Capítulo Um

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Segredos e cartas não entregues

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Segredos e cartas não entregues.



6 de Setembro - 2006.


- Me parece que o meu destino é ser casada com as minhas histórias, ter uma conexão inabalável e apaixonada, como jamais visto antes. Alguns até irão supor a ideia de que sou a pessoa mais dedicada que puderam conhecer, e outros... Diriam que sou apenas uma garota louca demais a ponto de dedicar-se demais à elas. - Joe estava deitada em minha cama e provavelmente revirava seus olhos, enquanto me ouvia lamentar mais uma vez em um período de tempo tão curto.

- Eu também suponho a segunda opção. Você deveria sair mais, conhecer pessoas novas e se divertir um pouco. Por mais que você goste disso, não entendo como aguenta ficar trancada aqui, frente ao computador, escrevendo sem parar. - Joe diz. É o tipo de assunto que ela sempre faz questão de me lembrar, porque é o típico dela reclamar e achar que eu não aproveito a vida da forma "correta".

- Não é como se essa realmente fosse a única coisa que eu faço, você sabe... Eu não fico tanto tempo presa aqui, busco fazer outras coisas também. Além do mais, é uma honra poder escrever sobre sentimentos, emoções e aventuras, mesmo que não vividos por mim.

- Quais são essas outras coisas que você faz? Ir na Lubliner Florist, floricultura que fica ali na esquina? Na cafeteria do Kim ou lugares calmos demais para se perceber qualquer mínimo barulho ao redor?! Por favor, Luna! Meus conselhos são para o seu próprio bem. Viva mais um pouco! - Ela diz.

- Eu gosto da maneira que vivo, apenas aceite isso. Não me arriscaria jamais a fazer as mesmas coisas que você. Às vezes penso que você leva extremamente a sério aquela frase ridícula que diz: "Aproveite a vida, você só vive uma vez". Isso só faz com que as pessoas apressem as coisas que deveriam acontecer de forma natural, não como se a qualquer momento fôssemos morrer. - Nunca entendi o porquê de Joe e eu sermos amigas, não que eu esteja reclamando, eu a amo demais e sou grata por todas as vezes em que me ajudou. Mas é que ela é totalmente o oposto de mim. Gosta de sair para festas, dançar, beber, fumar, curtir muito e fazer qualquer loucura que envolva adrenalina e perigo. Joe poderia facilmente ser uma inspiração para algum personagem das minhas histórias de categoria proibida.

Apesar de eu nunca ser a companhia dela nesses momentos, porque não consigo me imaginar num período de tempo fazendo todas essas coisas que ela faz, ainda posso ser boa em dar conselhos. As poucas vezes em que ela e seu namorado, Park Jimin, tiveram uma discussão, ela me recorria para pedir conselhos ou simplesmente desabafar. No fim, eles sempre acabam resolvendo tudo, porque os dois não conseguem ficar longe do outro por muito tempo e por isso, muitas vezes Jimin chegava aqui na madrugada, pulava a janela do meu quarto procurando por Joe. Todas as vezes eu saía do quarto acreditando seria apenas uma "conversa", mas depois de um tempo, eles sempre saiam de lá com seus cabelos bagunçados e roupas amarrotadas. Eu não fazia questão de fingir que não sabia o que acontecia ali e Joe e Jimin não pareciam ter nem um pouco de vergonha, porque esses são eles, dois jovens imersos um do outro que dividem muitas coisas em comum. E esse é um dos motivos para terem uma boa relação, apesar de novos, nos seus vinte e poucos anos e revestidos em uma aparência que qualquer um iria rotular "rebeldes", parecem tão apaixonados e sábios de seus sentimentos.

Enitensída, JK. Onde histórias criam vida. Descubra agora