02• fazer amizade é como receber o melhor presente de uma festa

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Definitivamente eu sou do tipo de pessoa que tem uma capacidade infinita de se perder em um lugar, por mais que tenha passadas diversas vezes por ele.

Só que isso não era pra acontecer, já que o fato de eu estar "habituada" e meio que familiarizada com o local me fizessem caminhar com uma pintada de certeza, onde no final da contas eu poderia entrar e sair de avenidas e mesmo assim me sentir um verdadeiro mapa, só que humano.

Então, logo me vi com o maior azar do mundo em plena 07hrs da matina: sem meu celular comigo (porque eu inventei de ficar com ele até tarde maratonando fanfics, apenas com minha mochila made in China, com as alças prestes a me abandonarem. Nela só estavam meu caderno, minha apostila, uma pastilha minty (porque eu não queria aparecer desagradável quando falasse assim que abrisse a boca) e com meu amado e lindo livro romântico-macábro-emocionante, vulgo Redoma, da Meg Wolitzer. Que na minha humilde opinião,é um livro tão bom que deve ser lido mais de uma vez só de tão bom que é, até em detalhes. Não é à toa que foi eleito o livro jovem do ano (2014), embora eu não tenha conhecido ninguém que tenha lido ele.

Mesmo com as expectativas da minha mãe de que eu viesse e assistisse direitinho as aulas e voltasse em segurança e prestando bem atenção no caminho e pontos que o ônibus parava, eu tentei por milésimas vezes desfocar de como seria (esteticamente) o curso, agora basicamente teria que me concentrar em pedir informação.

De certo modo eu tinha um ponto de referência, então era só sair perguntando.

E assim que eu desci do ônibus, tentei rondar o terminal porque, era pelas redondezas daquele bairro tão conhecido por mim que ficava localizado o curso. Estava sendo um tanto que frustrante e cansativo ficar rondando e rondando no mesmo lugar e fazendo a mesma pergunta para pessoas diferentes.

Mas esse não era a questão esquisita, tipo, da coisa toda (além de eu não saber ao direito como fazer perguntas politicamente corretas), eu tinha que lidar com a careta que me fazia por não saberem aonde raios ficava aquele bendito curso. Tentei até explicar o slogan do leão que tinha, mas era o mesmo que atirar no escuro.

Nunca fui de desistir.

Sempre fui muito teimosa e quando começava algo tentava ir até o fim, me esforçando ao máximo pra concluir coisas que tinha começado (por mais que, na grande maioria das vezes eu falhasse miseravelmente nisso), mas que eu dava meu sangue, literalmente, isso sim!

Depois de sentir os minutos voarem e ver pessoas e automóveis se movendo, eu decidi ir pra casa.

Pra quê insistir em procurar por um lugar que você já cansou de ouvir que provavelmente não existe, não é verdade?

Foi então que totalmente frustrada, eu peguei o ônibus com uma rota um pouco diferente, mas que passava próximo ao bairro onde minha casa ficava bem escondidinha, numa rua pequena, pra não dizer beco, eu não poderia ter outro lugar melhor pra estar com minha mãe e meu irmão, além da província de Hanam.

E foi com minha cara melancólica, cantarolando todas as sads musics da Aurora, que eu vi, a bendita placa com leão e o nome do curso, eu faltei dar um grito no coletivo e reconsiderei isso por um momento, mas achei que mais vergonhoso do que isso seria as expressões das pessoas ao me ver "pedindo" pra parar sem nem ter dado 5 minutos direitos que eu havia entrado.

Atravessei a rua, saltitando de alegria, imaginando flores brotando ao meu redor, enquanto o sol irradiava ao som de uma música instrumental alegre, pra dar aquele ânimo e vontade de viver o melhor da vida hoje, isso tudo e mais um pouco: imaginariamente.

⌛⇠Long Time no See⇢⌛ ♡SYH♡Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt