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— Deixa-me explicar-te!
O Rio ainda não superou a antiga relação, a relação com a Kairobi e talvez não vá superar!
Não digo isso para te sentires mal, mas é o que eu penso todos os dias sobre a Kairobi quanto ao Rio.

— Então com isso queres dizer, que devo dar-lhes tempo?

— Eu acho que é melhor. E assim ninguém sai magoado

— Tu podes até ter razão. Até porque tudo aconteceu muito rápido...

— Vês, daqui a bocado... isso vos passa!

— Espero bem que sim.

— Verás. Levanto-me e me despeço.

Ela acena de volta e entra pra casa.

Raquel POV:
Talvez fosse carência, sim. Nos conhecemos de um jeito estranho. De forma rápida e absolutamente inesperada. Não foi algo por acaso, vendo bem, parece até que nos forçamos a nos conhecer. Eu disse, parece, não disse que foi assim!
E, acredito que esse tempo fará bem para os dois, ambos chegaremos a conclusão do que queremos, e do que realmente será!
Claro que só será, se tiver que ser né.

Rio POV:

─ Então como é que se resolvem as coisas? Nunca pões tudo na mesa. Sempre adias os teus sentimentos, sempre guardas aquilo que me queres dizer, eu sei que tu tens cenas pra dizer. Faço isso para puderes falar... não é a forma certa, mas é a que te pode fazer falar.

"— Continua a tentar"

Porquê? O que a Kairobi tem? O que é que ela me fez? Porquê que não consigo largar totalmente o que não me faz bem? Tem quer ser assim difícil? Porra
Eu posso até amar a Kairobi, ainda, mas sinto que não seja algo que me faça voltar. É um amor muito tóxico, faz-me muito mal agora. Fui feliz, sim! Mas já não...

E... quando ela aparece todas as minhas palavras mudam!

Toc! Toc! Toc!

— Precisamos falar!

Arrepio-me todo quando noto que é a Raquel. Aquela mulher que eu quis conhecer por vontade própria, que eu achei que devia conhecer e que me apaixonei em tão pouco tempo. Eu não tava carente, tava e tou a recuperar d'algo trágico(né?!) mas eu senti que eu e ela era pra sempre. Que é pra sempre... e não pode desforevar!

— Concordo, mas... digo tenso e calo

Ela senta-se ao pé de mim e olha-me no fundo dos olhos...
Está tensa, trémula e parece que se me mover, movo o mundo dela.

Respirou fundo, fixou o teto e voltou a ficar o olhar em mim

— O que se passa?

Agora quem respira fundo sou eu... não estou pronto para falar. Hoje não!

— Eu disse que concordava, agora digo que não estou pronto. Não me leves a mal amor

— Sabes onde me encontrar... Levantou e foi-se

Raquel POV:

Parvoíce... mas eu vou tolerar, agora. Não pra sempre!

Rebeldemente, Tokyo!Onde histórias criam vida. Descubra agora