desculpe-me, fico sentimental quando escrevo.

Nós.

É lindo quando alguém desperta novamente em nós o frio na barriga, o riso, a vontade de
dançar.

Não quero ter você pra preencher minhas partes vazias, quero ser plena sozinha e só aí quero ter você, para que possamos ser plenos
juntos.

Prometo cuidar de você, mesmo sem
Saber cuidar de
mim.

Tudo é mágico, até virar
rotina .

Acho que a gente se pertence,
de alguma forma.

A gente se apaixona pelos detalhes, e vai embora por eles também.

Você já me fez sentir como se meu corpo não me pertencesse, como se meus problemas não importassem, como se minhas dores não servissem, como se não fosse o bastante. Mas eu também te fiz muito, então entre a confusão de "eu" e "você", me calo, como se nada tivesse acontecido, e me lembro do "nós".

Somos de fases, sinto que me lembro de cada uma delas, da dança, da queda, o levantar com arranhões e o de, então, não conseguir andar, sem o outro.

demorei para ver, mas no nós, eu não merecia os "às vezes". o às vezes ele me ama. às vezes ele me mima, demorei para ver, mas merecia o "sempre" que você nunca me deu.

E então, quando parei de escrever, e o mundo entrou em colapso, dali em diante, tudo seria um teste.

Teu bom dia não tem mais cheiro de café, teu carinho arranha, tua voz rouca já soa enguiçada, o "eu te amo" não tem mais sentido e quando dito da boca pra fora, se faz por
doer.

-a gente faz mal um pra o outro.
-eu sei.

de perto vejo
que éramos distantes.

E se soubesse que quando disse que não devia escrever o que me fazia mal, soubesse que minhas cartas falavam de ti.

Sinto falta de quando sentíamos que éramos o equilíbrio.

o "nós" não seria inteiro até nos termos por si só.
e não foi.

não existe mais um "nós"
-término

depois do nós, você prometeu não ir para longe, mas mesmo assim, andaria dez metros a cada passo meu.
-distância