Capítulo 9 - O Apego

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"O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem."

        Aqueles carinhos foram me aquecendo cada vez mais. Era como se a cada toque dele fizesse como uma chama dentro do meu corpo se acendesse. Não queria sentir as coisas que estava sentindo. Mas era impossível, sentir seu toque em mim, era a melhor sensação que existia. Me virei para ele fazendo com que minha barriga e uma perna minha ficasse por cima dele. O mesmo acariciava minha barriga.

Cadê o bebezinho do papai? - ele perguntou, fazendo carinho na minha barriga.

        Era tão bonitinho vê-lo falar com a minha barriga, quer dizer com o nosso bebê. Assim como muitas vezes já me peguei falando. Comecei a passar a mão sobre o seu rosto, sua barba estava mal feita, mas mesmo assim lhe deixava perfeito. Ele sorria com cada toque que eu despejava em seu rosto.

        Bruno começou a aproximar-se de mim cada vez mais. Nossos rostos estavam próximos e já sentia sua respiração se confundir com a minha. Seu hálito era de menta, o que me fez desejar beijar sua boca. Nossos olhos se encontravam a todo momento, e não faziam questão de desviar.

- Preciso da sua boca na minha. - falei baixinho, como um sussurro.

        Ele segurou meu rosto com uma das mãos e veio com seu lábio no meu. Iniciou um beijo suave, lentamente. Sentia cada toque do seu lábio no meu. Era um beijo que me fazia sentir todas as melhores sensações.

        Bruno acariciava minha cintura com uma das mãos, e com a outra ele tocava meu pescoço. Enquanto eu, passava as unhas nas suas costas e continuava o beijo, que passou de suave para caloroso.

        Desvendava cada lugar da sua boca, cada vez envolvia mais sentimento e vontade. Meu apego nele era enorme. Necessitava daquele beijo todos os dias, como uma forma de relaxamento e de me sentir bem.

Senti saudade dos seu beijo. - ele falou sorrindo, ainda com o lábio no meu.

Sinto saudade não só dos beijos. - falei, e senti minhas bochechas queimarem.

        Meus olhos estavam pesados demais. Chamei Bruno para irmos dormir, e ele levou Beatriz para dormir em seu quarto. Como eu estava grávida de 8 meses, quase não sobrava espaço para poder dormir com a Bia junto com a gente.

        Me deitei de lado, e logo Bruno se deitou atrás de mim, me abraçando como conchinha. Senti sua respiração mais tranquila e pude perceber que já havia dormido, então me deixei levar pelo sono, que me consumia.

        Acordei com as mãos do Bruno me fazendo carinho. Abri os olhos aos poucos, querendo que aquela manhã nunca mais acabasse. Ele me olhava sorrindo e me deu um beijo longo na testa. Assim que abri os olhos, aqueles olhos castanhos me olhavam como se tentassem desvendar todos os meus segredos.

Bom dia Manu. - ele falou, sorrindo.

Bom dia Bruno. - falei, lhe olhando.

Está com fome? - perguntou.

Muita, para falar a verdade. - respondi.

        Ele se levantou e foi preparar o café, enquanto eu tomava um bom banho. Estava de pé, com minha toalha nas mãos e indo para o banheiro. Depois de tomar um banho, não muito longo. Me dirigi até a cozinha, onde Bruno fazia o café. Estávamos na cozinha conversando quando, Beatriz apareceu na porta de pijama e com aquela carinha de sono que eu tanto amava.

        Fui dar um banho na mesma e coloquei um vestidinho leve para que ela pudesse ficar mais a vontade. Tomamos o nosso café e resolvemos almoçar fora, e por sinal paramos logo no restaurante que almoçava com Gustavo. Desejei que ele não estivesse lá. Quando chegamos, avistei uma mesa no canto e havia uma cadeirinha de criança e nós sentamos lá. Fizemos os nossos pedidos e Beatriz nos fez rir durante o almoço todo.

Quando O Imprevisto Acontece Where stories live. Discover now