O peso do passado

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Tiago adormeceu refletindo sobre sua vida. No que fez na noite que o condenou há dez anos na prisão. Se tinha chance de voltar para lá e mudar tudo. Levantou da cama e ficou boa parte da noite pensando sobre isso. Estava confuso se devia mesmo ajudar o amigo nesse grande assalto ao museu. Seria algo realmente bom, mas muito perigoso. Aquilo estava realmente mexendo com sua mente. Tentou se acalmar bebendo um pouco de água e tomando um ar fresco.

Na manhã seguinte todos acordam e reparam que Tiago não estava mais em seu quarto. Preocupados começam a procurá-lo e depois de alguns minutos percebem que ele realmente não estava ali. Era meio estranho abandonar tudo depois de ter recebido uma grande oferta como aquela do roubo. Adriel disse que suspeitava de um lugar que Tiago poderia estar. Se apressou e foi sozinho atrás do amigo.

Um pouco longe dali tinha um cemitério enorme onde muitas pessoas eram enterradas. Era um campo muito grande e no meio daquelas covas tinha um homem com flores na mão em frente ao tumulo de Solange, uma professora que tinha um grande coração. Sempre foi bondosa gentil. Seu marido havia morto por uma gangue, mas ainda tinha um filho vivo que agora era capitão da polícia. Aquele homem que estava na frente daquele tumulo era Tiago Slim, se lamentando do passado e deixando as flores para prometer um novo futuro, sem perceber alguém se aproxima dele.

– Então, você realmente veio pra cá.

– Como descobriu que eu estava aqui, Adriel? – Slim estava triste.

– Cara, você é meu amigo. Eu te conheço bem. Não tinha certeza que você saberia desse lugar, mas diria que foi um bom palpite – Adriel da um sorriso para o amigo.

– Agora que me encontrou, pode me deixar aqui.

– Não, cara! Você não pode mais se lamentar pelo que aconteceu no passado. Faça novas escolhas. Você não tem culpa disso.

– Até parece. Se não fosse por minha causa ela ainda estaria viva. Não sei se devia deixar a promessa que fiz de lado.

Adriel se aproxima de Tiago e coloca mão no seu ombro e diz:

– Você não precisa se lamentar pelo passado. Tem que se preocupar com seu futuro. O que me diz: pense nas suas escolhas. Pensa assim; um último crime. Só isso que peço. Depois nunca vai precisar se envolver com isso.

– Último crime? – Tiago fica em dúvida. – Não devia me envolver nisso.

E com isso encerram aquela conversa e vão de volta para casa, onde todos estavam preocupados com o desaparecimento de Slim. Danila ficou muito perturbada com o sumiço repentino daquele homem. Ela estava um pouco preocupava. Depois resolvem conversar para resolver a situação, mas no final Tiago acaba indo sozinho para seu quarto para refletir sobre o que devia fazer. Adriel planeja com seus amigos fazer uma surpresa para Slim.

Danila vai até Tiago para saber se ele estava bem, mas ainda estava confuso. Pensava muito sobre a professora Solange e a promessa que fez a ela. Danila ali pega na mão dele e diz que roubar uma ultima vez parecia muito bom. Adriel pedi para todos se reunirem na sala e conta que precisa visitar o museu mais uma vez para fazer uma observação. Queria que Edgar e Slim fossem para ter uma boa ideia do roubo que queriam cometer. Talvez conseguisse fazer aquele homem em duvida mudar de ideia. Tiago pelo menos aceita ir junto para ver o local.

A polícia central da cidade foi alertada esta manhã para ficar de vigia do precioso diamante no museu que ficaria por mais uma semana lá. O grupo que foi mandado para vigiar era o do Capitão da polícia John. Ele já estava com sua equipe nesta hora fazendo checagens sobre o local e como funcionaria o sistema de vigilância.

A equipe de Adriel estava no carro dele estacionando perto. Reparam que tinha viaturas da polícia na frente do museu. Como não tinham o que temer por hora resolveram disfarçar e entrar mesmo assim. Foi o que pensaram, mas o capitão John reconhece o rosto de Tiago. Queria agredir aquele recém-saído da prisão pelo que havia feito com sua mãe. Seus colegas da polícia o acalmam e a única coisa que faz é encarar Slim, que passa do lado meio que incomodado com aquilo. Edgar dá um soco no ombro de Tiago para alertá-lo que nunca se deve encarar um policial. Ele falava por experiência própria, já tinha passado maus bocados por causa disso. Tiago estava achando muito estranho aquele capitão da polícia o encarar daquela forma.

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