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Teria sido apenas mais um fim de semana normal com os amigos se você não tivesse aparecido. Seria apenas mais uma ida na casa de praia da tia Magiee e do tio Theo se eu não tivesse cruzado com teus olhos verdes vibrantes. Tudo ocorreria perfeitamente normal se o avalanche de emoções e sensações devastadoras não tivesse de repente me encontrado, e me levado para outro mundo em questão de segundos tão preciosos que me custaram a vida inteira.
Quando você me dirigiu a primeira palavra tive certeza de apenas duas coisas: me sentia completamente enfeitiçado por um som doce e cativante que acabara de ouvir. E que não poderia me ver sem ouvi-lo.
Era como se cada gesto teu fosse um passo de dança perfeitamente executado. Como se fizesse uma mágica angelical ao mexer as mãos, de forma que embriagava todos os meus sentidos, me fazendo enxergar só você. E nada mais.
O teu biquíni preto delineava tuas linhas esbeltas, teu corpo entrava em sintonia com seu ser simultaneamente, como estrelas duplas em órbita recíproca, e meus olhos seguiam cada parte dele deliberadamente como um telescópio óptico, anceando da terra para vê-las cada vez mais.
Você era um ciclo vicioso. Era o símbolo do infinito, pois tua beleza fazia qualquer um querer dar voltas em você. E nunca mais parar.
O primeiro dia se passou e fomos ficando cada vez mais a vontade um com o outro. Sentindo que podia, e que queria te conhecer melhor, avancei fundo, me joguei por inteiro em uma jornada que me levaria de graça ao inferno, mas que me faria pagar para sair de lá.
Junto com o pessoal, sentados na areia, observando o mar que refletia um perfeito reflexo do céu azul marinho, pude perceber o valor de cada momento, algo que eu nunca imaginaria apreciar, aprecia-los como um amante de flores aprecia um beija-flor vir, e entender que do mesmo jeito ele vai embora. E apreciar você, pois eu ainda não sabia o quanto me faria falta.
Você me contou do que gostava, e eu fiz o mesmo. Conversamos, rimos e nos olhamos. Ah! Como eu gostaria de olhar de novo para você, daquele mesmo jeito que te olhei quando te conheci. Como queria que você olhasse para mim uma última vez.
