A Suicida EO Psicopata

156 Capítulo

     Acordei e senti uma leve tontura. Fechei os olhos com força e quando abri de novo veio um clarão da janela nos meus olhos. O Henri estava na frente quando abri a primeira vez. Então tava escuro, mas agora ele estava do meu lado

Henri _você acordou... _ ele sorri largo e emocionado.

Eu _é... _ sorrio e fecho os olhos e vagarosamente os abro de novo _oque aconteceu?_ olhei ele que segurava minha mao... ele suspira delicadamente e me olha

Henri _você ficou em coma depois do aborto amor... _ ele acaricia meu rosto e franzo a testa

Eu _como assim?_ rio fraco

Henri _nao se preocupe... so se passaram duas semanas.. _ ele suspira _ duas longas semanas... os médicos encheram nossas cabeças falando que você nao iria acordar mais porque em coma natural dificilmente ocorre uma reanimaçao... _ ele suspira aliviado.. _que bom que estavam errados... o medo de te perder me pertubava todos os dias... _ ele suspira mais ou vez

Eu _e oque aconteceu com a comunidade, o Leandro, Isaac? E o Gregory?_ perguntei o olhando.

Henri _a comunidade está se recuperando aos poucos... depois que te trouxe ao hospital, ainda demorou um pouco pra tudo parar lá.. muitos nao intenderam o sinal ou acharam que era um blefe para atacarmos eles desprevinidos. O Leandro... _ ele suspira e acaricia minha mão _sinto muito_ assinto e uma lágrima escorre sem que eu perceba. _o G15 prendeu o Isaac na mansão como você pediu. Dissemos a todos que ele esta morto. É melhor assim. _ assinto concordando _descobrimos que quando o Gregory viajou com a mae dele, a Loreta foi junto_

Eu _oque? A Loreta?_ ele assenti cabisbaixo

Henri _pegamos o Isaac... mais o Gregory ainda pode ser o maior dos nossos problemas._ ele me olha _bom... agora eu tenho a comunidade e você uma facção criminosa... acho que nao devemos nos preocupar tanto.. _ ele estava triste... feliz por mim mais triste por algo ou.... o meu bebê!? Olho ele com olhos arregalados

Eu _Henri... me diz que o meu Bebê esta bem... por favor..._ começo a me desesperar e os aparelhos apitam loucamente

Henri _sinto muito amor..._ choro e ele me abraça forte.

      Nem cheguei a conhece-lo... nao cheguei a saber se era menino ou menina... nao cheguei a senti-lo nem em meus braços nem chutar minha barriga... mais cheguei a sentir que era mae. Independente das minhas ações infantis, eu era mãe.

     Estavam acontecendo tantas coisas que momento algum eu parei para pensar o quanto seria bom termos uma criança correndo pela casa e me deixando de cabelo em pé (risos)... momento nenhum me importei como realmente deveria. Porém oque aconteceu me detonou de uma forma inexplicável. É como se o mundo inteiro tivesse desabado. É como ficar sem chão ou sentir ele te engolir. Como um espelho que se quebrou em mil pedaços. É ter o trauma de imaginar outro ser dentro de mim e acontecer a mesmo coisa.... é algo inexplicável. É uma dor insuportável...

    *Perder alguém da família jamais será a mesma coisa de perder um ser que iria nascer de você.*

    Horas se passaram e depois de chorar tanto finalmente eu parei. O Henri nao saiu do meu lado por nada. Me deixou chorar e apenas esteve ali. Nao falou. Nao perguntou... e naquele momento eu so precisava do abraço dele.