Make yourself comfortable

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Sina Deinert

- Até o Josh quer ouvir, adoraria ouvir como conheceu essa mulher linda, Noah.
Rubens diz sorrindo. 

- É... 

- Espera, o noivado é meu, mas acho que nossa família e amigos íntimos merecem saber como meu irmãozinho se apaixonou.
Josh diz parando a música e todos olham para ele. 

- Que porra ele está fazendo?
Escuto Noah sussurrar no meu ouvido. 

- Perdoem interromper a música, mas gostaria que dessem atenção ao meu irmão Noah e sua linda noiva, ele vai contar a maravilhosa história de como se conheceram, sei que o noivado é meu e da Zoe, mas não custa nada dar atenção ao futuro casal.
Josh diz com um microfone na mão, depois de ter subido no pequeno palco. 

- Josh querido, acho que não é necessário.
Wendy diz. 

- Eu faço questão, mamãe.
Josh diz sorrindo sarcástico. 

Eu seguro a mão de Noah, como é que vamos contar uma história inventada que até eu tinha esquecido? 
Nessa hora todos nos olham, eu posso sentir Noah indo até o Josh e enchê-lo de porrada, até eu queria fazer isso. 
Mas ao invés de dar esse vexame, faço a segunda coisa que se passa na minha cabeça, largo a mão de Noah e caminho até o Josh, pego o microfone de sua mão com gentileza e sorrio, ninguém vai humilhar meu chefe aqui! 

- Boa noite, bom, eu gostaria de começar dando os parabéns ao futuro casal lindo, espero que quando se casarem possam viver felizes para sempre.
Digo com um pouco de veneno, mas não deixo transparecer, pego uma taça de champanhe e ergo fazendo os outros aplaudirem.

- Em segundo, gostaria de dizer que eu e Noah somos muito reservados, nossa história é algo que gostamos de manter só para nós e claro, para meus maravilhosos futuros sogros que eu passei a amar, assim como Linsey, Blake, Jonas, Lívia e vocês, Josh e Zoe.
Digo sorrindo com emoção na voz.

- Também digo do fundo do coração, Noah Jacob Urrea, eu serei eternamente grata a você por ter entrado na minha vida, e por deixado eu entrar nessa família incrível! Eu jamais vou esquecer em como fica lindo quando sorri e que sou a pessoa mais sortuda do mundo por te ter só para mim! 
Finalizo erguendo novamente a taça revendo aplausos, eu entrego o microfone para Joshe saio do palco. 
Ando até Josh, que me olha, pela sua cara eu não sei se é vontade de me matar ou vontade de me agradecer. 

- Agora só falta o beijo!
Bailey grita. 
Eu sorrio sem graça pela atenção de todos sobre nós, o noivado é de quem?? 
Eu achei que Noah ia negar, mas o que ele fez me pegou de desprevenida, sua mão foi de encontro com minha nuca e meu corpo foi puxado para o seu, fecho os olhos quando sinto seus lábios no meu, abraço seu pescoço aprofundando o beijo, finalmente sinto seu gosto quente com gosto de champanhe. 

- Desculpa.
Ele sussurrou entre o beijo. 

- Fica á vontade.
Respondo dando um último selinho e me tocando que isso é tudo encenação.  

Eu nunca pensei que isso aconteceria na minha vida, lá estou eu, no meio da pista dançando animada com Blake, já havia passado umas duas horas depois que "me declarei" para meu chefe, todos esqueceram o acontecido e finalmente se focaram no casal que deve ser o centro das atenções, Josh e Zoe. 

Depois do beijo não vi Noah, toda vez que tento o procurar alguém me puxa para a pista de dança, acho que fiz amizade com metade das pessoas aqui, quando a música acaba, dou um beijo no rosto de Blake e sorrio. 

- Acho que agora está na hora de chamar alguém da sua idade para dançar. Falo para o mesmo que fica envergonhado. 

- Quem? 

- Que tal aquela ruivinha ali? Ela está te olhando.
Digo olhando para a menina ruiva bonita que ela para Blake que está muito mais vermelho. 

- Eu vou lá.
Ele diz corajoso. 

- Seja gentil, pergunte o nome dela e elogie o sorriso dela.
Dou um toque, e ele saiu. 
Suspiro aliviada e saio da pista de dança. 

- Champanhe, senhorita?
Um garçom pergunta. 

- Não obrigada, por acaso você viu Noah Urrea?
Pergunto. 

- Da última vez que o vi ele estava lá no terraço conversando com a Srta. Zoe.
Isso me deixou apreensiva. 

- Obrigada, mas se alguém perguntar diga que não os viu, tudo bem?
Ele concorda saindo. 

Saio dali e vou direto, para dentro da mansão, entro no banheiro e encaro minha imagem no espelho, nem parece eu, maquiagem marcante principalmente nos olhos, lábios rosados, vestido preto em caimento perfeito, saltos... 
Que seja, quem eu quero enganar? Essa não sou eu, nunca faria parte desse mundinho perfeito, quando tudo isso acabar vou pedir demissão e vou voltar para a Califórnia, e encarar o passado de uma vez por todas, meu lugar não é aqui fingindo ser alguém que não sou. 

Meu irmão, Alice, papai e mamãe ficariam envergonhados em ver o que eu estou fazendo. 

- Desculpa Pedro, prometo que depois que isso acabar eu volto para casa, vou voltar a ser a antiga Sina, prometo parar de tentar viver o seu sonho. 
Digo sentindo que ia chorar, engulo o choro é sorrio determinada. 

Saio do banheiro e dou de cara com Noah que parece perturbado. 

- Sr. Urrea o que... 

- Pegue o que tem que pegar, vamos embora.
Ele manda. 

- Mas para onde? Estamos na casa dos seus pais... 

- Sina só faz o que eu estou mandando!
Ele praticamente grita e eu me calo assustada.

- Droga, desculpa, esquece o que eu disse. Ele fala virando as costas e saindo. 

- Noah! O chamo, mas ele me ignora, eu vou atrás dele.

- Está indo embora? Não pode fazer isso!
Digo caminhando apressada, Noah é rápido. 

O Sigo e vejo ele indo para a garagem, droga, ele está transtornado, aconteceu alguma coisa.
Ele abriu a porta da BMW preta e entrou eu faço o mesmo. 

- Sai do carro.
Manda. 

- Não! Seja lá para onde está indo, eu vou junto! 

- Tudo bem! 
Ele diz ligando o carro e saindo praticamente catando pneu.  O carro está a 200 km/h, coloco o cinto e fecho os olhos rezando que Deus tenha piedade de nós. 

- Diminua.
Peço. 

- Eu não pedi para vir junto, então não dê ordens no meu carro! 

- Não precisa gritar!
Digo magoada com seu jeito grosso. 

Não entendo o porquê, mas não tinha mais graça ver o olhar assassino dele. 

- Eu só acho que... 

- Sina, cala a boca!
Ele pede entre os dentes, acelerando mais o carro. 
Está um breu total, eu só vejo o vulto dos postes de luz, o carro praticamente voava na pista, péssima ideia ter vindo, fecho os olhos e eu posso ouvir o carro do meu pai capotando e o grito da minha mãe em seguida...

Meu adorável chefe tirano | Noart adaptation.Où les histoires vivent. Découvrez maintenant