Hoje a noite não tem luar

Cheia: Ardor mútuo

Seus lábios desprenderam-se rompendo laço corpóreo que os uniam. O âmbar e o verde miravam-se com intensidade, ouvia-se suas respirações aceleradas pelo cômodo silencioso, acompanhado do pulsar afoito do coração em seus respectivos peitos. Demorou um pouco para que Derek encontrasse o hotel mencionado por Laura naquele dia, mais cedo. Não ficava perto como Laura havia falado, era na entrada de Beacon. Ainda podiam sentir o vento gélido que acoitava seus rostos durante o percurso.

O contato fora quebrada e seus olhos em uníssimo caíram sobre os labios alheios, vendo que haviam mudado levemente de coloração pela intensidade do beijo de outrora.

— você quer continuar? — o moreno perguntou mantendo suas mãos na cintura do outro, assim como a  total atenção, ele precisava ter a certeza.

O rosto do homem de cabelos castanhos tomou uma ligeira expressão pensativa.

Ele queria ir mais além? Não tinha a total certeza. Derek era um homem, que mexia consigo de uma forma diferente, era tudo muito novo para o Stilinski. Percebeu que o melhor a se fazer era prender a respiração e mergulhar naquele mar de confusão. Ele já estava ali, já estava mais do que envolvido e sentia que não poderia negar nada encarando aqueles olhos de um verde tão profundo.

— sim, eu quero. — sua voz saíra num sussurro. Suas mãos pousaram no rosto do moreno - observou o mesmo fechar os olhos com o toque - acariciando seu queixo e as maçãs com os polegares, sentindo a barba raspar na sua palma deixando um leve formigar. — muito! — Stiles moveu seu rosto para frente e mais uma vez uniu seus lábios ao do moreno. Tendo a certeza de que devia continuar.

Ambos sabiam que era o certo a se fazer, mesmo sendo tão repentino. E havia certa pressa, nem sequer conseguiram olhar em volta, no quarto que provavelmente dera trabalho para alguém arrumar. Mas ali sozinhos, um de frente para o outro, com o desejo correndo feito um rio de lava furioso em suas veias, nada importava.

A mão de Derek buscou o zíper do moletom floral de Stiles e o desceu logo em seguida, ajudou o castanho a se livrar da peça de roupa, vendo que o mesmo trajava uma camiseta por baixo. As mãos ligeiras de Stiles - um por um - desabotoaram os nove botões da camisa preta do Hale. Suas mãos agarram os dois lados da roupa e a deslizou sobre os ombros de Derek, expondo a pele morena do local. Os amantes se afastaram um passo contado, sorrindo cúmplices, livraram-se das camisetas e bermudas que usaram naquela noite marcante.

Stiles manteve sua box e ao erguer seu olhar viu que o moreno decidira fazer o mesmo, notou que o homem já estava mais do que animado, devido a sua peça de roupa que era afastada do corpo, ao olhar para o seu baixo ventre se surpreendeu ao ver que se encontrava dá mesma forma. Admirou a beleza de Derek atentamente; sua pele morena, seus cabelos negros e sua barba por fazer que continha alguns fios brancos que quebrava aquela escuridão, seus musculos saltados que eram cobertos por uma fina camada de pelos escuros e eriços. E os olhos esverdeados, que o faziam pensar em coisas que jamais pensou tão arduamente. Sentiu vontade de toca-lo, como jamais tocara um homem.

Derek o admirou com a mesma atenção, até mais. Stiles era uma homem de trinta e sete anos - como o próprio contara - de corpo esguio, com alguns músculos saltavam por debaixo da sua “magreza.” O moreno notou que o corpo pálido do homem carregava consigo algumas poucas cicatrizes, umas como listras e outras como pequenos e perigosos círculos. Um perigosamente bem no meio do seu peito, onde seu indicador tocara, sentindo a textura diferente da pele.

Romperam os poucos centímetros que os separavam, com seus olhos grudados um no outro como se fossem imãs em total atração. Seus labios se uniram num beijo tão lento que eles duvidavam que o outro estivesse de movendo. Suas mãos percorreram todo o corpo alheio, sentindo o quão quente pelo desejo latente suas peles estavam. Como se seus corpos ascendessem só pelos simples fato de estarem próximos, como se estivessem ligados, espalhando um calor incomum pelo seus peitos.