「XXII」

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Baekhyun revirou-se um pouco em sua cama antes de acordar, ou pelo menos, antes de abrir os olhos. Ainda sentia-se sonolento e muito, muito pouco descansado.

Seus pensamentos não conseguiam parar quietos, e pela primeira vez em anos, a vontade de se esconder em casa era maior do que a responsabilidade de ir para o trabalho.

Se recomponha, Byun Baekhyun, pensou para si mesmo.

Pegou o celular ainda meio grogue de sono, percebendo ser pouco mais de nove horas, e bufou cansado. Tinha perdido o horário do despertador e já tinham ligações perdidas - ligações essas vindas do telefone fixo na bancada da srta. Kang. Fazendo uma careta e dramaticamente fingindo choro, decidiu ligar de volta antes que fosse tarde demais ou coisa assim.

Não demorou muito para que ela atendesse em seu próprio celular, já que ele não queria manter a linha do escritório ocupada.

— Sr. Byun? O sr. ainda vem hoje?

— Sim, eu só... dormi demais. — murmurou com a voz grave, limpando a garganta em seguida para poder falar em um tom mais claro. — Algum compromisso hoje que eu deveria saber?

— Bom, o "casal do ano" já está aqui te esperando há meia hora.

Ah, mas que porra. Fechou os olhos, querendo profundamente que fosse tudo uma mentira. Era como correr em círculos; não conseguiria escapar daqueles dois; não conseguiria até fevereiro.

— Mais um detalhe, recebi uma ligação do sr... sr. Kwon? Ele disse que tiveram problemas no-

— Não, não, não!

Levantou-se com rapidez, à contragosto, já que caso deitasse no colchão mais uma vez, com certeza dormiria novamente. Sabia o que sr. Kwon queria, e tinha o péssimo pressentimento de que eram más notícias.

— Estou indo. Jongin consegue aguentar por mais meia hora?

.

— Seulgi, eu não aguento nem mais meia hora disso.

Jogou-se dramaticamente no balcão, e a mulher revirou os olhos, continuando a teclar.

— Sai daqui e vai trabalhar. Não deixe o sr. Kwon na linha por muito tempo.

— Mas eu não sei o que fazer! Se esse cara foder com tudo agora, só Deus sabe o que vai acontecer com essa empresa. Ou nem Deus sabe. — esfregou o rosto com as mãos, tentando manter a calma.

— Grave assim?

— Bom, ele disse que sem chances de o casamento acontecer no começo de fevereiro porque vão ter algumas reformas no local, e você bem sabe que todos os convites já foram enviados. Tem gente na Grécia que vem pra esse negócio!

— Já tivemos problemas como esse antes.

Franzindo os lábios, Jongin a encarou com raiva.

— E você acha que eu gosto desses problemas? — cuspiu, sorrindo sarcasticamente.

Seulgi revirou os olhos.

— O que eu tô dizendo é que você pode dar uma volta nisso tudo; você é bom nisso, não?

— Quem disse isso e por que essa pessoa mentiu? — suspirou, com uma feição da mais pura tristeza.

— Você quer um café? — ela sorriu, porém recebeu uma careta em resposta.

— Eu odeio café. — bufou, afastando-se novamente para sua sala — E você sabe muito bem!

Seulgi sorriu ao observá-lo ir embora, logo voltando sua atenção para o computador. Era seu passatempo irritá-lo sempre que possível.

Sonder『chanbaek』Onde histórias criam vida. Descubra agora