ℂ𝕒𝕡 𝟛𝟟: 𝕍𝕠𝕔𝕖 𝕤𝕒𝕓𝕖 𝕓𝕖𝕞 𝕠 𝕤𝕖𝕦 𝕝𝕦𝕘𝕒𝕣.

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(Atenção: Música classificação 18 anos)


- Oh... Meu... Deus. ADRIEN!!

Ela  berrou olhando para o seu vestido coberto com vodca e sei lá mais o quê, o líquido que escorria pelas suas pernas e pingava no chão ressoava por todo o andar, que estava em completo silêncio. O cheiro do álcool estava forte e eu acabei dando um passo para trás incomodado.

- Me desculpa Marinette!

Ela ainda estava de cabeça baixa encarando o estado do seu vestido, começou a levantar as mãos devagar sacudindo as mesmas que pelo brilho da luz, estavam molhadas. Por fim ergueu a cabeça sombreada por estar de costas para o ilustre, me lançando um olhar que não vou esquecer tão cedo.

Eu acho que fiz uma grande merda.

[1:54 h]


"Marinette"

Estávamos andando pela calçada em silêncio, às duas da manhã dois adolescentes vagando pelas ruas de cara amarrada, normalmente estaria rindo disso, o loiro antes de mim, mas agora isso tem a menor graça, cruzo os dedos para que daqui alguns anos eu possa no mínimo sorrir ao lembrar dessa noite. Estou completamente descabelada e coberta do vômito do Adrien, que por falar nele, está bem vermelho e com a blusa entreaberta sob o terno, as mangas arregaçadas o deixando com um ar de revoltado, ele não confessa, mas sei que está enjoado pelo seu olhar.

Ah... Se eu conseguir lembrar pelo menos da comida como uma boa lembrança de hoje, agradeceria muito. Eu estava andando no mesmo ritmo que o dele quando de repente ele parou me assustando.

- Filho da puta...

Arregalei os olhos ao ouvir as suas palavras, segui o seu olhar de repente sombrio para ver a quem ele se referia, Adrien só xinga (perto de mim pelo menos) quando algo realmente o incomoda e isso me deixou preocupada. Avistei um grupo de uns cinco garotos mal encarados, aparentavam ser alguns anos mais velhos que o Adrien e nos encaravam maliciosamente, senti um frio passar pelo meu corpo e encarei o loiro ao meu lado, aquilo não parecia que ia acabar bem.

- Olha se não é o Agreste... Brincando de filhinho de papai. 

O mais baixo disse se aproximando, usava um casaco vermelho escuro, seu cabelo do mesmo comprimento que o do Adrien só que castanho escuro, tinha a sensação que conhecia ele de algum lugar.

O mais baixo disse se aproximando, usava um casaco vermelho escuro, seu cabelo do mesmo comprimento que o do Adrien só que castanho escuro, tinha a sensação que conhecia ele de algum lugar

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Adrien se enrijeceu com a aproximação do mesmo, ele me jogou para as suas costas me tirando do campo de visão do outro cara.

- Vá a merda Jack.

Ouvi uma risada.

- Você arrumou a padeirinha? Sério isso? Achei que você já tinha cansado de transar com todo mundo, mas você foi mesmo guloso a esse ponto, cachorro.

Adrien rangeu os dentes e me pressionou com mais força contra as suas costas, como ele sabe que minha família tem uma padaria? Quem ele pensa que é  pra me chamar de padeirinha e o Adrien de cachorro?!

- Deixe a gente em paz, eu já te dei aquilo.

- Aquilo? Aquilo foi divertido, mas agora você tem algo bem melhor aí, porque não deixa de ser egoísta e dividi ela com os meus caras aqui?

Inclinei a cabeça para o lado e vi o baixinho apontar para os grandalhões tatuados e nojentos atrás dele, só de me imaginar nas mãos deles tinha vontade de morrer.

- Vai tomar no-

Jack pegou na gravata do Adrien dando um puxão forte, Adrien grunhiu ao ter o seu rosto a apenas alguns centímetros de distância do garoto.

- Você sabe muito bem o seu lugar Agreste... Não vai querer se arrepender do jeito que fala comigo, não é..?

Após alguns segundos de silêncio senti o Adrien ser puxado novamente balancei sob as suas mãos.

- Não é?!

- É.

Fomos empurrados para trás e o baixinho sinistro se virou de costas parecendo passar as mãos pelo rosto.

- Galera... Peguem a garota...

Os caras mais velhos se aproximaram e eu senti o coração do Adrien acelerar, as suas mãos tremiam sobre o meu peito, e eu percebi que ele não sabia o que fazer tanto quanto eu

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Os caras mais velhos se aproximaram e eu senti o coração do Adrien acelerar, as suas mãos tremiam sobre o meu peito, e eu percebi que ele não sabia o que fazer tanto quanto eu...

- Marinette...

Eles estavam se aproximando ainda mais e eu me virei olhando para o Adrien de lado, seus  olhos, estavam marejados, e eu perdi completamente o meu chão...

- Corre Mari... Só corre...

Eu sabia o que estava prestes a acontecer, o que ele estava tentando fazer para me livrar dessa, e e eu não queria largá-lo, não iria, não podia fazer isso... Tem que haver outra forma...

- Eu não posso Adrien...

- Não faça isso comigo... Por favor princesa, corre logo daqui!

Eu senti o meu rosto arder com as lágrimas quentes e o soltei correndo com toda a velocidade que tinha, meus saltos ficaram exatamente onde eu estava ainda em pé, como uma marca do que eu estava abandonando para trás. Os caras tentaram me seguir, mas o Adrien os cortou com uma sequência de socos. Continuei correndo sentindo meu sangue agitar até parar bruscamente, me virei para trás e algumas lágrimas foram arrastadas do meu rosto com o vento.

Haviam pego ele, e estavam todos o socando e chutando incessavelmente, ele se virou para mim percebendo que eu ainda estava ali ao longe observando a cena, gemi ao sentir a agonia que tomou conta do meu corpo, ao vê-lo sorrir para mim com sangue escorrendo entre os dentes, como pode fazer isso comigo Adrien... 

Aquela foi a última imagem que tive sua antes de virar a rua...


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Uทrєαcнαвℓє: A Úℓτiмα Sαí∂α.Donde viven las historias. Descúbrelo ahora