Um príncipe encantado!

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No dia seguinte acordei super cedo pra tentar ir a escola sem minha mãe  me acompanhar mas ela ja estava de pé e tomando café da amanhã, pra minha surpresa me disse que hoje não poderia me levar pois tinha uma reunião na escola da minha irmã pra participar, me deu um alívio momentâneo que não durou mais que 1 minuto, pois em seguida minha tia entrou com minha prima pela porta dos  fundos perguntando se eu já estava pronto, entendi tudo, ela não poderia ir mas mesmo assim não  deixaria de mandar alguém  me vigiar! Nessa hora só imaginei o Rafa me esperando na porta do colégio e minha tia criando uma confusão ou algo pior!

Cada passo que eu dava durante o caminho meu coração acelerava ainda mais, minha prima ainda tentou puxar assunto mas eu só estava de corpo presente, meu foco realmente era tentar ir alguns passos a frente ou tentar enxergar o Rafa antes delas pra poder sinalizar pra que ele n falasse comigo, minha tia percebeu meu nervosismo e falou que esperaria até que o sinal tocasse e me visse entrando pra só depois poder ir embora, eu nem respondi, tava discordando o mínimo  pra poder evitar qualquer consequência posterior!

Assim que chegamos no colégio tentei disfarçadamente procurar o Rafa, nada. Amanda como de costume veio me receber, e sabendo da situação tentou me chamar pra pegar uma lição que havia perdido da ultima aula, tudo mentira pra me afastar por alguns minutos da minha tia, que por sua vez mandou eu emprestar o caderno mas não  sair de perto dela, continuei a procurar como quem não  quer nada alguém  que nem sabia se estava retamente ali! O sinal tocou, liberdade! Pensei. Me despedi da minha tia e entrei o mais rapido e sem chamar atenção que pude. Amanda veio atrás pra me devolver o caderno me puxou pela mão em direção  ao corredor da biblioteca, não teríamos  a primeira aula então teria tempo pra contar pra ela oque eu estava passando dentro de casa antes que explodisse com aquilo entalado dentro de mim.

Mas não era pra conversar que ela me puxou, assim que dobramos no corredor da biblioteca ela me mostrou o real motivo da pressa, o Rafa, com uma calça jeans rasgada, uma farda tamanho G do governo do estado e um caderno quase sem folhas, não acreditei quando vi, nem que esse era o tal jeito que ele tinha dado, se disfarçar de aluno pra poder entrar sem ser notado, nunca iria imaginar! Corri pra dar um abraço forte nele que me beijou sem nem pensar que alguém  podia estar olhando, perguntou se eu estava bem, amanda nos deixou a sós e foi encontrar alguns amigos de classe no pátio, pois tinhamos seminário de português  na segunda aula, contei tudo que estava acontecendo ao Rafa como se aquilo dependesse da minha vida! Cada segundo contava e eu precisava aproveitar aquele momento com ele pois não  sabia quando nem se o veria de novo!

O rafa passou quase 5 minutos se culpando, dizendo como aquilo não era pra ter acontecido, como eu não  merecia estar passando por aquilo e que estava quase chamando a polícia  pelo que minha mãe estava fazendo! O repreendi e tentei deixar claro que aquilo só piorariam as coisas tanto pra ele quanto pra mim, afinal ele já era de maior com 19 e eu ainda tinha 17 prestes a completar 18 daki a alguns meses, ele se acalmou e me fez um pedido, me pediu pra aguentar 2 anos, era o tempo que ele iria juntar um dinheiro pra comprar uma casa e eu ir morar com ele, disse que não  queria me ver nem mais 1 dia nessa situação mas que se eu pudesse aguentar esses 2 anos tudo seria diferente. Eu nunca soube noque o Rafa realmente trabalhava, ele me dizia que entregava livros nesses negócios de livros usados (sebos) e cada livro que ele entregava era um valor q ele recebia e assim ele se sustentava mas naquele momento ele falou tudo que eu precisava ouvir, quem iria se importar no como ele iria fazer se o desejo era que ele fizesse!

Levei ele até a saída estava mais calmo e mais feliz que mendigo achando carteira depois do 5° dia útil,
Ele falou que me amava e que nunca tinha sentido algo tão forte por alguém, que não  via a hora de poder me tirar dessa situação e que não iria me decepcionar! Naquela altura do campeonato eu era uma carreta com os 16 peneus arreados por ele! Como pode? Existir alguém  tao perfeito? Tão carinhoso? Batalhador! Honesto!
Não importava mais nada só planejar minha vida com o Rafa e como eu seria feliz longe de tanta tristeza.

Por um momento me dei conta de que meu pai voltava de viagem naquele dia e que precisava por os pés no chão  ao menos por mais algum tempo!

Gota de LimãoWhere stories live. Discover now