Eu nunca estive sozinha, eu tinha ele

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Musica de sugestão:  Falling, Hold on ou Thinking of you

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Todos estavam na sala de jantar, eles que comemoravam  um ano após  a vitória da Resistência contra o Palpatine, mas Rey não parecia comemorar, seu olhar era de tristesa, seu coração estava vazio,  ele havia morrido, ele tinha partido, e só ela sentia a dor de perde-lo,  tudo o que ela via era ele, ela as vezes o chamava entre o silêncio,  ela se sentia presa, sozinha, abandonada mais uma vez, ela que tinha voltado a fazer suas clássicas marcas na parede, em seu quarto em sua casa provisória com a Resistencia,  as marcas eram profundas, também eram um lembrete de que o tempo passava, e quanto mais passava mais tempo fazia que ele tinha morrido.
-Não sabia que você usava luvas pretas- Finn disse
-Eu gosto delas... são bonitas- A Jedi respodeu tomando sua bebida
-Nem sabia que você gostava de preto- Pou Interveio
- Eu gosto e daí?- Ela se zangou
-Não precisa se zangar- Finn falou
-É que vocês só fazem perguntas idiotas
Rose então chegou se sentando ao lado da amiga.
-Desde quando faz marcas na parede? - Ela perguntou
-Você foi no meu quarto?
-É eu estava procurando uma coisa que te emprestei...e vi a parede
-Faço elas a 365 dias, desde que vencemos, agora se me dão licença eu vou para o meu quarto
Rey que logo empurrou a cadeira e foi para o seu quarto, onde se sentou no chão, encostada na parede, onde chorava, e pensava como tinha o deixado ir, como tinha o deixado morrer,  ela pensava como ao longo daqueles 365 dias a vida não era mais a mesma, como ela não conseguia senti-lo, vê-lo, aquilo era uma tortura,  ela não ouvia seus pensamentos, não o sentia mais,  ela também pensava que nunca imaginou perder alguém como ele, nunca pensou amar alguém como ele.
Entre pensamentos ela ouviu alguém bater na porta:
-Preciso falar com você-  Finn disse
-Entre - Ela mandou
Ele observou o quarto da amiga, ele viu as marcas na parede, viu uma blusa preta em cima da cama, ele sabia que não era dela, ele sabia que ela estava sofrendo por alguma coisa...por alguém, mas ele não sabia por quem, isso para ele era o pior, ele não sabia como ajudar.
-Aquele dia em Exegol...eu senti... você...
-Sim morri Finn
-Mas você...?
-Deram a vida por mim, é um poder  de cura, que poucos Jedi possuem, é raro e quase impossível,
-Quem deu a vida por você?
-Sabe Finn, eu sempre me senti sozinha, abandonada, sem ninguém, mas esse foi o maior erro da minha vida, pois eu não estava sozinha, eu tinha ele, eu sempre tive ele, e ele morrer fez metade de mim morrer também
-Quem Rey?
-Ben
-É o...
-Era, ele lutou comigo, sabe como eu sempre soube quando ele estava perto? Ou quando  ele sabia eu estava perto? Bom nós somos... éramos uma Díade da Força,algo que ninguém via a séculos, algo muito raro,  éramos únicos, éramos uma força incrível, nossos almas eram conectadas, nossas mentes, tudo
-Você o amava? Você amava Kylo Ren? Por isso ficava irritada quando falávamos dele, por isso  não falava sobre isso
-Eu o amo Finn, se é isso que você quer ouvir, e isso mata a cada dia, pelo simples fato dele estar morto, eu perdi a minha diade, e niguem sabe qual é a minha dor, niguem sabe,  porque ela é só minha apenas minha, agora saia daqui
Finn logo se retirou, deixando a garota sozinha, mais uma vez, ela marcou mais um traço na parede, ela que olhou atentamente  por alguns minutos, ela que tão de repente sentiu uma presença, ela se virou para trás, e lá estava ele.
-Ben
Ela sorriu, ela apenas sorriu.

Minha Própria Dor ( One-shot) Onde histórias criam vida. Descubra agora