Psicótico com um destino suícida

~ Inesperado ~

Era o primeiro dia de aulas no 3° ano do médio. Leila estava com calsa preta rasgada no joelho esquerdo, t-shirt preta, um tênis preto e branco da jordan, com o seu caderno às mãos e os auriculares nos ouvidos. Estava a espera do autocarro da escola, uma pública, na paragem habitual, até que chega um carro a sua frente e abre a janela. Com uma voz activa e fina diz:
Flora-Amigaaaa!
Leila- Oh!- se espantou un pouco.- Achei que fosse um cara bacana ou um raptor, assim seria mais cool.
Flora- És chata ao quadrado Lei! Entra no carro e vamos juntas.
Leila- ta bem...- olhou para a madrasta de Flora e disse com educação: Olá Sra Cleopatra!
Cleopatra- sim Leila. Tudo bem?
Leila- Dentro do meu normal.
Cleopatra- Ata.

Após chegarem a escola... Tiveram a 1°, a 2° e a 3° aula, e ficaram aborrecidas. Mataram aulas e foram até ao local secreto delas duas, pelo qual, é na biblioteca mas numa sala escura. Por lá começou o papo:
Flora- Leila te falta algo pra seres feliz?
Leila- a que te referes?
Flora- tipo alguém... Ultimamente não tens falado muito comigo como antes.
Leila- Flora!- exclamou o nome dela.- Tu me conheces muito bem e se faltasse algo te diria na boa.- falou calmamente.
Flora- sabes que tenho um irmão mais velho né?
Leila- sim sei, ele vive fora da cidade, como sempre disseste.
Flora- eu menti, ele vive cá.
Leila- tipo, ahm!!- se espantou.- Tu és minha amiga, como é que tu... - interrompeu Flora:
- Ele anda cá mas na psiquiatria.- disse Flora.
Leila- wow...- sua aura baixou ainda mais que o normal.- Nunca me contaste essa parte amiga, mas devias ter-me dito. Tu, tu tens vergonha dele?
Flora- não! Nunca terei e não tenho. Meu pai disse pra o esquecer e minha madrasta como sabes, só imita meu pai, disse o mesmo... Eu falo com meu irmão graças a um rapaz, e agora...- Flora parou de falar.
Leila- e agora?
Flora- quero que ele tenha o seu contacto, acho q vocês dar-se-ão bem!
Leila- não, não, não! Não Sou boa com palavras mesmo em telefonemas, tipo, depressiva 3D!- apontou os dedos na sua face.- Amiga obrigada mas não preciso de alguém mesmo q seja seu irmão, só vc e o meu caderno me fazem bem nessa vida.
Flora- compreendo, mas...-
Abriram a porta.
- Mas o que fazem aqui?- Disse a bibliotecária. Uma senhora com voz roca e aguda.
Leila- parece que deixou de ser secreto...
Flora- estavamos só a, a estudar no escuro...
- interrompeu a bibliotecária:
- já para as aulas meninas! Antes que não vos ponho de castigo!
Num tom baixo Leila disse:
- As aulas da escola já são o próprio castigo.- Flora começou rindo em tom baixo.

Depois das aulas e de um dia, Leila pegou no seu caderno pra fazer seus desenhos suícidas e encontrou um n° de telefone na primeira folha de seu caderno " mas que porra é essa?" pensava. Naquele mesmo instante, mãe de Leila a chamou como se tivesse chateada com algo. Gritando disse:
Sra Marta-Leila anda cá!
Leila saiu de seu quarto relaxadamente, passou pelo corredor que tinha várias fotos de casamento dos seus pais colados a parede, andou até descer a escada. Após descer foi até a sala de estar por onde estava sua mãe com vários papeis e ela disse:
Leila-  O que se passa mãe?