• the beginning

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CLAIRE AVERY | LANCHONETE WINNERS

— EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ FEZ ISSO! – berrei com os olhos cheios d'água.

— Pois é Claire, você foi usada. – Austin riu debochadamente.

Austin era meu namorado há dois anos; eu me sentia completa ao seu lado, o considerava meu tudo, até ele chegar agora e dizer que me usou todo esse tempo; dizer que todo esse tempo ele me traia com aquela líder de torcida... Quando ele havia me dito aquilo, lembranças de tudo o que passamos juntos vieram em minha mente. Então quer dizer que durante esses dois anos Austin nunca me amou de verdade?

— Eu te odeio com todas as minhas forças Austin Porter. – disse entre dentes. O moreno apenas riu sem humor.

— Não era o que você dizia antes, gatinha. – bufei ao escutar o apelido que ele costumava me chamar e corri para fora da lanchonete antes que eu fizesse algo com aquele ser.

Depois de andar um pouco mais, resolvi sentar-me no meio-fio da calçada e fiquei sentindo a brisa gelada bater em meu rosto enquanto observava a rua vazia. Era uma sexta-feira e, na certa, as pessoas de minha idade estavam em alguma boate, enquanto eu estava chorando por culpa de um idiota. Eu posso ter cometido vários erros, mas o meu pior erro foi ter me apaixonado por ele.

SEIS MESES DEPOIS

Olhava fixamente para a janela em minha frente. Já haviam se passado seis meses desde que Austin havia me deixado e, durante todo esse tempo, eu só conseguia chorar.

A paisagem não era tão bonita de se ver, mas era a única coisa que fazia com que eu me esquecesse de tudo e de todos.

— Claire! – olhei para trás vendo Bailey pronta para me jogar um lápis, caso eu não tivesse me virado antes.

— O que houve?

— Você não escutou nada do que eu falei?

— Claro que eu escutei. – menti enquanto rabiscava sua mesa.

— Ah é? Então o que foi que eu disse? – mordi meu lábio inferior, tentando lembrar algo que Bailey vivia falando para dizer antes que as coisas complicassem.

— É... – fui interrompida pelo sinal que tocou.

Obrigada sinal.

Guardei rapidamente meu material dentro da mochila, me levantei da cadeira e pus a alça da mochila em meu ombro direito.

— Que pena, o sinal tocou Bae. Eu preciso ir, tchau. – me despedi correndo para fora da sala, onde logo me misturei entre as pessoas que saiam de suas salas.

Assim que coloquei meus pés para fora da escola, vi Austin e Maya em frente ao seu carro. Senti um calafrio e percebi o olhar do moreno em mim. Num segundo, ele puxou a loira pela sua cintura e a beijou.

Eu ainda gostava dele sim; nada me fazia esquecer tudo que eu já vivi com ele. Mas me doía saber que ele tinha me usado.

Puxei as mangas de meu casaco para cobrir minhas mãos e andei rapidamente sem olhar para trás, sem olhar para ninguém ao meu lado e muito menos a minha frente.

 Puxei as mangas de meu casaco para cobrir minhas mãos e andei rapidamente sem olhar para trás, sem olhar para ninguém ao meu lado e muito menos a minha frente

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He is My AngelWhere stories live. Discover now