don't think

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— Relaxe e aproveite....    — Baixa a cabeça e sinto sua língua tocando em lugares que eu nunca senti, era uma sensação de prazer e safadeza, tentava respirar fundo, nunca tinha sentido algo tão prazeroso, pego na cabeça dele acariciando seus cachos, não queria que ele parasse, abro mais as pernas e ele lentamente se levanta, passa seu dedo pelos meus lábios depois passa pela sua boca e se aproxima me beijando, de repente sinto seu dedo entrando dentro de mim fazendo movimentos circulares, meus olhos reviravam de um lado para o outro e meu corpo se contorcia de prazer.
Estava sendo o momento mais real da minha vida, já não sabia a diferença entre realidade e fantasia, estava tudo misturado dentro desse momento... nossos corpos estavam muito próximos... ele estava tão perto que pude tocar, abraçar, beijar e gritar no seu ouvido... tão perto que me fez mergulhar naquelas ondas, naquele cabelo, conhecer todo o seu corpo...

— Victor! — Dou um grito agudo quando sinto algo entrando.

— Tem calma... está tudo bem, vai doer um pouco mas depois passa, olhe para mim, pode gritar a vontade! — Ele explica sorrindo pra mim, de repente sinto aquilo entrando e uma dor intensa me fazendo lagrimar....    — Calme, já está... já passou!    — Ele vai subindo e descendo por cima de mim lentamente e aos poucos foi acelerando fazendo os meus peitos balançarem e ele colocava seu rosto entre eles, conseguia notar que estava amando esse momento pelas suas expressões faciais.

— Sua gostosa!    — Ele sussurra no meu ouvido enquanto eu gemia de dor e prazer, não queria que ele parasse.

— Quer parar?

— Claro que não!

— Ótimo....    — Ele responde me fazendo mudar de posição, apoio o meu corpo por cima dele e ele me faz pular por cima dele me deixando exausta, inclino o meu corpo no dele tentando procurar forças, ele batia na minha bunda e apertava me fazendo continuar e aquilo só me deixava mais safada e com vontade, minutos depois sinto algo estranho e era como se não aguentasse mais aquilo dentro de mim, como se já estivesse satisfeita, saio de cima dele e deito ao lado tentando ganhar forças, foi o momento mais intenso e prazeroso que alguma vez tive com alguém.

— Quer continuar ou prefere parar por aqui?

— Eu... eu....   — Sinto algo escorrendo entre as minhas pernas, apanho um susto quando vejo o lençol cheio de sangue, noto que ele também havia notado e fico envergonhada.

— É só trocar de lençol e deitar esse, está tudo bem meu amor... é normal você sangrar nas primeiras vezes!    — Ele diz me beijando e depois me ajuda a trocar de lençol e limpamos tudo...

— Você está bem?

— Um pouco dolorida, com as pernas doendo mas estou bem!

— Eu machuquei você?

— Não meu amor eu estou bem... só estou cansada.  

— Deite aqui no meu colo, minha gelada!    — Pouso a minha cabeça no seu peito e adormecemos abraçados.


(...)
Sei que não deveria sentir isso, sei que pode ser tudo uma ilusão, eu acordo e vejo que ele no fundo nunca sentiu nem um terço daquilo que eu estou sentindo agora, a minha respiração trava quando ele está por perto, nossos sentimentos podem ser tão diferentes... agora a minha mente já não pensa em outra coisa, não passa outra imagem, não ouço outra voz, só os sussurros dele no meu ouvido... eu juro que não quis acordar, nem sei se já acordei, sei da realidade ou pelo menos tenho ideia mas quando estou com ele o tempo para, foi uma longa noite... foi a minha melhor noite e se mesmo que um dia eu quisesse esquecer eu nunca iria esquecer esta noite. O sorriso dele era a coisa mais real que havia naquele momento, é este o sentimento quando se ama alguém? O abraço dele se tornou mais confortável que a minha cama, não queria que ele acordasse e me soltasse porque fica tão inocente enquanto dorme...
Já sei que vou acabar mal porque não paro de rir enquanto olho para ele e isto faz com que eu pareça uma idiota, ele me faz parecer uma idiota, uma humana... por ter sentimentos, nunca ninguém tinha me feito sentir tão bem, tão sem medo de arriscar, tão eu, eu odeio tanto você Victor Davis!


— Hey!

— ...hey!

— Fica tão fofa com o cabelo desarrumado...

— Deixa de ser um amor, eu não quero gostar de você!

— Tarde demais...     — Ele sorri e eu fico minutos apreciando aquela curvatura que provavelmente vai estragar toda a minha vida.

— Temos de voltar para casa... sua mãe deve estar super preocupada!    — Olho no meu celular e encontro várias chamadas da minha mãe, dos meus irmãos e da mãe dele, nos preparamos e vamos para casa...



(...)
— Você fica bem?

— Eu fico....    — Me promete que não vai armar nenhuma confusão, simplesmente ouça o que ela tem para lhe dizer.

— Sim... gelada, a gente ainda tem de conversar sobre algo importante!

— Victor se é sobre nós, já está tudo bem, se preocupe agora com os seus pais...
Tenha paciência, não faça nada de errado e pede desculpas por ter saído sem avisar e desligado o celular, ela estava super preocupada.

— Está bem, farei isso... obrigada por ser o meu amorzinho!    — Responde me dando um beijo da testa.

— ... no sábado terá a minha festa de aniversário, sua presença seria muito importante para mim.

— Está me convidando para entrar na sua casa e automaticamente conhecer seus pais?

— Não é obrigado, se não se sentir a vontade com isso não faz mal... eu percebo!

— ...eu arrisco a minha vida, não iria perder o aniversário da minha namorada mesmo correndo o risco de levar um tiro pelos irmãos dela!

— Isso sim é uma prova de amor.    — Digo, me despeço dele e de seguida vou para casa...

— Filha você está bem?
Fiquei preocupada, nunca mais volte a fazer isso, pelo menos atende o telefone!

— Eu estou bem, mãe!
Estava tarde e era perigoso voltar sozinha então a mãe do Victor aconselhou eu dormir lá e voltar pra casa de manhã.

— Quem é o Victor?

— O rapaz que tinha desaparecido.

— Ele apareceu?

— Sim, já está tudo bem... sábado ele estará aqui!

— Por falar nisso ainda temos muita coisa para arrumar, começando pela sua mala... já fez sua mala?

— Eu vou tratar de tudo hoje, prometo... e amanhã podemos ir comprar a passagem!  

— Okay, amo você filha!    — Ela diz me dando um beijo na testa e eu vou pro meu quarto, não sei quem era mas aquela não era a minha mãe, estava demasiado calma e amorosa, se calhar já está sentindo falta de ter a sua filha por perto e quer matar todas as saudades...

Vou tomar um banho e depois começo a arrumar todas as minhas coisas, era estranho sentir que vou me desfazer do meu quarto, do meu canto que sempre me acolheu, não sabia o que levar, o que deixar, se daqui à alguns anos quando eu voltar as coisas continuariam no mesmo lugar como o quarto da Karen, se algum dia eu vou querer voltar... já estava sentindo saudades do meu lugar favorito nesta casa...

FallingWhere stories live. Discover now