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P.O.V Malia Hale

- E aí que ele entrou na minha casa de novo e eu quis infartar!

Alli dá um gritinho e eu continuo contando.

FLASHBACK ON

Eu estava o espiando mais uma vez pela janela e quando eu pensei que ele fosse entrar no seu jeep ir embora como sempre. Ele se vira repentinamente e me pega o encarando pela fresta da cortina. Ele sorriu de modo travesso e o vi voltando entrar na minha casa.
O quê? O que ele está fazendo?

Alguns segundos depois ouço batidas na porta do meu quarto, mas não a abro. Estava com uma calça moletom e um blusa velha gigante. Há quanto tempo não lavo meu cabelo?

- O que você está fazendo? - Pergunto por trás da porta.

- Salvando a princesa. - E mesmo sem vê-lo sei que ele sorria.

- Que princesa?

- Você, claro.

- Eu não sou princesa, não tenho do que ser salva e eu nem sei seu nome.

- Prazer, Principe Stiles Stilinski do reino de tão-tão-distante. - Dessa vez eu não me aguentei e ri, fazia tanto tempo que eu nem sorria... tinha até me esquecido completamente da sensação. - E acho que você está precisando ser salva de seus próprios temores.

- Olha, Stiles... eu não... - Começo a dizer, mas ele me interrompe.

- Se você sair pra tomar um picolé comigo, só dessa vez, eu juro nunca mais encher sua paciência.

- E nem me pedir pra sair de novo?

- É... e nem isso. - Ele responde parecendo triste.

Eu realmente não queria ir, mas se esse era o único jeito dele parar de insistir, eu poderia tentar.

- Tudo bem. Pode me esperar lá embaixo?

- Estarei na frente da minha carruagem.

Visto uma regata preta, mas continuo com a calça moletom de corações rosa. Tento fazer um coque arrumado no cabelo. É bom que ele desiste por me achar feia e fedorenta.

- Estou aqui... - Vou até ele que olhava o céu escorado no carro.

Ele sorriu radiante pra mim e não parou de falar um minuto, começou andar e minhas pernas o seguiram. Só percebi que já estava longe o bastante quando vi a placa da sorveteria. A última vez que vi essa sorveteria ela ainda estava aqui...

- Você poderia comprar pra mim? Eu não quero entrar aí.

- Claro. O que você quer?

- Um picolé de morango, por favor.

Ele assente com a cabeça e entra na sorveteria voltando uns minutos depois com uma pequena caixa de isopor.

- O que é isso?

- Picolés de variados sabores... e, claro, morango.

- Certo... então agora a gente volta?

- É claro que não. - E sem pedir ele coloca o meu braço entrelaçado ao seu e começa a me arrastar em direção a uma praça com brinquedos de criança.

Meu professor de biologia Where stories live. Discover now