Sangue Azul

Capítulo 2

PRA SEMPRE EM MEU CORAÇÃO

8 anos depois

Vozes aflitas se ouviam a distância pelo lado sul do Castelo, fazendo com que a jovem desperte  afoita de seu sono.

— Papai o que está havendo? – seus olhos se enchem de lágrimas ao notar o entra e sai no quarto onde seus pais dormiam, mas o que aperta seu peito é a aflição nítida no rosto de seu pai.

— Querida volte para seu quarto.– ele tenta desesperadamente tira-la de perto do tumulto.

— Não, onde está a mamãe ?– sua voz é rouca e desesperada por respostas, e antes mesmo de seu pai lhe dá alguma resposta se ouve um grito estridente de dor vindo de dentro dos aposentos de seus pais, e Katharine passa por ele ao notar ser sua mãe, da porta se via a rainha Flora sentada próximo do corpo de sua querida mãe pálida e extremamente febril.

— Fi...lha.– sua mãe pronuncia com dificuldade quando avista a moça assustada as olhando da porta, as pernas de Kath não tinham forças para ir até lá ou ir a qualquer outro lugar, a rainha se volta para moça e vai à seu encontro e a aperta em seus braços em um forte abraço.

— Querida por favor olhe para mim, quero que vá até Raphael e fique lá até que eu lhe chame.– a rainha falava mas Kath não reagia, ela estava em choque.
— Katharine ? Querida está me ouvindo? Filho leve à por favor.– então se deixa ser levada, mas ainda não se move, não fala, ela nem ao menos havia notado a presença do rapaz no ambiente, e aos poucos sua mãe quase desfalecida some de seu campo de visão, e já longe o bastante Kath chora nos braços do príncipe Raphael.

— Kath? Por favor não chore, vai ficar tudo bem eu estou aqui.– por um estante o coração da jovem se enche ao comparar a voz do irmão mas novo com a do mas velho, mas ao ergue o olhar nota-se o quão distintas eram suas belezas.

— Eu lhe adoro Raphael, mas sabes bem quem eu queria aqui.– seus olhos verdes estão avermelhados pelo choro assim como seu nariz e suas bochechas, o rapaz oberserva bem o rosto da bela moça que Katharine se tornou, e por um momento sente revolta pelo que descobriu à um ano atrás quando visitou seu irmão na Inglaterra.

— Então escreva novamente Kath, lhe ajudo no que pedir, mas, por favor não chore.– pobre rapaz, sente tanto remorso por seu irmão ter escolhido se afastar, Kath não tem culpa de nada, e o pior é que nunca se esqueceu de Edgar, embora seu sentimento seja puramente genuíno. Essa triste moça em seus braços não faz ideia do caos que seu futuro reserva, e muito menos imagina que seu melhor amigo está fadado à ser seu futuro esposo.

— Acha que ele me responderá? Já faz seis anos que ele parou de escrever, e agora minha mãe, não posso perder mas ninguém que eu amo, não suportaria.– ela suspira demostrando seu descontentamento.

— Daremos um geito em tudo, confia em mim? – ele diz erguendo o seu delicado rosto entre as mãos, ele vê os olhos da jovem brilhar como pedras preciosas, seu corpo relaxa e ele dá um sorriso vitorioso por fazê-la se sentir melhor.

Aquele resto de noite ninguém mas chegou a dormir, na manhã seguinte Flora foi até ela e cuidadosamente explicou o estado de sua mãe, e novamente a jovem cai em prantos, sua mãe estava muito doente, e nada podia ser feito a não ser aproveitar seus últimos dias de vida, e isso só aumentou seu desejo de ter seu velho amigo consigo, Kath ainda o via como seu cavaleiro que a protegeria de monstros, e agora é o momento exato para tê-lo perto novamente. Mas conforme os dias se passaram suas esperanças de uma resposta ia diminuindo, até em seu coração só sobrar umas dor de ter sido esquecida.

UM MÊS DEPOIS

Olhando fixamente para um ponto qualquer pela janela de seu quarto, era assim que Katharie estava agora, já se passou um mês desde que escreverá para Edgar e não havia tido uma resposta.