estar fazendo piada ou sendo irônico,apesar de estar com um sorriso no rosto.

O que faz você pensar que eu escreveria um livro sobre você? Primeiro que eu não sou nem escritora, sou jorna... -Ele me interrompe antes que eu possa continuar a falar.

Se a senhorita não veio aqui escrever algum livro sobre mim, então não vejo razões para nós continuarmos esta conversa. -Ele levanta de sua cadeira e um policial o conduz para fora da sala.

Droga! -Xingo em voz alta. -Ele falou que faz tempo que ele não recebe visita? Quem será que iria visitar ele? Filhos? Esposa? Preciso saber de mais sobre ele.

Vou até um cyber local, próximo a delegacia e lá começo mais uma de minhas investigações, descobri um endereço de um restaurante provavelmente de alguém de sua família, já que no site o estabelecimento faz menção ao sobrenome de casado, decido ir lá.

No caminho para o restaurante, vejo uma briga, um homem batendo covardemente em uma mulher.

EI! -Grito revoltada com aquela situação, dando passos rápidos e precisos em direção aquele escroto.

Dou um soco na cara dele...

Sua mãe não te ensinou que não pode bater em mulher não? -Pergunto para ele enquanto ele tá no chão, ele coloca a mão no rosto e tenta se levantar mas eu dou um chute nele e pego meu celular para ligar para a polícia.

A polícia chegou, os policiais o colocaram no camburão e eu a moça na traseira do carro, a mulher não falava nada e estava bastante assustada, parece que aquela não era a primeira vez que isso tinha acontecido, sempre que eu tentava encara-la, ela desviava o rosto, como se tivesse vergonha.

Depois de eu contar meu depoimentos aos policiais e a mulher que havia sido agredida não contar nada, o escroto foi preso. 

Sai da delegacia e ela vem atrás de mim, me viro pra ela e falo:

Qual é o seu nome? -Pergunto, mas como esperado, não obtive resposta pelo menos não como eu esperava, ela fez apenas gestos pra mim, como quem dizia estou com fome.

Falo pausadamente e com gestos pra perguntar se ela quer ir comer comigo, ela balança a cabeça em sinal de confirmação, olho pra o relógio e vejo que pela hora o restaurante dos arquivos está fechado, levei ela pra um restaurante próximo, pedi a comida e ela comeu tudo e repetiu, dei até um sorrisinho e ela também, pelo jeito que ela comia parecia que havia pulado várias refeições.

Tenho que ir agora, mas vou deixar meu telefone com você, se você precisar de alguma coisa me envia uma mensagem, você tem telefone?.-Ela faz que sim com a cabeça e sorri pra mim como se me agradecesse, pago a conta e vou pra minha casa.

Dia cheio Hae-ri, dia cheio- Falo pra mim mesma enquanto caminho para casa.

...


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