Depois de se conhecerem e brigarem numa festa, Ramón e Diego terão que conviver juntos durante algum tempo.
Ramón, um cara bruto e atrapalhdo, e Diego, simpático e determinado. Os dois terão suas indiferenças, mas no meio do caminho descobrirão suas...
DIEGO REALMENTE ESTAVA INCOMODADO com a ligação de Ellis feita no dia anterior. Mal pudera dormir tentando arquitetar um plano para acabar com a raça dele. Não podia arriscar perder mais ninguém importante em sua vida, por isso, decidiu pôr sua mãe no primeiro spa e centro espiritual que encontrou. Na verdade, ele teve essa ideia quando uma mulher na rua o entregou o panfleto promocional. Era a deixa perfeita.
Bom, era isso ou a casa da avó Matilde.
–– Conseguiram alguma pista? – Diego falou na reunião do CI.
–– Nada que possa ajudar nesse momento. Ele não telefonou e nem manteve contato com o seu comparsa/
–– Ex-comparsa! – Javier falou, muito ofendido. –– Mas ele vai ligar. Uma hora ele vai precisar de mim pra fazer alguma sujeira em seu lugar.
–– Enquanto isso eu não sei o que está acontecendo com os meus amigos e com Ramón. Eu sei lá o que esse maluco é capaz de fazer. Ai, mas quando eu pegar ele...
–– Calma! Eu te protejo.
Juan falou. Diego sorriu, achando tudo muito absurdo.
–– Nesse caso, você devia estar mais preocupado com Ellis do que comigo! Porque eu tenho certeza que, quando eu o encontrar, ele vai realmente clamar para estar atrás das grades.
Todos se calam, cada um pensando em como reagir àquela situação. Menos Juan, este estava pensando em todas as possibilidades que teria com Diego caso Ramón nunca mais aparecesse.
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A NOITE FOI UM TANTO CONTURBADA para Dana e Dinesh. Especialmente para Dana. Afinal, ela não tinha nascido para ser amarrada com cordas vagabundas que espetavam sua pele. Não tinha usado todos aqueles cremos e hidratantes caros para nada. Aliás, um banho cairia bem no momento, porque, aparentemente, o local devia ser alguma dispensa qualquer que mal cabia uma pessoa dentro.
–– Ai, que droga. Escuta, dá para você chegar mais pra lá? – ela diz.
–– Baguan keliê! Mas nós estamos amarrados de costas um para o outro. Não tem como manter distância.
–– Não interessa! Eu não acredito que vim parar nesse buraco, e nem ao menos vou ter uma foto boa nos jornais e televisão quando noticiarem minha morte.
–– Por Brahma, nós não vamos morrer!
–– Se eu sair viva daqui o Diego me paga!
–– Eu tenho uma ideia!
–– É mesmo? Vai rezar para uma vaca? – Dana ironiza.
–– Não se atreva a falar mal das vacas. Elas são seres sagrados... e certamente funcionaria melhor que comê-las!
Dana bufa, exausta. Depois de momentos de espera, ela finalmente resolve falar alguma coisa.
