Estranhos!

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  A única coisa que consigo absorver e lembrar enquanto fala e o olho é dor. Minha cabeça dói e leva minha mão até ela, me sinto zonza.

__ Carol você estar bem? - Paulo vem ao meu socorro e me segura __ olha o que fez idiota. Não pode a forçar lembrar de você. E você sabe melhor que nimguém que ela tem motivos para não querer  lembrar de você. Aliás o que faz aqui? Quem te deixou entrar?

__ ainda tenho a cópia da chaves - ele me olha como não acreditasse no que ver __ eu...eu não sabia que ela estava assim - ele engole  seco __ como ela pode simplesmente esquecer de mim? Não. Não eu não aceito.

__ não tem o que aceiar Daniel. Por que ainda estar aqui? Vá embora - me sinto comovida com a sua tentativa. de que possa o lembrar. Encaro seu olhar triste, não sei por que, mas me dói o ver assim.

__ por favor vá embora - não consigo tirar meus olhos dele. O que há de errado com ele? E comigo? __ por ela por favor vá - ele pisca.

__ ok mas não pode ficar assim e você sabe - ele se vira.e caminha até a porta, antes dele passar por ela olha para trás e juro que vi uma lágrima rolar.

__ você estar bem? - desvio minha atenção da porta e olho para Paulo.

__ sim. Ele realmente tinha que ir? - ele me olha surpreso.

__ se você lembrasse de tudo com certeza o iria querer bem longe.

__ sério? - ele me puxa para o sofá e senta em minha frente.

__ sim você sempre estava fugindo dele. Na verdade você foge de tudo e de todos, mais ele em especial.

__ ok eu entendi - pigarreia.

__ então, você foi namorada dele e passou os últimos três dias fugindo dele - justamente os três dias que também não lembro. Ótimo.

__ o que mais? por que estava fugindo dele? - ele esconde uma mecha solta do meu cabelo atrás da minha orelha.

__ não sei se é uma boa ideia. Por que não esquece isso por hoje - ele acaricia minha bochecha __ e continuamos de onde paramos - seus lábios se aproximam do meu, sinto seu hálito quente em meus lábios. Mas também sinto que não devo fazer isso.

__ Paulo...

__ sim - continua com sua proximidade enquanto seu dedão desenha circulos em meu maxilar e sinto suas mãos quentes em minha nuca.

__ eu acho que não é melhor fazermos isso. Estar tudo muito confuso - mesmo que ame o contato de Paulo, me sinto estranha depois de ver o olhar triste de Daniel.

__ compreendo - a mão que estava em minha nuca agora envolve minhas mãos __ me descupe.

__ Paulo imagina, eu amo sua presença, amo estar com você. Podemos continuar nossa noite, se podermos deixar isso para depois - ele sorrir e toca meu queixo.

__ já sei o que faremos.

__ o que? - pergunto curiosa.

__ que tal uma sessão...- ele me lança um olhar que conheço.

__ SUPERNATURAL - falamos juntos e rimos. Passamos horas assistindo, rimos e até nos assustamos aconxegados um ao outro, me sinto incrivelmente bem. Paulo adormece enquanto estou aconxegada em seu peito e assim continuo para não o acordar. Ultimamente ele parece muito cansado, me pergunto se é minha culpa, me sinto culpada por o fazer se preocupar e se sentir exausto por minha causa. São cinco horas da manhã e não conseguir dormir tentando, me forçando lembrar cada farpa que esqueci. Levanto deitando Paulo com cuidado para não acorda-lo. Vou para cozinha, preciso me distrair e não há nada melhor que cozinhar nesse momento. Depois de duas horas, a mesa fepleta de ovos, panquecas e tudo que pude fazer. Léo entra na cozinha esfregando os olhos e para ao me ver.

Uma Garota nada PerfeitaWhere stories live. Discover now