Pretend

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Tradução: Fingir.

P.O.V AUTORA


É estranho pensar em como as coisas acontecem, como tudo muda de repente. Com uma única ação, uma palavra, um movimento, um sopro e pronto, tudo muda, tudo ganha um novo rumo, uma nova direção. A vida é engraçada, mas não engraçada de um jeito divertido, e sim, de um jeito trágico, quase que melancólico.

Stiles não entendia o porque de estar pensando sobre isso, de madrugada, em uma floresta escura e levemente sombria, a parte do sombrio não fazia sentido, era só um monte de mato, árvores e terra. Stiles temia pelo que eles encontrariam ali.

Seguindo a ordem do seu pai, eles bolaram um plano, e quando digo eles, digo Stiles. Os outros estavam ocupados demais processando os acontecimentos recentes. O que é uma pena, já que a probabilidade de dar errado aumentava em quase 27%.

Não era tão difícil assim, Isaac e Liam distraiam os três polícias que faziam ronda perto do cadáver. Malia e Lydia iam atrás dos dois policiais que rodavam a floresta. Stiles, Elena e Scott ia até o corpo. Ninguém fica sozinho. Era o mais responsável a se fazer.

O plano ocorria perfeitamente bem, nem parecia real. Liam e Isaac faziam ruídos e barulho, atraindo os policiais para longe do corpo. Malia e Lydia já estavam fazendo a sua parte, que era garantir que ninguém voltasse para perto do cadáver, ninguém. Stiles não podia correr o risco de ser visto. Então, se algo desse errado, ele fugiria, sem ao menos exitar.

Stiles, Elena e Scott se aproximaram do corpo. Passando por baixo da faixa amarela e preta. Ignorando a placa de "FIQUE LONGE", escrito em vermelho vivo.

Stiles, que era o que estava com luvas, puxou a espécie de lençol que tampava toda a superfície do corpo.
Todos seguraram a vontade de vomitar, virando o rosto para o lado, desviando o olhar daquela coisa horrenda que estava em suas frente.

Uma palavra passou pela cabeça dos três: Desumano. Então, mesmo que não quisesse, Stiles se aproximou, notando uma certa peculiaridade. Pediu a flecha que foi acertada em Malia. E como se fosse um maldito quebra-cabeça, a flecha se encaixou perfeitamente na ferida do pescoço. Stiles, sabia que aquilo era o suficiente para matar a mulher, ou melhor, no que um dia foi uma mulher. Então todas as outras aberturas feitas e os órgãos faltando, foram realizados por puro prazer, por pura diversão.

Escutando passos ao redor, Stiles retirou a flecha, tampou o cadáver e saiu, com sua mente a milhões por hora. Elena e Scott, apenas o seguiram, sem dar uma palavra, afinal, não havia nada a ser dito.

Já fora da floresta, perto do carro de Stiles e da moto de Scott, esperavam os outros, que já haviam sido informados sobre o sucesso da missão.

O clima estava pesado, então só entram no carro, Scott e Malia na moto, o restante ia com Stiles.

Depois de ter deixado todos em suas casas, Stiles foi para casa, seu pai estava na delegacia, o dia não acabaria tão cedo para o Sr.Stilinski, mas só por hoje, Stiles, permitiu não se importar, torma um longo banho e dormir. Como se não fosse um adolescente parcialmente possuído, cercado pelo mundo sobrenatural, lidando com um caso de canibalismo. Apenas decidiu fingir que estava tudo bem, tudo em seu devido lugar, Stiles decidiu fingir que não erra a porra de um adolescente traumatizado e completamente fudido.

O Stilinski mais novo, acordou quase que no automático, viu pelo relógio, que ficava no criado-mudo, ao lado de sua cama, que faltava três minutos para a hora que ele normalmente acorda. Havia dormido bem, ao menos o quão bem alguém como ele podia dormir.

Levantou da cama, trocou de roupa, e fez todas as coisas que ele faz todas as manhãs. E antes de sair do quarto, desligou o despertador.

Comprimentou seu pai, e tomou o seu café, calmamente, e em silêncio. Tiveram uma breve conversa sobre o que aconteceu na floresta, Stiles disse que eles aprofundariam o assunto pela tarde. O xerife pareceu querer falar sobre algo, mas optou por ficar quieto, não era o momento.

Já dentro do carro, Stiles, dirigiu com calma até a escola, parecia querer adiar o inevitável, mas sabia que não era possível, e nem era o certo a se fazer.

Chegando na escola, estacionou o seu carro, e foi em direção as portas de ferro da estrada. Pelo corredor, encontrou com todos do pack, um por um, vindos de caminhos diferentes, apenas se ignoraram.

Estranho, todos pareciam fazer uma coisa em comum: fingir. Eles eram mais iguais e diferentes do que imaginam. As coisas não eram como antes, todos sabiam. Então só por hoje, decidiram fingir que estava tudo bem, que estava tudo em seu devido lugar.

Depois de um dia tão sem graça e monótono, se encontram no apartamento de Elena, assim como o combinado ontem.

- Bom, a mulher brutalmente assassinada, se chamava Maya Billes. - Stiles começou. - Vinte um anos, solteira, filha única, fazia uma trilha pela floresta, de acordo com a sua mãe ela fazia isso todos os dias. O corpo foi achado por outra pessoa que também fazia trilha por ali. Não tem digitais. Ficha limpa, nenhum envolvimento com crimes, ou algo do tipo. Não acho que tenha sido um assassinato planejando, ou com um alvo.

- O que isso quer dizer? - Perguntou Scott, quase que num sussurro.

- Significa que ela só estava no lugar errado, na hora errada.








NOTAS DO AUTOR:

Oi, como estão?

Fiquei um tempo sumida, mais de um mês, provavelmente. Peço desculpas, mas fazer essa história tem sido complicado, apesar de saber sobre o que escrever, não consigo de fato escrever. Esse capítulo foi uma tentativa, sei que ficou curto, mas espero conseguir ir voltando a normalidade aos poucos. Desculpa qualquer erro. Chegamos a 6K de visualizações e estamos quase chegando em 500 votos, uma marca que nunca pensei alcançar, obrigada mesmo. Espero que gostem.

-Duarty

 Programmed for Turbulence Onde histórias criam vida. Descubra agora