Capítulo 3

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No dia seguinte a ida no pub, Eve passou aquela manhã totalmente extasiada. Ainda sem acreditar nos acontecimentos da noite passada, ela esteve aérea em boa parte de suas aulas. A cada vez que pensava em Villanelle, um sorriso rompia em seu rosto. E tinha que se controlar para não cair na risada na frente dos seus alunos toda vez que se lembrava do jeito afobado de Villanelle correndo atrás dela.

Ela desejou aquela mulher, seu corpo implorava pelos seus toques. Eve adorou e se excitou com toda aquela confiança que Vilanelle exalava. Mas as coisas não seriam exatamente como ela queria. Villanelle precisava entender isso, e recusar seu convite foi a melhor forma de deixar bem claro.

Duas podiam dançar aquela dança, e Eve queria conduzir também.

Saindo da sua última aula do período matutino, Eve se encaminha para um restaurante no centro para almoçar com Elena.

Elena é uma agente do MI6 e elas se conheceram durante o período que Eve esteve na instituição. A amizade surgiu durante os trabalhos que realizaram juntas, Elena é uma pessoa muito comunicativa e extrovertida, e foi quase impossível Eve não se identificar com ela.

O trabalho na agência britânica, por muitas vezes, era pesado e sempre exigia muito delas, tanto física quanto psicologicamente. Eve tinha em Elena o apoio que precisava para continuar firme e sã nesse tipo de trabalho. Sendo umas das poucas mulheres compondo o quadro técnico do MI6, elas formaram uma firme parceria que as garantiram destaque cada vez mais crescente dentro da instituição.

Eve saiu, mas a amizade com Elena permaneceu. Não só ela, mas Kenny também. E Carolyn, que é um pouco mais complicada.

Kenny é um rapaz doce e tímido que trabalha na parte de tecnologia da informação. Muito prestativo e inteligente, Eve adorava os momentos que trabalharam juntos. Kenny, atualmente, é namorado da Elena. E é filho da Carolyn. O menino sempre sofria algum tipo de perseguição por ser filho da chefe de divisão de homicídios.

Eve se sentia muito afetada com essa situação e tentava ajudar o máximo possível. Não que ele precisasse de sua ajuda ou precisasse provar algo pra alguém, até porque é excelente no que faz, mas Eve não conseguia lidar com aquela carinha de cachorro caído da mudança e não fazer nada, principalmente com a relação tão fria e distante que tem com a mãe. Elena gostava de brincar dizendo que Eve o adotou, e talvez ela tenha feito isso mesmo.

Chegando no restaurante, Eve logo avista sua amiga já sentada numa mesa e se encaminha até lá.

- Que saudades eu estava de você, Eve! - Elena levanta e a abraça forte.

- Eu também estava! – Eve a aperta em seus braços antes de se afastar e se sentar. - Tem muito tempo desde a última vez que nos vimos, trabalhando muito?

- Nossa, nem me lembre. Estávamos investigando um homicídio na Espanha. Foi um dos assassinatos mais estranhos que já trabalhei. Toda a situação em si, desde a escolha do local do crime até a arma, totalmente sinistro. – Elena faz uma cara de nojo e estremece o corpo. – Você ia adorar!

Eve começa a rir.

- Sim, você ia adorar sim! Toda aquela complexidade e inteligência da assassina. – Nesse momento Eve arqueia as sobrancelhas, de repente se mostrando muito interessada. – Olha aí, tá vendo? Já está toda curiosa.

- Você sabe que a complexidade e genialidade da mente humana me fascina, especialmente das mulheres, então nem comece. Meus dias naquela agência chegaram ao fim. E você nem tente me seduzir com essas assassinas inteligentes e psicopatas. Vai perder seu tempo. – Eve finaliza e sua amiga dá de ombros como quem não quer nada. – Mas, me diz, vocês a pegaram?

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