[MÉXICO]

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Tenham certeza que leram o capítulo anterior!

🍒-🍒

- Silêncio, huh? Como espiões.

- Certo! Não é como se eu fosse o real problema! Sou dançarina.

- Que seja, senhorita.

Precisava ir até meu quarto, pegar meu violão. Tocaria uma música para ela, apenas sinto que deveria.

Abro a porta minuciosamente.

Sina andava tão cuidadosamente, que se não soubesse que ela estava ali, não a notaria.

Fazíamos cada passo como se o chão fosse uma casca de ovo, até escutar uma movimentação no quarto de Any.

- Não é possível caralho, não é. - Sussurro.

- Ela está...

- Sim, está.

Ouvia a cama ranger de leve. Céus, esses dois não tem limites?

- Corajosa. - Sina ri.

Na verdade isso não era tão ruim. Eles dois estavam nos acobertando.

Puxo Sina para o quarto e rapidamente tiro o violão de trás do armário.
Ele tinha um pouco de pó, então passo a mão por algumas partes e sorriu. Aquele era o melhor item que já tive.

- Amo isto com todo o meu coração. - Digo.

- C-céus...

De repente me viro novamente á Sina. Por que cargas d'água ela chorava?

- Sina, o que foi?

Ela se aproxima e toca o violão com as mãozinhas tremulas.

- Onde achou i-isso?

- Estava num lixão do parque público... Porque?

- Puta merda, eu não acredito.

Sina puxa os cabelos.

Eu realmente me sentia perdido, o que aconteceu?

- Linda, me explique o que aconteceu.

- Noah, isso era do meu avô. - Ela sorri. - Veja... Tem essa letra escrita atrás.

Sina segura o violão e o vira para trás. Havia uma frase talhada em espanhol, a qual nunca entendi, já que nunca nem ao menos passei perto de estudar espanhol.

- Para siempre con usted, mi ángel, mi salvación. Yo la amo.

Nunca, desde que a conheci pensei que a veria tão vulnerável ao ler uma frase.

- Sina, eu...

- Ele faleceu á alguns anos. O violão era para mim mas... Minha mãe o jogou fora. - Seus olhos avermelhessem. - Diz: " Para sempre com você, meu anjo, minha salvação. Eu te amo." - Sina se senta na cama e encara o violão.

- Eu sinto muito, pode ficar se quiser, sei que não é meu.

- Sabe Noah... Amava meu avô mais que tudo. Amava o ver tocar para mim, era lindo. Ele tinha uma alma pura, verdadeira. Mas sinceramente, nunca estive tão feliz por saber aonde seu violão foi parar.

De repente, quem chorava era eu. Que merda, que merda.

- Não sei o que dizer.

- Toque algo para mim, huh?

Seguro sua cintura e a deixo um selinho nos lábios. Esta teria de ser a minha melhor apresentação.

- Vamos...hm... Para o telhado.

MY BRUTAL ANGEL. / NOART/ HIATUSWhere stories live. Discover now