capítulo 4

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______ A manhã se iniciou barulhenta . Marina se espreguiçou sentindo os musculos doloridos se esticarem. Ela olhou ainda sonolenta o quarto que apesar de bem simples estava organizado e limpo. Só havia ali uma penteadeira, um pequeno guarda -roupa e a cama que era de casal, porém um pouco menor que o tamanha padrão.

Diferente do esperado havia tido uma boa noite de sono.
Marteladas insistentes continuavam a vir do lado de fora e ela olhou em direção a janela que era bem grande e cobria a maior parte daquela parede.

Curiosa ela desceu os pés da cama e se levantou. A visão que ela teve foi excitante.
O homem que a ajudou na noite passada estava concertando uma cerca na lateral da casa.
Ele usava uma uma calca jeans e botas cautry e camisa xadrez vermelha aberta. Ela se escondeu atrás da cortina para observar melhor sem correr o risco de ser vista.

Na cintura havia um cinto de utilidade de onde ele tirava os preços que prendiam o arame. Marina não conseguia ver o rosto completo dele, pois estava usando chapéu ,via apenas a boca gossa e o queixo firme com uma barba escura por fazer.

Ela desceu o olhar para o tórax que brilhava com a luz do sol refletindo o suor, era largo com uma camada fina de pêlos negros que desciam pelo abdômen reto e se perdiam no cós da calça. Era uma bela visão ,ela teve que admitir.

Marina se lembrou da noite passada do contato inesperado com o corpo gigantesco dele. O pânico que sentia no momento não a permitiu registrar muita coisa, mas ela se lembrava bem da sensação de ser apertada contra ele. Ela não pode deixar de comparar com o tórax de Jeff que não era bem um pouco musculoso.

Como se sentisse que era observado, ele indireitou o corpo e olhou em direção a casa, diretamente para ela , e em um movimento brusco marina se afasto da janela. Só então ela se deu conta que as cortinas eram de um tecido fino quase transparente. Ele a pegará em flagante , seu rosto estava em chamas agora. Marina recriminou se por eatar agindo como uma adolecente que acaba de xonhecer obprimo gato. Tudo bem que ela estivesse com a libido em alta. Mas estava ali com um Objetivo e por mais atraente aquele cawboy pudesse parecer, nao podia se esquecer que precisava partir quando antes.

Marina cobriu o rosto com as mãos praguejando frustrada por ter sido pega. Decidida à ignorar aquele fato ela decidiu que um banho a prepararia para um dia cheio.

Quando mais rápido ela resolvesse as questões pendentes mais rápido voltaria para seu mundo, para sua empresa e até mesmo Jeff.

Quando abriu a porta Marina notou que sua pequena mala estava lá. Ela não pode deixar de sentir uma onda de alívio. Era mais reconfortante ter seus itens pessoais por perto. Não poderia deixar de agradecer ao cawboy quando o visse novamente.

Ela seguiu para o banheiro. Era grande e bem iluminado, diferente do quarto e da situação aparentemente velha da casa, o banheiro tinha sido reformado. Tinha um box de vidro e uma banheira de tamanho razoável. Era convidativa, e apesar Marina estar com os nervos em frangalhos, ela também estava faminta e optou por um banho rápido.

Quando ligou o chuveiro a água saiu fria, aquela era uma situação que precisaria resolver. Não iria conseguir ficar em um lugar que não tivesse luz elétrica.
uma semana era o máximo que ela planejava ficar a queria tornar sua estadia o mais confortável possível.

Apesar de a água está completamente gelada o banho foi relaxante. Enquanto ensaboava o corpo, sua mente havia sido invadida por imagens de um homem ele a envolvia a a beijava com paixão, a tocava intimamente e a fazia ferver.

Marina obrigou-se a repreender aqueles pensamentos, não devia estar fantasiando com um homem que mal conhecia. Era uma mulher comprometida com seu travalho e com Jeff e debia se comportar como tal.

Após o banho ela desceu às escadas e logo sentiu um cheiro convidativo. Faminta decidiu procurar de onde vinha aquele aroma. Mas alguns passos a frente e ela entrou na cozinha , um ambiente arejado e bem iluminado , com grandes janela que davam para um verde sem fim . A noite em completo breu ela jamais imaginaria que aquela casa velha guardava uma paisagem tão apaixonante.
- bom dia minha querida.- a voz de Olga soou Alegre tirando Marina de se momento de contemplação.
- oh! Bom dia . Sou Marina. - Ela sorriu estendendo a mão. - acredito que está a sendo esperada.
- à claro que sim. Heitor e eu ficamos a sua espera. - a simples menção do nome fez um calafrio subir na espinha de Marina. - me desculpe não estar aqui quando você chegou. Eu durmo aqui dia sim e dia não . E ontem era meu dia de estar em casa.
- Eu entendo. Não se preocupe com isso. Ãn... o cawboy ajudou a me instalar . - Ela disse desviando o olhar.

O encontro deles não havia sido mais calmo que uma turbulência ,mas até ali estava tudo bem.
- graças ao céus Heitor estava aqui. - a senhora encolheu os ombros, sem jeito. - Estamos sem luz no rancho,e pra quem não conhece, o lugar por até ser perigoso.
- imagino - Marina agora sabia disso. - a propósito. Porque não tem luz elétrica aqui?
- bem, o Rancho não anda muito bem das pernas. O Heitor irá colocar você a par da situação direito . Mas a verdade e que só restou ele e eu. - a senhora indicou a cadeira para que ela se sentasse.
- e vocês ficaram exatamente porque?- Ela pergunta com uma casualmente levando aos lábios a xícara de café que lhe foi servido pela governata .
- bem... era o certo a fazer. - a senhora diz colocando um prato cheio sa panquecas com mel a frente dela. - trabalhei pro seu avô por muitos anos e Heitor , apesar de não admitir o tinha como amigo. -

Marina se levantou da mesa e caminhou até a janela lateral. As marteladas haviam parado e com o pretesto de admirar a paisagem ela caminhou até ali, porém já não havia sinal dele ali e a cerca ja estava completamente restaurada.
- Eu preciso te informar que , para que sua estadia aqui fique mais confortável, vai precisar repor a despensa, que já esta vazia. Heitor fez isso pouco antes de seu avô morrer mas os recursos dele também estão acabando. - Marina a olhou curiosa.
- oque isso significa?
Novamente a senhora corou - sou a governata daqui , mas à um ano ficou impossível pagar os salários dos funcionários e todos se foram. Mesmo sem salário eu fique. Mas Heitor nunca recebeu nada, apenas investiu quando seu avô precisou .
- se ele não é funcionário , oque ele é então ?-
-bom ele...... - antes que Olga pudesse concluir , a atenção das duas foi movida para um dos conhecidos rosnado de Heitor.

Olga se virou com seu doce sorriso para ele , ao passo que Marina lhe lançava um olhar assustado . A velha senhora percebeu. - Marina querida, não se deixe intimidade por Heitor. Ele parece assim rabugento mas é o cigano mais gentil que conhecerá na vida. - Marina moveu o olhar agora curioso para Heitor.

Será que ela ouviu direito? Ele era um cigano. Marina já tinha ouvido falar de ciganos mas em plano século 21 acreditava que era um povo extinto. Oque aquilo significava? Subtamente aquele fato despertou ainda mais a curiosidade dela a respeito do homem a sua frente.

- não se cansa de falar Olga ? - ele diz mal humorado .
- claro que não. Principalmente com uma criaturinha tão doce como Marina. - agora era a vez de Heitor olha cheio de sarcasmo para Marina.
- estava aqui dizendo a ela que voce Heitor iria colocá la a par da situação do rancho.
- Não. Não vou . - ele disse enfático. Heitor sentia que aquilo poderia ser uma armadilha. Não que ele não quisesse ajudar a moça. Mas quanto mais ficasse, l menos razões encontraria para partir.
- É bom que estejamos todos aqui.- iniciou Olga rompendo o silêncio constrangedor .- gostaria de avisar que terei que voltar para minha casa. Meu velho está resfriado e precisa de mim. - ela olhou divertida para Marina. - acho que você deve saber como ficam os homens quando estam doentes. Por isso Heitor é que eu gostaria que você à ajudasse. Por alguns dias apenas. Eu ficaria menos preocupada sabendo que à esta ajudando.
Formou -se novamente um longo silêncio até que, completamente sem jeito Marina decidiu fala. - Olha gente, eu não quero incomodar, eu sei me virar sozinha e .... - antes que terminasse uma gargalhada estrondosa ecoou na cozinha.
- sabe mesmo! Eu percebi ontem a noite. - Heitor disse cheiro de ironia.

   Marina sentiu sua face se aquecer de raiva. Quem ele pensava que era? Ela nunca dependeu de ninguém além de si mesma. Por mais que aquele fosse um mundo bem distante do seu ,ela conseguiria. - Escuta aqui peão. Eu não preciso de você - ela vociferou - e ontem também não pedi a sua ajuda. Agora me poupe do seu sarcasmos logo de manhã e pode ir embora se quiser. Eu ficarei bem, eu sempre fico.
- oh! A bravinha voltou . - ele disse olhando para Olga, Que observava cuirosa a troca de farpas. -a propósito bravinha , a cor vermelha lhe cai muito bem, e já que estamos sendo sinceros aqui. Adeus as duas!

Heitor disse isso tocando a aba do chapéu e saindo porta a fora com longas passada.

Cawboy indomável (Em Andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora