Um suspiro preguiçoso saiu de seus lábios.
Apoiava as mãos na alça da sua mochila enquanto subia preguiçosamente as escadas, mais uma vez, amaldiçoava o prédio por não ter um elevador, oque não era necessário, o prédio apenas tinha três pisos.
— Halò¹ — comprimentou Bonnie, bem disposta
Bonnie estava nas suas costumeiras vestes de treino, leggins cinza e uma blusa de alsas grossas. Ailsa tinha uma tremenda admiração pelo corpo de sua vizinha, por vezes, começava a semana determinada em ter um igual, praticando exercícios físicos, mas essa determinação não durava nem uma hora
— Ah, hey — retribuiu sem ânimo
Bonnie havia diminuído os passos afim de acompanhar Ailsa, tirou os seus auriculares do ouvido antes de indagá-la com uma curta risada:
— Oque que te aconteceu?
— Escola
— Ah! — Bonnie exclamou sem entender ao certo — Está com algum problema?
Ailsa parou de subir abruptamente, fazendo com que Bonnie fizesse o mesmo:
— Quase chumbei em matemática, pedi para que o meu professor me desse uma chance e agora tenho um trabalho, só que, apercebi-me que não quero fazer trabalho nenhum mas também não quero e não posso reprovar em matemática, eu não sei oque fazer, a minha vida é uma confusão — falou rápido enquanto balançava os braços com a expressão de cansaço
Bonnie não a respondeu de imediato, esperara alguns segundos antes de dar uma risada colocando a sua mão em frente à boca
— Uau, tens uma vida difícil — dissera brincalhona.
Ailsa revirou os olhos ao tornar a subir as escadas lentamente, como se não quisesse chegar à casa — Sinceramente, Ailsa, devias estar grata
— Eu sei — murmurou — Mas é tão… — sentira preguiça de terminar — Injusto? Não! É tão, trabalhoso, sim, trabalhoso
— Nunca vi uma preguiçosa igual à ti — Bonnie olhava-a com confusão e com um pequeno sorriso no rosto — E, a tua vida não é uma confusão coisa nenhuma
— É sim — insistiu, mesmo sabendo que Bonnie tinha razão
— Ceart gu leòr² — ergueu as mãos em redenção
Já no último piso, Bonnie escolhia a chave para abrir a sua porta, Coinneach saiu apressado de sua casa e assim que vira sua irmã, deixara a porta entreaberta
— Hey, Coin — comprimentou Bonnie, alegre, o mesmo retribuiu com um sorriso e uma piscadela.
Passou reto, ignorando Ailsa, Bonnie um tanto confusa, olhou para Ailsa
— Vocês não…
— Não, já basta ter ele como irmão, agora, toda gente saber, já é demais — reclamou e de seguida entrou em sua casa, deixando Bonnie com o cenho franzido
••••••
Ailsa semicerrou os olhos como quem não acreditava no que via, seus olhos fixaram na rapariga ruiva que resolveu ignorar a sua presença e fingir que lia, Ailsa estava convicta que ela fingia
— Ailsa, não é?! — questionou o rapaz com a feição amigável
— Sim
— Sou Douglas e ela é Ilsa, o professor Muir pediu para que a ajudemos no seu trabalho de matemática
— Sim mas… — deu um sorriso incompreensível — Não era susposto ele falar comigo antes ou… Não sei — deu uma curta risada nervosa
— O professor Muir quis assim — Douglas deu de ombros — E ele ordenou que começássemos imediatamente
— Mas agora eu tenho aulas— Douglas deu uma rápida olhada em Ilsa, que ergueu os olhos do livro e fechou-o, soltou um curto suspiro quase imperceptível, mas manteve-se calada. — Não pode ser em outra hora ou…
— Como eu disse, o professor Muir gostaria que nós começássemos nesse exato momento e caso não pudesse, nós não a tínhamos que a insistir — disse Douglas
Por instantes, Ailsa sentiu raiva, mas dera um sorriso cínico ao arrumar as suas coisas e segui-los, agradeceu mentalmente por a sua professora não ter chegado ainda.
Não sabia por onde iam, mas presumiu que iam a biblioteca
— Então… — iniciou Douglas, desconfortável com o silêncio — Já sabes do que se trata o trabalho?
— História da Matemática — falou aborrecida
— Oh boa — sorriu — Já sabes por onde vamos começar ou…?
— Fazendo uma pesquisa de como e quando a matemática surgiu — falou como se fosse óbvio
— Se quiseres mesmo passar — disse Ilsa — Terás que fazer melhor que isso
Agora é que ela fala
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¹ Olá
² Ok
XO.
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Matemática
ParanormalPorquê você clicou nesse livro? Deixe-me adivinhar, talvez você o clicou pelo título estranhamente peculiar do livro, talvez a capa tenha te convidado silenciosamente à isso, ou você é um amante NATO da matéria? Eu poderia dizer para que sigam em fr...