43. Nove

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Obrigada por ler!

- Vem comigo. - agarrou minha cintura e segurou meu braço.

Não consegui me virar, mas pela voz sabia que era Louis. Sua mão apertava mais e mais o meu antebraço e a brutalidade que me levava para o caminho contrário me fazia choramingar para que parasse.

- Para! - gritei alto. Mas me arrependi porque foi bem em seu ouvido. Provavelmente não eram nem oito horas da noite, mas mesmo assim a rua estava praticamente deserta.

- Ally. - ele se virou para mim e parou seus passos e eu quase bati na suas costas com a cabeça. Soltei suas mãos da minha cintura, porém ainda agarrava meu braço, não tão forte como antes. - Para de ser chata. - quando olhei em sua face percebi que ele estava completamente bêbado. Suas palavras eram cuspidas e andava meio tonto.

- Eu não sou chata! Me solta! - reclamei com a pior expressão se desgosto.

Ele bufou e me arrastou até a rua da minha casa.

- Você não deve andar sozinha. - soltei-me e saiu tropeçando nos próprios pés. A sua voz e seus olhos, pareciam distantes, meio tristes. Não havia rancor e nem agressividade ali, o álcool torna as pessoas bem bipolares.

[...]

Mais um dia de aula. Hoje eu teria aula de Educação Física, mesmo que eu não goste nem um pouco, teria de ir, porque meu atestado falso - que mesma fiz constatando uma doença qualquer - infelizmente valeu até a penúltima semana.

Além das roupas horríveis, os meninos jogavam na mesma quadra, e não existia nada mais vergonhoso que meu corpo, com certeza.

Jane estava tão animada quando eu cheguei à entrada.

- Ally! - abraçou-me forte. Niall estava ao seu lado, segurando sua cintura. Eles eram tão perfeitos, juntos.

Minha primeira aula era francês, duas seguidas, e não tinha a mínima coragem de encarar Malik depois de ontem. Fui arrastada pelos meus próprios pés até alguns metros dele, onde sempre me sento, porém hoje parecia ter algo diferente: eu não o via igual antes.

Todas as palavras de ontem, todos os toques repetiam e repetiam em mim e na mente. Nossos beijos necessitados, como se aquilo nos fizesse livres, livres do mundo devorador de almas puras. A cada toque, cada provocação, havia um pedido de mais e mais, queríamos sentir de novo aquela sensação de que não existisse nada. A cada sílaba era uma droga em cima de emoções e juízo, uma guerra que me julgaria culpada mesmo depois de ganhar.

Bufei e com isso ele se virou para mim. Não havia tocado o sinal e apenas um terço da sala se fazia presente, alguns em silêncio e outros a conversar sobre a universidade. Olhei para Malik e lá estava, sentado em minha direção - ele se sentava na quarta carteira da última fila, na janela e eu na quarta carteira da penúltima fila, ao seu lado praticamente. Zayn não tinha emoção na face, e mordiscava o lábio inferior, passando vagarosamente sua mão pela barba mal feita e me encarando provocadoramente.

Eu não vi isso, não vi. Ele estava tão sexy, tão quente.

Passei rapidamente a visão para sua roupa e percebi que era uma regata cavada e um par de calças escuras apertadas. 

Fiquei lhe observando, encarando perigosamente igual a ele. Seus olhos percorreram minhas roupas, igual fiz, e me senti desconfortável por ter vindo com uma calça skinny e uma blusa qualquer meio apertada. Naquele momento, apenas naquele segundo eu queria cobrir-me porque o jeito com que ele me olhava me dava arrepios, porque a forma que ele brincava com sua sensualidade perto de mim, causava mais do que borboletas na barriga.

Não, eu não vi. Repeti mentalmente. Tudo que fizemos ontem e todos os sentidos pareciam estar acontecendo novamente.

Enquanto o professor Sparks entrava, a sala ficou em silêncio. Minha atenção estava perdida por ai, prendida a um canto qualquer. Realmente tentava olhar para o quadro, mas a minha mente continuava na casa do Zayn, ontem à noite.

[...]

Educação Física.

Como eu odeio essa roupa: um short curto que nem ia até a metade da coxa e uma regata. Era injusto os meninos usarem algo que cubra mais do que as meninas, sendo que jogamos na mesma quadra. Essa seria minha primeira e última educação física e não poderia deixar de estar feliz.

- Ally! Meu Deus! - ela falou alto, chamando a atenção de algumas garotas no vestiário. - Se eu fosse homem eu te pegaria. - senti minhas bochechas queimarem. Jane é bem discreta, na verdade discreta é seu apelido, porque dizer que "pegaria" a amiga é algo bem normal.

- Okay, fique calada. Não mereço essa atenção.

- Zayn vai amar te ver assim. - olhei para ela com os olhos arregalados. - Ele vai pirar! Porque não veio nas outras aulas? Com certeza iria sensuz- tampei sua boca e a empurrei para a cabine.

Como ela sabe que ainda gosto dele?

- Shiuu... - Susan não deveria ouvir isso nem em sonho, não bastou o ataque que ela teve ontem. Devagar, tirei minha mão.

"Al, você está muito atraente" ela sussurrou rindo.

Fomos para a quadra e eu me senti tão estranha ali, sentindo meu corpo queimar com olhares de todos os lugares.

Mas havia um, um que deu-me frio na barriga.


Obrigadinha amoras! Votem e comentem para mais!

Ally sentindo feels pelo Zayn! O que vai acontecer? Me digam o que acharam!

Blacklist | z.m fanfictionOnde histórias criam vida. Descubra agora