- Capítulo 20 -

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(WILLIAM)

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(WILLIAM)

Abri os olhos devagar, ainda com a visão meio turva, mas tentando me adaptar à pouca luz, e senti meu pescoço um pouco dolorido. Foi então que lembrei do que havia acontecido do lado de fora do bunker e imediatamente pensei em Sea.

Sobressaltei-me do chão e comecei a olhar ao meu redor, mas não a vi. Eu parecia estar em uma casa abandonada. Minhas mãos estavam fortemente amarradas nas costas e minhas pernas também, e por mais que eu começasse a forçá-las, não conseguia fazer muito progresso.

Tudo estava escuro, mas havia uma pequena luminária branca em uma pequena mesa a alguns metros de mim, e assim que minhas pupilas se adaptaram à falta de luz, me percebi no que parecia ser uma sala de estar, porém, com todos os móveis quebrados ou fora do lugar, e uma espessa camada de terra cobria a eles e também ao chão. As paredes estavam inteiras, mas a maioria das telhas estavam quebradas à minha frente, exceto a parte onde eu estava, que era exatamente em baixo de uma escada.

Tentei me equilibrar para levantar e em todo o tempo pensava em Sea. Me perguntava se ela havia conseguido abrir a porta do bunker com a senha que dei, se conseguiu se esconder ou se quem fez isso comigo também a pegou, e essa era uma possibilidade que certamente estava me deixando louco.

Eu queria gritar por ela e esperava que ela respondesse, mas minha boca também estava tampada com uma fita, e parecia quase impossível conseguir me livrar daquilo. Ainda assim, comecei a fazer barulhos e grunhidos na intenção de chamar atenção de seja-lá-quem-fosse! Eu precisava saber dela, afinal, foi ideia minha levá-la para fora do bunker. Se eu não tivesse pensado nisso, ela certamente estaria em segurança lá dentro. Maldita a hora em que abri aquela porta!

Depois de poucos segundos fazendo barulhos com a boca fechada e tentativas falhas de levantar, percebi que dois homens estavam se aproximando. Suas roupas pareciam ser pretas e ambos usavam capuzes. Não fazia ideia de quem eram ou do que queriam, mas senti uma raiva crescente ao vê-los se aproximar e pensar em qualquer possibilidade de terem feito algo a Sea.

Um deles parou um pouco mais distante e o outro se aproximou, com um notebook nas mãos, se abaixando ao meu lado logo em seguida. Me movi enraivecidamente tentando entrar no modo defensivo, já que estava quase impossível com o corpo e a boca presos, mas ele não pareceu se irritar com minha reação e apenas estendeu a mão, arrancando de uma vez a fita e me fazendo sentir uma leve dormência nos lábios.

— O que vocês querem? E onde está a garota? — Perguntei instantaneamente, mas ele apenas abriu o notebook e digitou rapidamente algumas coisas, virando-o para mim logo depois.

— Preste atenção. Só temos dois minutos! — Foi o que disse, e antes mesmo que eu pudesse raciocinar sobre aquilo, a imagem do diretor Tanner apareceu na tela.

Franzi as sobrancelhas e me perguntei o que raios estava acontecendo ali e por que o diretor Tanner estava envolvido naquilo.

— Demorei algum tempo para conseguir entrar em contato com você, já que todas as redes de comunicação caíram e não estava fácil conseguir mandar uma equipe infiltrada. Davies, você sabe o que está acontecendo aí, não é?

Tempestade de Areia Where stories live. Discover now