Capítulo 6

26 5 5
                                    

Já está acabando.
O que estão achando?

Cheguei no hospital, dona Beatriz já me esperava na recepção, ela corre direto para os meus braços e se debulha em lágrimas.

- Dona Bia... - Tento falar, mas um nó se forma em minha garganta.

Ficamos por um tempo abraçados e chorando.

- Átila, me conta o que houve, porque minha menina tentou isso de novo? - Dona Bia fala entre prantos.

- Onde ela está? Posso vê-la? - Falo eufórico.

- Os médicos pediram para eu aguardar aqui, não faço ideia do que estão fazendo com ela.

- Vai ficar tudo bem, você vai ver, Layla já passou por tantas coisas, até piores que essa.

Ficamos ali na sala de espera angustiados por uma notícia, de preferência, notícia boa, a demora me deixa nervoso, então decido puxar conversa com dona Bia e tirar aquela agonia do ar.

- O que aconteceu dona Bia? Layla te falou porque tentou se matar?

- Depois que você saiu... - Ela começa a falar entre soluços. - Ela subiu as escadas correndo e deu uns gritos com um casal que estava lá com ela que foram embora em seguida, fui até o quarto e quis saber o que tinha acontecido, ela não me deixou entrar.

Nesse momento dona Bia prende o soluço na garganta e suas lágrimas escorrem quase como uma enxurrada, abraço-a tentando acalmá-la para que continuasse.

- Eu devia ter insistido mais, eu devia ter ARROMBADO aquela porta. - O grito de angústia dela mexeu comigo e comecei a chorar incontrolavelmente. - Foi culpa minha.

- Calma, não foi culpa sua, nem pense uma coisa dessas, a senhora é uma mãe maravilhosa e protetora, nossa pequena Lalá sempre teve problemas. - Não sei se estava ajudando ou piorando a situação, já que eu sabia um terço do motivo que tinha causado tudo aquilo.

- Depois de um tempo, o choro de Layla cessou, ouvi gemidos, foi aí que me caiu a ficha, arrebentei a porta e ela estava lá, jogada no chão desacordada com as duas últimas caixas do remédio do lado. - Os prantos da dona Bia eram comoventes.

- Acompanhantes de Layla Hastings por favor!?
Uma enfermeira fala ao sair de uma enorme porta de vidros.

Levantamos quase que imediatamente e juntos.

- Como ela está? Posso vê-la? Dona Beatriz fala primeiro.

- Também quero vê-la, sou o namorado dela.

- Os procedimentos acabaram, vocês podem entrar, ela ainda está sonolenta e talvez não se lembre muito o que aconteceu, me sigam por favor.
A enfermeira abre a porta e a seguimos.

Ao visualizar minha Lalá naquelas condições, a única certeza que tive era que minha garota precisava de mim, eu não podia abandoná-la, não daquele jeito, por mais que a cena dela no meio de um casal nua se entregando completamente machucava muito meu coração e doía no meu peito, mas tenho certeza que ela teria uma boa explicação para tudo aquilo.

Dona Beatriz agarrou a mão da filha e pedia perdão freneticamente com sentimento de culpa, dei um abraço na minha amada e beijando sua mão a perdi perdão também.

- Dona Bia, eu vou deixar você com ela, amanhã logo de manhã eu volto, a senhora vai ficar bem, não quero que ela acorde e me vê aqui, pode ser que ela fique pior.

- Átila, obrigado meu filho, por me fazer companhia e dar apoio nesse momento difícil, você tem sido a salvação da minha filha.

Abracei dona Bia com todo carinho me despedindo.

O que estão achando de Átila, ele devia ter ido ao hospital?
O que acham?

Amanhã tem mais

Meu presente para você (Completo)Where stories live. Discover now