Capítulo Único; É de Kim Namjoon que os sonhos são feitos

640 68 149
                                    

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.


Namjoon sabia que tinha visto aquele garoto alguma vez em sua vida, mas não se lembrava de quando e agora estava ali batendo na porta dos fundos do estabelecimento, querendo entregar aquela bolsa pesada e se perguntando o porquê do moreno ter corrido tão rápido quanto o papa léguas assim que o viu.

Já do lado de dentro, no camarim, as pernas de Jungkook tremiam mais que a bunda de Jimin em apresentação de twerk, porque Namjoon poderia não se lembrar de onde conhecia Jeon, mas o outro lembrava e muito bem, a ponto de ficar envergonhado de ser visto com suas roupas largas e aquela "botina de caipira punk" — como dizia Taehyung.

—Jimin! — Jungkook barrava a porta de metal como se o trinco não fosse o suficiente para mantê-la fechada e gritava de um jeito meio sussurrado, que fez o Park rir ao chegava perto do maior, enquanto a porta era socada. — Amiga vem cá, por favor!

—Tem... alguém... aí? — Namjoon não entendia nada e estava louco pra voltar pro seu banquinho, porém não queria fazer papel de ladrão de bolsa logo na primeira semana de serviço.

—Me arruma uma peruca, pelo amor de Cristo! — Os gritos sussurrados continuavam, e Jimin já olhava com deboche para o mais novo.

—Só se eu for tirar da minha bunda. A senhorita sabe muito bem que nas sextas é o Tae que escolhe e traz o meu figurino.

—Não seja por isso, tem uma na minha bolsa e... Puta que pariu. — Afundou as mãos no cabelo — A minha bolsa. — Sem dar tempo do amigo platinado falar nada, Jungkook simplesmente abriu a porta e empurrou Jimin na direção de Kim Namjoon,  sem ser visto, claro.

—Boa tarde Namjoon! Er... obrigado pela bolsa.

—Por nada Jimin! Tá tudo ok, aconteceu alguma coisa com o garoto?

—Nada, é só a pressão dele que baixou, obrigada pela preocupação. — Park pegou a bolsa e fechou a porta normalmente, enquanto Jungkook se sentava na poltrona do camarim, mais mole que mingau.

—Esse desespero todo pra isso? Pra você ficar assim, achei que era um agiota ou o seu boy. — Depois de segundos de reflexão soltou — NÃO ACREDITO, VOCÊ TÁ AFIM DO NAMJ...

Jeon levantou na hora e tapou a boca do Park que falava tão baixo quanto um megafone.

—Cala a boca! Imagina se ele escuta uma coisa dessas... aish, eu vou morrer de vergonha.

—Me conta tudo. Com detalhes. Agora.

Jungkook começou a contar para Jimin a história de como acabou se apaixonando pelo segurança, e ao que descrevia, Namjoon entrava na boate para ajudar Seokjin, o dono do local, a arrumar tudo, tendo um flashback de quando conheceu JK, a garota espetacular do ônibus.

    Eram duas da manhã, e o loiro voltava do seu emprego como segurança numa fábrica de computadores, ele ganhava bem, mas sempre voltava pra casa muito tarde e cada vez mais cansado, quase sempre, cochilando dentro do ônibus. Naquela sexta não seria diferente; Namjoon entrou no ônibus, se sentou nos fundos e começou a pegar no sono, quando ela chegou — hipinotizando-o com um belo vestido rosa, enfeitado de flores da mesma maneira que seus cabelos e saltos altos — parecia ter saído de algum jardim encantado,  e assim como toda sexta-feira ela permanecia linda, impecável e arrancando suspiros apaixonados do segurança, que apesar de observá-la atentamente, jamais dissera qualquer palavra.

R.e.m |NamkookOnde as histórias ganham vida. Descobre agora