A garota da casa ao lado 𖠰 [Concluída]

Epílogo

7 anos depois...

Liz

Acordo com um choro manhoso vindo do quarto ao lado e o sol da manhã ilumina o cômodo que exala a perfume masculino.
Olho para o relógio que marca 6:50.

- Droga! Harry acorda. - Digo balançando o moreno ao meu lado. - Estamos muito atrasados.

Ele resmunga algumas palavras e vira de frente para mim, lançando um sorriso apaixonado com um toque de malícia.

Eu sorrio também mas começo a levantar.

- Hmf. Não dá tempo pra uma rapidinha não? - Ele se estica na cama.

- Você tem uma reunião muito importante hoje e eu tenho que amamentar um bebê.

- 5 minutinhos... merda, você está nua na minha frente.

- Você ainda não se acostumou com essa visão? Seu terno está na lavanderia e pelo amor de Deus, não pegue a gravata beje. Ela é meio cafona.

- Você é linda e gostosa, não dá pra acostumar com essa visão. - Bobão.

Visto um roupão e vou correndo para o quarto ao lado. Ouço o chuveiro sendo aberto e ele gritar:

- Vai mesmo me fazer tomar um banho gelado? Poxa amor.

- Você é impossível. - Digo rindo.

Entro no quarto e vou direto a bebê que chora incansavelmente.

- Shiii calma, calma.

Solto o laço do roupão e a coloco no peito.

- Você é bem insistente quando quer, sabia disso?

Dizia para a pequena que me fitava profundamente enquanto sugava o leite.

Essa é a Alyssa, nossa filha. Ela tem apenas 7 meses e é a bebê mais gulosa que eu já vi. Desde que ela chegou, mal tenho tempo de parar um pouco e descansar. Mas tudo isso vale a pena quando a coloco para dormir todos os dias ou até mesmo me lembro do seu sorriso, lembro do quanto a amo e o quanto ela alegra minha vida.

É uma intensa rotina e um trabalho que rouba quase todo o meu tempo. Sou diretora e uma das fundadoras da OnGirl, uma empresa de ajuda as mulheres que sofrem ou sofreram algum tipo de abuso sexual. É um trabalho difícil e delicado, mas tenho ótimos funcionários. E nesse exato momento eu preciso de um novo advogado para representar a empresa.

Aly adormece em meus braços novamente por muita sorte — muita sorte mesmo — e eu tenho um tempo para me arrumar. Vou correndo para o closet e visto uma blusa vinho justa e uma saia lápis com uma fenda na coxa esquerda. Nada vulgar, mas sexy e formal. Calço também um par de saltos de bico fino pretos. Amarro o cabelo em um rabo de cavalo alto e arrumo minha franja. Amber diz que eu devia deixar crescer, porque pareço jovem demais com ela, mas eu gosto assim.

- Você está fazendo o café da manhã? - Digo caminhando para a cozinha e abraço suas costas largas. Aproveito para arrumar o terno mal ajeitado e amarrar sua gravata.

- Acho que você precisava de pelo menos alguns minutos sem correr para fazer algo. E você não precisa fazer tudo. - Dizia enquanto passava geleia nas torradas.

Sorri com seu gesto fofo.

- Eu ajudo você, não tem problema.

- Não. Senta ali. - Ele aponta para o balcão com a faca suja de geleia. - Você não vai fazer tudo. Vai olhar o Instagram um pouco enquanto eu acabo aqui.

- Tudo bem... Mandão.

Alguns minutos depois, sentamos juntos para comermos.

- Você falou com o Jake?