Capítulo 1.1 - Pesadelos mal contados

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Ajuste o som esse capítulo tem trilha sonora.
Boa leitura.

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Maya De laVonce
2 Anos atrás

Estava tudo escuro, um completo breu e tudo o que eu podia ouvir era o barulho da brisa ao meu redor. Eu sentia que estava sendo observada por alguém, por algo na escuridão. Me olhava apenas esperando uma reação. Não é como se eu pudesse fazer algo, eu mal sentia meus pés ou minhas mãos. E só talvez isso estivesse começando a irritar a coisa.

Havia uma carta a minha frente, uma carta pintada com manchas de sangue ao seu redor, e ao seu lado uma espada quebrada ao meio. Porém o que mais me chamou a atenção não foram a espada ou a carta, mas sim o coração que estava espetado na ponta da espada. Aquilo fez meu interior se revirar. Toda aquela escuridão e cenas horrendas estavam me deixando mais do que assustada.
Ouvi um riso estridente atrás de mim.

- Vê isso criança, isso é o seu futuro, isso é o que aguarda no fim da linha. - disse a criatura horrenda.

Meu corpo estremeceu. Eu não conseguia distinguir sua forma, ela estava envolta de uma escuridão muito densa. E isso só a deixava mais assustadora.

- Isso é o que você irá se tornar - continuou- e não à nada que possa fazer. E isso será tão cruel com você - disse com um certo tom de ironia acompanhada de uma risada macabra - e eu realmente espero que você pague pelo o que fez. Tudo isso - disse aprontando para o chão ao meu redor - é sua culpa!

Só então eu olhei para ao meu redor, corpos e mais corpos estavam no chão, todos a quem eu amava, pessoas que eu não conhecia, estavam mortas por minha culpa? Mas o que eu fiz?

-Mamãe... Papai... - foi tudo o que saiu da minha boca quando a criatura pegou eles pelos braços, levantando-os e torcendo seus pescoços - NAAAÃOOOO.

Meus joelhos alcançaram o chão com força. Eu não conseguia correr. Eu tinha visto meus pais morrerem na minha frente e não pude fazer nada. O quão inútil eu era?

As lágrimas escorriam aos montes eu meu rosto. Não restava mais nada estavam todos mortos. Por minha culpa e tudo o que eu sentia por dentro era uma vazio enorme que se tornou uma intensa raiva ao ver a criatura soltar uma risada maldosa.

- Oh criança não chore isso não está nem perto do eu vou fazer, do nós faremos.

Com todas as minhas forças eu tentei levantar, mas era como se algo me prendesse ao chão. Eu não conseguia falar parecia que eu estava engasgada com a minha própria voz. Ela estava me controlando.

- Ah minha doce criança, não tente lutar é inútil, você é minha agora, sempre foi e eu sempre te acharei não importa o quanto você fuja. Nós somos uma só.

- Eu não sou como você! Eu jamais serei como você! E na verdade eu cansei de você atormentando os meus sonhos. Você não passa de um medo infantil e eu não tenho medo de você. Você não é real. - eu disse com todas as forças que podiam me restar, eu não seria controlada por ela como nas outras vezes eu estava cansada disso.

- Oh eu não sou real?- disse soltando uma risada venenosa e distorcida - bem se eu não sou real então eu poderia te matar agora certo?

Vivendo em guerra com o passadoWhere stories live. Discover now