3. O Rito

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     Suas palavras me atingiram com força

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Suas palavras me atingiram com força.
Certo, era verdade que eu o queria, e que suas palavras atiçaram o fogo dentro de mim...
Mas sua voz rouca e seus olhos dourados me estudando profundamente...
- Não precisa fazer isso... - minha voz saiu mais fraca do que eu esperava. Estava evidente que eu o queria, e muito.
Um sorriso travesso, maravilhoso, devo acrescentar, se abriu em seus lábios grossos.
- Não vou perder a única oportunidade de prazer e diversão que tenho. Não me me negue a razão pelo qual existo - me respondeu com sua voz grossa e baixa me fazendo arrepiar.
Então compreendi que aquele brilho em seus olhos eram de puro prazer e desejo.
Ele me queria.
Não especificamente a mim, eu sabia, mas ele queria... o que eu iria dar. Não o julguei, eu também poderia ter escolhido qualquer outro, no entanto...
Sem tirar os olhos dos meus, James inclinou sua cabeça em minha direção e beijou meus lábios, hesitante, conhecendo, provando. Enquanto isso, seus dedos calejados acariciavam meus macios cabelos retirando a fita pérola que o prendia, desfazendo cuidadosamente, todo o penteado meticulosamente feito.
Sabia, inconscientemente, que ele estava me seduzindo. Fui avisada sobre essa capacidade deles, e que nunca deveria permitir que eles assumissem o controle da situação, no entanto, estava tão bom...
Entreabri meus lábios permitindo que sua língua me invadisse, e iniciamos um beijo lento. Nunca havia beijado antes, estão o observei primeiro deixando que ele me ensinasse, e aos poucos comecei a me mover. Segurei seu cabelo entre meus dedos, e intensifiquei o beijo para algo mais faminto.
Imediatamente, sentir seu corpo ficar mais mais excitado, e seus movimentos ganharem uma pequena velocidade, mas obviamente estava se contendo, me esperando. Seus lábios desgrudaram dos meus e desceram a linha de minha garganta em pequenos beijos, me fazendo soltar um gemido que não sabia que estava segurando.
Senti um sorriso se formar contra meu pescoço.
- Já fez isso... antes...? - lutei para falar, sentindo minha voz pesada.
Era difícil pensar em qualquer outra coisa senão seus lábios e dedos em meu corpo.
- Não é educado perguntar sobre ritos passados - sua resposta saiu em uma voz baixa e grave que me fez calar.
Finalmente James levantou a cabeça, e me olhou de cima a baixo. Seus olhos, uma pergunta distinta.
Concordando levemente, deixei que seus dedos alcançassem as alças do meu vestido e as desligassem pelos meus ombros. Assim que o monte de tecido caiu aos meus pés, me deixando completamente nua, fui recebida com o olhar mais feroz de todos. James deslizou os dedos pelos meus seios e os apertou com força, me fazendo dá outro gemido alto, o qual chamou sua atenção a meu rosto novamente. Segurei seu olhar com o meu, um comando direto.
_Rapido!_
Foi sua vez de soltar um gemido angustiado antes de simplesmente me ataca. Seus lábios capturaram os meus, enquanto seus braços me puxava contra seu corpo. Todos os movimentos seguintes ficaram indistintos enquanto procurávamos desesperadamente se tocar. Nunca parecia suficiente, aquela fome dentro de mim, parecia que nunca iria se saciar. Quando nenhum de nós conseguia aguentar mais, James tirou as calças de tecido fino, e se sentou entre as raízes, me puxando em seu colo.
Mesmo nos poucos segundos que nossos corpos se separaram, parecia ser muito tempo. Eu precisava tocá-lo o mais rápido. Mal tinha sentado e já estava o beijando desesperadamente, na mesma proporção que seus dedos me buscavam e me estudavam.
Em algum momento entre nosso emaranhado de movimentos, ele entrou dentro de mim, causando uma leve dor. Mas mesmo enquanto meu corpo se recuperava da invasão, não conseguia ficar parada, e logo comecei a me mover, o que provocou outro de seus risos debochados, mas não me importei.
Cada movimento que fazia ao entrar, parecia acumular um peso dentro de mim. Não era só o prazer iminente, mas como se realmente estivesse criando um poder real, que ia aumentando gradualmente junto a toda a tensão do corpo. Quando finalmente chegamos, juntos, ao clímax, sentir o peso dentro de mim sair como uma onda imensa a invadir o mundo. Talvez tivéssemos criado magia realmente.
Com um último movimento do corpo, desabei contra seu peito. Me sentia mole, sonolenta e relaxada. Ficamos aninhados um no outro, calados, por um tempo.
- Até que isso foi bom - falei me movendo para sair de cima dele.
Pela primeira vez, vi ele rindo verdadeiramente para mim.
Concordo que depois do que fizemos, não poderíamos ser tão hostis um com o outro. Não enquanto estávamos nus e com o gosto um do outro na boca.
- Isso foi mais que bom. Foi maravilhoso - me encarou com um sorriso de satisfação.
Lembrei do que ele tinha dito, sobre ser seu único prazer ou diversão. De fato, devia ter sido incrível para ele.
Observei seu peito, que ainda subia e descia rapidamente, e passei a mão por um dos símbolos de purificação.
- Essas marcas nunca vão conseguir cobrir a luxúria e devastação do que acabou de acontecer - falei com um sorriso. Era tão irônico.
- Por que acha que elas drogam a iniciadas? - ela falou sério, e se voltou ao céu - É mais fácil negar a profundidade do que fazemos quando não lembramos verdadeiramente do que acontece ou do quanto nos entregamos - ele fez uma pausa e franziu a testa para mim - você... o líquido na garrafa... - deixou a frase no ar, mas entendi a sua linha de raciocínio.
- Era vinho com vinagre. Sim eu provoquei o vômito para me livrar da droga. Tinha planejado isso a muito tempo - desviei os olhos.
- Por isso viemos para cá - ele se inclinou na grama novamente e continuou observando o céu - Por que?
Deitei ao seu lado e segui seu olhar.
- Queria ter plena consciência do que estávamos fazendo. De quem seria meu parceiro... na verdade, nem pensei que iria realmente fazer sexo, mas queria lembrar do que tinha acontecido. Cada detalhe.
Seus olhos me encararam de novo, e o observei engolir em seco.
- Preciso te contar uma coisa - ele sentou e ficou de frente para mim. - Os homens querem fazer uma revolta, como as das mulheres, para se libertarem. Mas com essas marcas - ele indicou a própria - não podemos fazer muita coisa, se não ela nos sufoca. Eles sabem que não vai acontecer tão cedo, então criaram um plano. Querem seduzir uma mulher do poder, e a trazer para o nosso lado. Você é a preferida do esquema.
Seu rosto estava sério quando terminou. Não havia felicidade ou raiva em seu olhar, apenas cautela.
Algo se agitou em meu peito. Já esperava por isso. Um grupo de pessoas presa por tanto tempo e sendo obrigado a se entregar em submissão, abandonado seus desejos, sentimento, tudo. Era uma surpresa esperarem tanto para revidar.
- Porque está me contando isso? Suponho que isso não faz parte do plano - questionei inclinado um pouco a cabeça.
Ele deu um sorriso de canto, sem humor.
- Não sei - falou com simplicidade, ecoando minha resposta anterior sobre confiar nele. - Eu sinto que é certo. E você confiou seus planos a mim - ele suspirou e fez como se fosse me tocar para logo depois descansar a mão e sua própria coxa. - Talvez... se trabalhássemos juntos, com honestidade... - deixou a frase no ar.
Era uma situação delicada. Os irmãos dele não acreditariam tão fácil em mim. E as mulheres com certeza não confiariam em um homem, ainda mais se esse fizesse exatamente o que se espera deles: seduzir, manipular e usar.
Não seria fácil unir nosso povo, nem um pouco.
Mas talvez... talvez tivesse uma chance. Bem pequena na verdade. Mas poderia dá certo.
James ainda me observava atentamente, esperando um comentário, uma reação.
- Eu tenho uma proposta para você - anuncie o encarando.
Seus olhos se estreitaram com suspeita, mas permaneci em silêncio.
Se ajeitando em minha frente, me puxou para o seu colo, e me surpreendi por não ter percebido o quanto ele estava excitado novamente. Não que eu ficasse encarando seu membro... Não com frequência, pelo menos.
De repente, passou pela minha cabeça que ele não estava apenas esperando para minha resposta sobre a revolta.
Segurei em seus ombros enquanto ele passava seus braços a minha volta me prendendo a ele.
Eu detestava admitir, mas ele tinha pegada e mesmo falando sobre algo tão sério, meu corpo ainda implorava pelo seu.
- Estou ouvindo - roronou com uma voz rouca de predador, que me sugeria o contrário. Seus olhos presos nos meus enquanto esperava pacientemente.
Passei as mãos pelo seu peito, inclinando a cabeça para o observar melhor. Abrindo um sorriso perverso, típico de uma presa avaliando sua caça depois desta cair em um armadilha.
- O que você acha de trabalhar comigo?
Dei um beijo em seu pescoço, em cima da marca de escravidão, e me afastei encontrado seu olhar.



   - O que você acha de trabalhar comigo?    Dei um beijo em seu pescoço,  em cima da marca de escravidão, e me afastei encontrado seu olhar

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Olá, pessoal.

Alguém sentiu calor? Kkk

Bom, próximo capítulo é um extra. Então, tecnicamente, chegamos ao fim do conto.

Espero muito que tenham gostado e obrigada por terem lido kk.

Comentem o que acharam desse capítulo, ou do conto todo também.

Votem, para ajudar a amiguinha escritora aqui kkkk

Beijinhos das sombras, e nos vemos no capítulo extra.


Progenitum Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin