Prólogo

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Ilha de Fernando de Noronha – Dias atuais.

— Julian... o que disse?

— Enzo.... Seu pai pode estar vivo!

— Julian, isso não é brincadeira a se fazer para mim! Estou grávido!

— É sério! Recebemos informações que seu pai pode estar em qualquer ilha nesse momento. Os satélites localizaram um corpo ainda boiando na água sendo levado pela a maré em direção ao Rio de janeiro!

— Mas vocês não pegaram por quê?!

— Quando chegávamos no exato ponto onde o sonar apitava, não tinha nada!

Neste momento, o rei que havia sido proclamado há dois meses se levanta e vai em direção ao seu esposo. O segura pelos os ombros com um olhar de espanto misturado ao de esperança.

— Me diga, por favor, que vão continuar o procurando?

— Enzo....

— Eu não estou pedindo. Meu pai está vivo e eu vou encontra-lo.

— Enzo, por favor....

— Vai querer ir contra a palavra de seu rei, Julian? — seus olhos eram desafiadores, que liam o interno de seu alfa por completo ao desgrudar-lhe e encará-lo esperando uma resposta sua.

— Capitão Reinaldo!

— Sim, senhor!

— Chame todas as tropas, divida-as em grupos e as espalhem num raio de 60 quilômetros de diâmetro!

— Sim, senhor! Peço licença ao Rei Enzo Karemi Yawopã.

— Pode ir, Capitão Reinaldo. — o homem acenou com a cabeça e deixou-os a sós na sala de reuniões reais. Enzo o seguiu e logo depois trancou a porta. — Posso saber o porquê de você não querer seguir as minhas ordens, Julian?!

— Primeiro que eu sou o seu alfa. Segundo que não devo seguir às ordens de um ômega! Isso vai contra a ordem natural das coisas, meu amor!

Aquilo foi uma facada em seu coração. O rei respirou fundo com os olhos fechados, pensando em que resposta daria a seu esposo.

— Te ouvir dizer isso, é como receber uma facada no coração, Julian. Eu sou o rei....

— Mas nem por isso serei o seu súdito. Eu sou o rei também!

— Primeiro que rei não existe na minha tribo. É grande-líder. E nunca houve na história do meu clã algum alfa tomar a cadeira do ômega Grande-líder. Não será agora que isso irá acontecer. Comporte-se, Enzo.

— Comporta por quê?! Você é autoritário o tempo todo comigo! Manda-me o tempo todo procurar a merda do seu pai, que aquele bosta já está podre em algum lugar por aí, terminando de ser comido pelos os animais e você aí com merda na cabeça, achando quer ele "está vivo"! Acorda, Enzo! Acorda, porra! Seu pai morreu! Aceita! — ele berrou e logo percebeu a merda que tinha falado, ao perceber que lágrimas escorriam sem parar do rosto de seu ômega.

— Então é isso, Julian?! Eu sou autoritário?! — exclamou em meio as lágrimas correntes.

Percebendo a merda gigantesca que fez, tentou-se imerecidamente desculpar-se.

— Enzo, não era o que eu queria falar..... — tentou encostar em seu ômega, mas ele se esquivou.

— Sai, Julian. Pegue suas coisas e volte ao seu apartamento.

— É isso que você quer? Que crie seu filho sem o pai-alfa dele?

— E desde quando o meu filho tem um pai-alfa? Suma desse castelo ainda hoje. Meus advogados entrarão em contato.

Kareem - Série Hotel Cassindrina - Livro 03Where stories live. Discover now