Capítulo Dezoito Submundo

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Kezzania continuava expandindo seu reinado. Agora ela não queria apenas um reino. Ela queria o mundo todo. A Bruxa estava aumentando seus poderes cada dia mais. Seu exército não parava de crescer. Lobisomens, morcegos e um demônio poderoso.

Enquanto isso Jakuara e os outros se preparavam para partir para o Submundo.

- Temos que levar um galo vivo - disse Jakuara.

- Um galo! - espantou-se Nelizza - mas pra quê?

- O canto do galo pode petrificar por meia hora algumas criaturas do submundo - explicou Jakuara - também vamos precisar de uma flor muito bonita. Flores conseguem encantar alguns monstros do submundo. Temos que usar todas as artes manhas.

- Boa ideia - disse Jaçuara - precisamos está preparados ao máximo.

- Exatamente! - disse Bauhy.

Elas colocaram uma roupa colada, feita por uma artesã da aldeia. A roupa foi feita exclusivamente para a missão. Jaçuara deixou a aldeia sobre os cuidados de Onixes, seu guardião. E assim foi feito. Ela falou as palavras mágicas e em pouco tempo o portal se abriu. Eles foram passando devagarinho. Quando atravessaram se depararam com um lugar vermelho. Vários vulcões podiam serem visto no horizonte. Larvas de fogo e coisas asquerosas podiam serem vistas ao longe. Um cheiro forte de enxofre tomava de conta da região. Haviam muitas cavernas e estradas entre rochas. Aquele lugar era um tormento para os vivos. Calor e agonia foi o que Belizza e Nelizza sentiram.

- Todo cuidado é pouco - disse Jakuara.

Naquele lugar não ventava. Não havia esperança. Somente tristeza. Em alguns lugares trovejava. Haviam nuvens negras e vermelhas no céu. Eles foram caminhando. Mais a frente bem ao longe, os cinco avistaram uma montanha muito alto.

- É lá - disse Jaçuara - aquele lugar é a Gólgota. É lá que está a Chama da Fênix.

Os heróis foram se embrenhando naquela lugar onde o castigo era constante, não cessando nem de dia nem de noite. Eles entraram em um emaranhado de rochas e foram seguindo. Parecia que as rochas choravam e rangiam os dentes. Havia sangue minando nas rochas.

De repente eles ouviram uivos horripilantes.

- O que foi isso? - perguntou Bauhy.

Encima deles, nas rochas, lobos sem pêlos e vermelhos, os seguiam. Um deles deu um uivo bem alto. Mais criaturas apareceram. Eles não tinham olhos, apenas uma boca trifurcada, cheia de dentes finos e tortos. Eles ouviram algo estrondoso pisando no chão. Era um cachorro gigante de três cabeças. O monstro era horrendo. Tinha olhos de fogo. O cachorro também tinha buracos no corpo, buracos cheio de bicheira. Aquelas criaturas fediam a cadáveres em decomposição.

 Aquelas criaturas fediam a cadáveres em decomposição

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- Cerberus! - exclamou Jaçuara, tremendo.

Os outros ficaram com cala frio.

- Vivos em meu território - disse a voz grave do monstro - não sei como chegaram aqui, mas vivos não ficarão. Matem todos.

Mais lobos apareceram. Eram vários.

- Corram! - gritou Jakuara.

Eles foram se aprofundando nas rochas. De vez em quando eles usavam seus poderes para distanciar os monstros. Bauhy dessepava vários. Mas em um momento o cerco se fechou. Estavam eles  sem saída. Monstros apareceram de todos os lados.

- Sem saída - disse Nelizza.

- O que vamos fazer? - perguntou Belizza.

Cerberus se aproximou deles.

- O que querem em meus dominhos, criaturas vivas? - perguntou com a voz agourenta.

Ninguém respondeu. Ele ficou com ódio e foi mandando os lobos avançarem. O cachorro estava testando os poderes daquelas criaturas insolentes, que resolveram invadir seu território.

Olá, espero que estejam gostando.

A Coroa Negra: Laços de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora