A morte do meu amor.

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Em uma bela noite de domingo
a saudade veio me visitar e
me convidou para ir à um velório.

Disse que um ente querido tinha morrido e seria velado em um lugar que fica ao lado da maternidade onde nasce os sentimentos, lá no coração.

Depois, chegou a decepção e me contou que um bebê havia nascido e que a mãe não podia cuidar dela, então eu deveria visita-la e após algum tempo, ela ficaria abrigada no meu peito.

Após a decepção ir embora, eu me arrumei e fui ao velório.
Mas, não imaginava que o defunto era o meu amor.
Então, eu me desesperei.

Contudo, a decepção novamente me encontrou e me disse que o amor tinha sido se envenenado, levado por outro alguém à um lugar onde foi alimentado pelo ódio e depois retornou ao seu lar.
Mas, passou mal.
Por isso, o carinho o levou à um hospital onde as lembranças do que o fez nascer tentaram reanima-lo, mas já era tarde demais.
O amor não resistiu ao veneno do ódio e me deixou,
sem ao menos se despedir,
sem ao menos me permitir dar um último beijo em seu rosto.

Após o velório,
eu fui conhecer a tal bebê que precisava de mim.

Quando entrei no quarto da maternidade, encontrei uma linda bebezinha chamada "Mágoa", de pele tão alva que parecia ser feita de nuvens, mas o seu semelhante era excepcionalmente amargurado.

Ela não parava de chorar.
E rejeitava a "Angústia", sua mãe,
sempre que ela tentava cuidar dela.

Após alguns dias, eu retornei à maternidade e mais uma vez a decepção estava lá.
Porém, o motivo era outro.
Em vez de me informar sobre alguma morte, ela apenas me explicou que a "Mágoa" ficaria no lugar do meu querido amor por um tempo indeterminado.
O que fez o meu coração pesar.
Pois eu sabia que assim como as outras "mágoas", ela não traria nada de bom.

- Amanda Lindsay.

Submersa em sentimentos. Where stories live. Discover now