CAPÍTULO BÔNUS

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A risada de Débora preenchia aquele lugar aberto. O parque nunca fora tão lindo aos olhos de Jeongguk, ou melhor, ele não sabia dizer se era Débora que lhe causava esse efeito ou nunca parou mesmo para reparar ao seu redor. Mas tudo que ele queria naquele momento era arrancar mais risadas gostosas da garota em sua frente, para o Jeon, aquele sorriso era o mais lindo que já vira e este que jamais esqueceria.

Já Débora era minimalista, adentrava em um local e fazia a questão de reparar em tudo, até onde seus olhos podiam alcançar. Na borboleta azul sobrevoando as copas das árvores, a pequena joaninha que caminhava sobre a grama, o beija-flor que voava atrás de uma flor que lhe tirasse o fôlego. Ela amava a natureza, sair de casa e amava ainda mais observar esses pequenos detalhes que mais ninguém repara. Para Débora, são esses detalhes que dão vida e forma o lugar. Mas ficava indignada com as pessoas que pareciam não se importar nem um pouco com esses lugares que lhes proporciona um pouco de lazer, que lhes trás a vida e o descanso.

É revigorante a sensação que o Jeon está fazendo-a ter, pois a muito tempo não sentirá isso novamente.

- Terminamos aqui, vamos para outro lugar? - Jeongguk a olhou, ajeitando os braços para então apoiar o queixo sobre o ombro. Débora sorriu e assentiu, derretendo ainda mais o coração mole de Jeon.

Jeongguk olhou para Jimin, que o acompanhava de longe na caminhada, e o chamou. O louro revirou os olhos, odiava ficar de vela e quase matou Jeon por obrigá-lo a acompanhá-los quando ele nem é mesmo paraplégico, e foi até eles.

- Junte as coisas, por favor, vamos para hum... para onde vamos? - Jeongguk olhou novamente para Débora e ela sorriu envergonhada, baixando a cabeça quando suas bochechas queimaram e denunciaram sua vergonha e timidez. Jimin o repreendeu com o olhar, pois estava parecendo o subordinado de um chefe chato e arrogante.

- Eu não sei. - Ela soltou uma risadinha e voltou a olhá-lo.

Como se uma lâmpada tivesse surgindo sob sua cabeça, como nos desenhos animados, Jeongguk sorriu e estalou os dedos no ar, deixando amostra seus dentes de coelho, estes a quais Débora ainda não havia reparado, mas que ficou encantada com a característica.

- A praia. - Ele murmurou quase inaudível e alternou o olhar entre Jimin e Débora, agora repetindo com um tom de voz majs elevado e aparentemente mais animado: - A praia! Vamos para a praia. - Agitou-se e se arrastou até a cadeira. Mesmo com tantas coisas rondando sua cabeça, não esqueceria de fingir ser como ela por hoje.

Jimin ajudou Débora a sentar-se na cadeira e logo em seguida colocou os sapatos dela. Assim que saíram, Jimin tratou em organizar as coisas e logo ir encontrá-los na praia, resmungando de quantas e quais formas mataria Jeongguk mi dia seguinte.

× × ×

O dia já estava chegando quase ao fim. Jeongguk e Débora ainda estavam na praia e desfrutava da boa brisa que reverbra sobre ali. A calmaria naquele instante era sinônimo de paz, mas para o Jeon, angústia.

O moreno encontrava-se uma pilha de nervos. A respiração descompassada denunciava isso, junto as gostas de suor que se formavam em sua testa e pescoço. Ele engoliu a seco e olhou fixamente para Débora, está que aproveitava a ventania que soprava forte e balançava seus cabelos.

Os fios castanhos ocultavam seu rosto, mas ainda sim Jeongguk conseguia ver o brilho no olhar e o sorriso que se forma de minuto em minuto. Inesperadamente ele levantou-se e bateu na roupa, esticou a mão para a Débora e a puxou, deixando seu corpo colado ao dela.

Agora quem tinha a respiração ofegante era Débora, pois nunca esteve tão próxima a homem nenhum. Ela sentia o cheiro doce do perfume em sua pele e o leve e suave cheiro de amaciante em sua roupa. Era bom.

Por Você [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora