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Ricardo Narrando

A cirene da viatura tocava alto pelas ruas enquanto corríamos em alta velocidade sobre a pista atrás dos ladrões. Os carros abriam caminho e nós conseguimos alcançar os criminosos e os cercamos.

Ricardo - Mãos ao alto, desçam do carro!

Ele descerem do carro com as mãos ao alto.

Ricardo - Vocês estão presos. Digo os algemando junto com a minha colega Joyce.

Joyce - Dia cheio hein. Disse assim que chegamos na delegacia.

Ricardo - Nem me fale, ainda bem que o meu horário de hoje acabou. Acho que eu vou pra alguma balada, tô precisando relaxar.

Naquela noite eu fui pra uma balada e lembro que bebi muito, ví um loirinho dançando na pista de dança e não marquei bobeira já fui dançar junto com ele também.

No dia seguinte eu acordei com uma baita ressaca ao lado de um loirinho que dormia de bruços com uma senhora bunda pro alto, ao olhar pro rosto do menino eu ví que ele era muito mais novo que eu.

Ricardo - Meu Deus que merda eu fiz?

Eu tomei um banho rápido e vesti minha roupa, deixei na cabeceira dinheiro pra ele pedir um café da manhã e pagar um táxi e fui pra casa.

Tudo estaria bem se não fosse eu ter perdido o meu documento de identificação da polícia, eu até voltei no motel no dia seguinte pra ver se estava no achados e perdidos dele, mas não encontraram nada e eu tive que solicitar uma segunda via e passar por toda aquela burocracia novamente que era um saco.

Os meses foram se passando e todo aquele episódio foi sendo esquecido. Naquele sábado era a minha folga e eu estava na casa dos meus pais Janaína e Benjamin.

Benjamin - Você já está com trinta anos filho, tá precisando criar juízo, formar sua família.

Janaína - Seu pai tá certo, essa vida de pegação e balada pode até ser divertida, mas é vazia, não vai te levar a lugar nenhum.

Ricardo - Sempre que eu venho aqui vocês me enchem com esse assunto. Depois reclamam que eu visito pouco vocês.

Mesmo com os meus pais me aporrinhando a paciência eu fiquei lá até de noite graças as coisas deliciosas que a minha mãe preparava, eu sentia falta de um lar, mas não daria o braço a torcer pra eles. De noite eu fui dirigindo até a minha casa e ao descer do carro eu ví o que parecia ser a silhueta de uma pessoa na minha varanda, eu me aproximei lentamente até chegar ao rapaz que segurava um bebê no colo.

Ricardo - Quem é você?

O menino era lindo, era um pouco gordinho, e tinha coxas bem grossas e lisinhas que me deixariam de pau duro se eu não estivesse tão surpreso em ter um estranho na minha varanda segurando um bebê no colo.

- Ele...ele é seu filho. Disse o menino gaguejando nervoso.

Ricardo - Como?

Será que eu engravidei mesmo aquele garoto? Se for verdade eu estou completamente fodido.

- Ele, ele é seu filho. Disse chorando.

Ricardo - Vamos entrar não podemos falar um assunto desses aqui fora.

Eu abri a porta pro menino que entrou na minha frente e aí sim eu fiquei de pau duro, a bunda dele era enorme. Puta que pariu uma situação tensa dessas e eu pensando em trepar.

- Onde eu posso colocar ele pra dormir?

Ricardo - No meu quarto.

Minha casa era uma típica casa de solteiro e só tinha um quarto e um banheiro, definitivamente não estava preparada pra receber uma criança. Eu o levei até o meu quarto e ele pôs o menino que dormia na cama e colocou uns travesseiros em volta pra que ele não caísse e enquanto isso eu analisava o menino e ví que ele realmente parecia comigo.

Grávido De Um PolicialOnde as histórias ganham vida. Descobre agora