Capítulo 06

48 2 0
                                    

— NÃO ACREDITO, NÃO ACREDITO! — Disse Augusto olhando para seu computador assustado

— QUE MERDA FOI ESSA?! É ISSO MESMO? — Disse Richard, se levantando dando um soco na parede

— ISSO É INACREDITÁVEL, PORRA! COMO ASSIM NÃO PASSAMOS? — Shaman fala se esticando no sofá colocando suas mãos na cabeça deslizando até o seu rosto — fala sério, nem sequer ficamos em terceiro lugar

— Nosso sonho de tocar com sepultura foi por água abaixo, cara que tristeza — Richard comentou com sua voz trêmula — não servimos pra isso cara

— Êêêêpa! — falo o interrompendo — Parem de babaquice, parecem crianças que ouviram um não de suas mães! — Levanto com autoridade e falo olhando nos olhos de cada um — Chega dessa choradeira OK? não passamos, beleza e tranquilo vida que segue, agora ficar lamentando que nem mulherzinhas não dá né? — mal sabem eles que estou em ruínas por dentro, triste realidade é essa que estamos vivendo agora

— Cheguem aqui parceiros — digo levantando as mãos — se aproximem aqui vamos da um abraço coletivo

— E nos somos as mulherzinhas né Isaque? — Disse Shaman

— Cala a boca e chega aqui — falo o olhando muito puto — então galera, bola pra frente OK? Vamos ter a nossa oportunidade , ela vai chegar e vamos segura-la — digo os abraçando e sacudindo — então cabeça erguida e se alguém perguntar sobre a situação digam que não passamos, com um sorriso no rosto

Ficamos um tempo na casa do Augusto, depois fomos embora, ia dar 01:30 da manhã.

Que coisa, acreditava que íamos passar. Não sei qual foi a forma de julgamento das bandas, até agora estou tentando entender o porquê

Chego em casa, subo no meu quarto, molho meu rosto e vou deitar, que dia ruim! Que saco! Irei dormir inconformado

" de tarde quero descansar, chegar até a praia e ver..."

Caramba, estou atrasado, mais uma vez Renato Russo me acordando

Coloquei como despertador a música Vento no Litoral porque não tem como ficar puto com ela, sempre acordo bem

Já é quarta feira,  ontem foi um dia difícil que desejo esquecer

Desço do quarto e saio, não irei para o trabalho hoje, vou visitar a Catherine, preciso me lamentar

— Cath? —Chego entrando na sua casa ao menos bater — nunca tinha feito isso, mas hoje não tem como esperar

— Isaque? Que diabo você está fazendo aqui? Sabe que eu não gosto que entrem na minha casa sem ligar, pelo menos mande uma mensagem né?

Cara, o que eu estou vendo? Não é a Catherine, ela está toda descabelada só de camisola grande que vai até seus joelhos e provavelmente  não deve está de short, deve está só de calcinha.

— Cath, quê isso? Vai vestir uma roupa pelo amo de Deus! — digo me virando

— Ué, você quer o que? Que eu adivinhe quando você vai entrar derrubando minha porta e eu aparecer na sua frente bem arrumada? Idiota!

Nunca tinha visto a Cath desse jeito, mas isso não vem ao caso agora

—  Ta, desculpa mas não dava pra esperar. A banda não passou — Digo sentando no sofá

— puta merda, sério? Caramba — diz sentando do meu lado passando a mão na minha cabeca

— seríssimo, os moleques ficaram tristes demais, tive que manter o pulso firme na frente deles, mas só eu sei como estou por dentro, é como levar uma guitarrada nas costas com as cordas enferrujadas — digo abaixando a cabeça

Amor e rock'n rollWhere stories live. Discover now