24-Forte

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Logo depois que segurei a mão de Sina, peguei no sono. Só acordei quando senti um toque suave na minha mão, abri os olhos e vi Sina chorando enquanto olhava para mim.

- O que foi amor?- levantei da poltrona e passei a mão no cabelo de Sina.

Ela soltou minha mão e tampou os olhos, fiquei ali alisando seu cabelo. Sina tirou as mãos do rosto e me permitiu ver seu rosto vermelho e molhado. Com suas mãos tremendo, Sina segurou meu rosto e me puxou mais para perto, fazendo minha testa se juntar com a sua.

- Desculpa- ela pediu ainda chorando forte- desculpa Noah.

- Não tem porquê pedir desculpa- segurei suas mãos e sorri.

- Eu não aguento mais- tentei beijá-la, mas Sina não parava de chorar- eu sou covarde, me desculpa.

- Você não é covarde- beijei sua bochecha- poxa Si, você é a pessoa mais forte que eu conheço.

- Eu não consigo Noah, eu só queria conseguir aguentar toda essa porra e ficar com você- deitei um pouco mais a cabeça e beijei seu pescoço- que merda.

Tirei as mãos dela do meu rosto e beijei, as duas. Sina ainda soluçava e chorava, estava doendo mais em mim do que nela, com certeza. Passei as mãos em seu rosto secando sua bochecha, aos poucos Sina foi se acalmando, mas eu fui ficando com vontade de chorar. Eu precisava ficar forte ali, por ela.

Sina me abraçou pelo pelo pescoço e eu estiquei meu braço para apertar o botão azul ao lado da cama, depois que o fiz a abracei de volta.

- Tá tudo bem meu amor- beijei seu ombro- não fica pensando nisso Sina, eu já entendi... dá pra entender.

- Desculpa Noah- ela me abraçou mais forte.

- Bom dia passarinha!- Cristina disse parando ao lado da cama- não precisa chorar, já deixei o seu cafézinho aqui- a mulher entregou o copo para Sina, que segurou com uma mão enquanto a outra segurava a minha mão.

- Já tô alimentada?- ela perguntou fungando o nariz.

- Sim senhora, vai pra casa e tomar o diluído mais tarde- franzi a testa e Sina apertou minha mão.

- Não expliquei para ele- ela avisou Cristina.

- Então, chamamos de diluído o composto com algumas proteínas, algumas coisas que fazem bem para o corpo. Sina toma quando não consegue comer nada, só colocar na água e beber- Cris me explicou e concordei.

- Podemos ir pra casa?- perguntei e ela afirmou.

- Vou trazer a cadeira.

- Não- Sina sentou na cama- meus pais ainda não chegaram.

- Seus pais não vem hoje- ela olhou para mim e sorriu.

Eu iria fazer aquilo por ela, era o maior desafio que eu já encarei na minha vida. Eu estava brincando com a dor, quanto mais tempo eu passasse com a Sina, mais doeria no final. Eu escolhi aquilo, e não escolheria diferente.

Cristina entrou no quarto e deixou a cadeira, nos despedimos dela e ficamos sozinhos de novo.

- Preciso por uma roupa, pega pra mim?- ela apontou para a mochila no sofá, fui até lá para pegar e quando voltei Sina estava sem roupa, sentada na beira da cama só com seus braços tampando os seios.

Não conseguir não olhar, ela era muito linda. Cada manchinha na pele, tudo, tudo nela era perfeito. Ela tirou as roupas da mochila e olhou envergonhada para mim.

- Ah, claro- virei de costas e fiquei esperando ela terminar.

Dessa vez o silêncio foi mais longo, depois que terminou de trocar de roupa, Sina sentou na cadeira e tocou a minha perna para me avisar que já tinha terminado.

Happier🌻NoartWhere stories live. Discover now