XIX - AS SOMBRAS DA MORTE

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- Tudo que me lembro é de ter sido encontrado pela santa madre Lauren de Ardelean; que auxiliada pelas irmãs do Monastério de Bran resgatou-me das trevas de Hoia Baciu, a floresta amaldiçoada.

- Tudo que me lembro é de ter sido encontrado pela santa madre Lauren de Ardelean; que auxiliada pelas irmãs do Monastério de Bran resgatou-me das trevas de Hoia Baciu, a floresta amaldiçoada

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Meus ferimentos foram tratados, fui acolhido e alimentado, porém não me lembrava de quem eu era, se tivera algum nome ou passado, se é que já tive algum.
No convento onde fui abrigado fiz dois grandes e inseparáveis amigos:
Adam, o monstro criado por um cientista louco chamado Victor Frankenstein, e Bella, a filha de um lendário caçador de monstros, chamado Van Helsing.

Não demorou muito para que confiássemos incondicionalmente uns nos outros, e logo nos juntamos como irmãos para combater a ameaça dos vampiros que viviam atacando os vilarejos da Transilvânia.

Apesar de confiar em todos ali do monastério, a única coisa da qual ainda me lembrava, era de possuir um voto com Nosso Senhor, de jamais mostrar meu rosto a ninguém, pois meus olhos possuíam cores que iam do rubro ao alaranjado, e eles poderiam causar estranheza às pessoas. Uma estranha anomalia em minha cútis, também me fizera ter o corpo todo acinzentado.

Segundo a santa Madre Lauren, ninguém jamais viu meu rosto e assim deveria ser, por todo o sempre.
Portanto apenas quando estava só, nas câmaras mais secretas do Monastério de Bran, eu me despia para me banhar ou tratar meus ferimentos de batalha, que milagrosamente sempre se regeneravam dum modo que eu ainda não compreendia.

- Então... - Uma linda mulher ruiva de belos olhos azuis e cabelos cortados ao estilo moicano que trajava um vestido grená acetinado e justo ao corpo, disse com um sotaque afrancesado enquanto se levantava de uma confortável poltrona de estofado marfim, numa grande sala onde conversava com um homem de pele branca e acinzentada, cujo rosto era ocultado por uma máscara que mostrava apenas de seu nariz para cima, indicando que ele possuía olhos com íris avermelhadas, e o corpo estava trajado com um grande sobretudo de couro negro, que por sua vez cobria roupas que pareciam ser feitas de algum tipo de malha justa e preta.
- Após todo esse tempo, finalmente deseja relembrar o que houve naquele século? - A mulher disse dando às costas ao seu interlocutor, caminhando pelo lugar que possuía decoração pós-contemporânea, com painéis e aparelhos eletrônicos que remontavam a um verdadeiro escritório super moderno.

- Não estamos mais na Idade Média, não é, Madame Le Étrange? - Disse o homem misterioso, enquanto se levantava e caminhava até ela, quando algumas cortinas blackout se abriram e o céu noturno de uma gigantesca metrópole asiática dos dias atuais surgiu diante dos dois, agora parados à frente duma gigantesca janela de vidro panorâmica.
- Exactement! - Madeleine Le Étrange disse indo para trás dele e colocando as mãos sobre seus ombros, concluiu:
- Mas o Tempo, apesar de não ser nosso aliado, ainda pode ser confrontado.
- O que quer dizer? - Questionou o homem estranho e de outro tempo, quando ela disse:

- Estamos reunindo algumas pessoas, como o senhor, meu caro, que quero que conheça. Inclusive, o senhor será a resposta para os questionamentos de uma delas... Plus précisément!

[ UDG ] Sr. CONDEWhere stories live. Discover now