Capítulo 1

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- Christiaaaaaaan! – gritei ao avista-lo me esperando e sai correndo, pulando nele e o agarrando pelo pescoço. – Meu Deus, Chávez! Eu estava com tanta saudade de você! – sussurrei sentindo-o me apertar com carinho entre seus braços.

- Sua viagem foi longa demais, eu estava morrendo de saudades também – ele respondeu quando nos afastamos e seu sorriso mexeu com a minha libido. Christian era meu melhor amigo desde que eu me lembro, mas... Ah, por que eu estou enrolando pra falar? Ele era delicioso, era bem difícil me conter perto dele. Sarado sem exageros, ombros largos, cintura um pouco estreita e um bumbum... Foco, Maite! Foco!

- Eu não planejei demorar tanto, mas como acabei comprando só ida, fui ficando – encolhi os ombros e ri. Eu tinha ido a passeio para o Brasil, com passagem só de ida para poder conhecer os lugares que eu mais queria sem pressa. Fiquei dois meses lá e foi uma das viagens mais incríveis da minha vida.

- Demorou muito – Christian fez careta e eu ri. Ele se afastou e me ajudou a pegar minhas coisas que eu tinha largado no chão para abraçá-lo.

- Se você tivesse ido comigo... – dei de ombros.

- Eu trabalho, meu anjo. Não tenho a vida ganha não – ele retrucou, mas eu vi que sorria mesmo sem olha-lo de frente. Chris trabalhava com marketing, nos conhecemos durante um evento publicidade. Não no evento, eu conto melhor mais pra frente.

- Você é ridículo, Christian. Eu também trabalho, mas estava de férias. Férias que eu não tirava há três anos! E você sabe muito bem disso – reclamei e ele gargalhou. Dei um tapa em seu braço.

- E essa brutalidade toda? Pensei que estava com saudade – dramatizou e eu revirei os olhos.

- Você é tão babaca – resmunguei e ele me abraçou de lado pelos ombros enquanto andávamos pelo aeroporto rumo à saída.

- Eu te amo, garota – Chris respondeu e beijou minha cabeça. Passei um dos meus braços pela sua cintura.

- Eu também te amo. Obrigada por ser o amigo mais incrível que eu tenho – respondi e ele apertou o abraço.

- Eu sei que sou incrível, Mai. Você também dá para o gasto – ele disse presunçoso e eu só revirei os olhos, ignorando sua alfinetada. Ainda não tínhamos começado uma amizade colorida, acho que até aquele momento não passava pela nossa cabeça algo assim. Pelo menos não de forma "séria".

Guardamos minhas coisas no porta-malas e enquanto Chris dirigia, ouvíamos música e conversávamos, ora ou outra cantando alto alguma música que nós dois gostávamos. Christian era divertido, leve, uma pessoa fácil de conviver. E eu amava estar com ele, fazia o mundo parecer um lugar melhor do que realmente era.

- Aaaaaaaa Chris! Meu restaurante preferido! – exclamei empolgada e batendo palmas quando ele parou no estacionamento.

- Depois de dois meses em outro país você merece comer no melhor restaurante da culinária mexicana – Christian respondeu e eu sorri o puxando para um abraço.

- Obrigada! Você é maravilhoso – sorri e nos afastamos.

Entramos no restaurante e não consegui conter o grito histérico que dei ao avistar nossos amigos e a minha família sentados em uma mesa grande nos esperando. Anahí, Alfonso, Zuria, Jessy, Marimar, Eugenio, Sebastian, meus pais e meus irmãos se levantaram quando me aproximei andando apressada para a mesa. Ouvi Chris falando algo com o garçom. Seu tom de voz era de quem sorria.

Abracei apertado e demorado cada um deles e me dei conta do quanto estava com saudade de todos, mesmo que tivéssemos nos falado todos os dias daqueles dois meses. Viajar é incrível, mas voltar para casa é tão maravilhoso quanto. Nada como seus amigos, sua família, sua casa, seu banheiro e seu wifi (mesmo que eu não tivesse ido para minha casa ainda, eu sabia o quanto ia ser surreal deitar na minha caminha e usar o meu banheiro).

Amigos Com Direitos (Chaverroni)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant