11-Não acredito...

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Eijiro On

Já é domingo a tarde e ainda estou no hospital, a doença parece ter dado uma pausa já que não estou mais com tanta irrigação na garganta e os espinhos também pararam um pouco de crescer.

O povo aqui é super gente boa também, as vezes posso andar até o pequeno pátio que tem no centro do hospital se eu ficar entediado. Lá sempre tem algumas crianças brincando e idosos conversando e observando a beleza do dia, gosto de lugares tranquilos assim. A única coisa que não gosto daqui é a comida, então o doutor autorizou minhas mães de comprar ou fazer comida para mim, o problema é que sempre é a mesna coisa, sopa! E meu Deus, isso já ta me enjoando.

Mas bem, eu estava pensando em pedir pro doutor para eu voltar pra casa hoje, eu quero voltar para a escola amanhã... Mesmo que ficar e conversar com as pessoas aqui seja bom, quero aproveitar ao máximo esse mês com meus amigos e principalmente, com um certo explosivo, mesmo que ele esteja puto comigo por aquele engano sobre ele e o... Midoriya... Quero deixar claro pra ele que não sinto nojo por pessoas que fazem parte do grupo LGBTQI+, além do mais, também faço parte.

Solto uma pequena risada com isso, enquanto me levanto da cama indo andando até a pequena varanda do quarto, o quarto é apenas no terceiro andar mas ainda tem uma bela vista da cidade. Vou esperar o doutor e minhas mães voltarem para eu pedir pra voltar, mesmo que eu seja rejeitado ao ficar perto do Katsuki amanhã, eu não vou ligar. Além do mais, só tenho mais um mês de vida mesmo..

Penso essa última frase com um sorriso triste indo me olhar no espelho do quarto. Espinhos meio escondidos pelas faixas nos antebraços, cabelos baixos com a raiz já voltando a cor original, olhos não tão brilhantes como antes e pele meio pálida. Quem diria que aquele Eijiro animado, com sempre um grande sorriso no rosto, sempre ajudando as pessoas a se levantar, esta nesse estado agora... Que coisa né?

Escuto barulho da maçaneta da porta girando, olhando para a mesma vendo o doutor e minhas mães entrarem e me olharem com sorrisos gentis, mas ainda perceptível no fundo, o sentimento de pena... Não é que eu não gosto de ver as pessoas sorrindo, mas é que esses tipos de sorriso me fazem me sentir... Estranho... E isso me irrita um pouco.

Acabo desviando o olhar dos três entrando no quarto por um momento, fechando um pouco as mãos em punhos e soltando um leve suspiro, para esse sentimento de irritação ir embora.

-Então Eijiro, como esta se sentindo? - Diz o homem me olhando enquanto minhas mães se encostam no sofá me olhando atentamente, me deixando um pouco desconfortável...

-Eu to me sentindo bem melhor - Digo ignorando o sentimento de irritação que volta a me incomodar, indo até minha maca me sentando na mesma.

-Que bom, os medicamentos estão fazendo um bom efeito então. - Diz Ichiro soltando um suspiro aliviado, voltando a olhar para mim. - Ah é mesmo, você queria me pedir algo, não?

-Sim, eu quero... - Junto minhas mãos brincando com meus dedos enquanto olho para baixo hesitando um pouco o pedido. Eu estou com medo de que não me deixem sair daqui, que eu tenho que passar meu último mês de vida apenas fechado nesse hospital. Não que aqui seja lá ruim, longe disso!

Respiro fundo bem devagar para não me incomodar, e solto o ar para falar tudo de uma vez, olhando para frente confiante para pedir minha saída pra eles.

-Eu quero voltar pra casa - Digo enquanto Ichigo me olha um pouco surpreso, mas poucos segundos depois o rosto de surpresa é trocado para um sorriso.

-Eu sabia que você ia pedir isso - Ele fala dando risadas baixas a minhas mães, enquanto uma delas solta um "eu falei",me fazendo inclinar um pouco a cabeça pro lado confuso.

-Eu e suas mães estavamos conversando sobre isso antes de vir para seu quarto, elas me falaram do porque você não quer a cirurgia e etc. Você deve estar querendo aproveitar esse mês o bastante com os amigos não é? - Ele diz com um sorriso triste, mas aquele sorriso que talvez saiba como estou realmente me sentindo no momento. Será que ele, ou algum conhecido, já pegou Hanahaki alguma vez...? Queria perguntar mas seria muita invasão de privacidade, me fazendo apenas mover a cabeça respondendo um "sim".

Sou tirado dos meus pensamentos por ele colocando a mão na minha cabeça e me fazendo carinho, vejo ele me olhando com olhos de tristeza profunda, como se fosse chorar, mas ainda com sorriso no rosto.

-Você me lembra meu filho... - Olho surpreso para ele e vejo ele olhando para minhas mães em seguida. - Sinto que ele vai conseguir alcançar o coração da pessoa que ama, mas caso contrário, aproveitem seu tempo com ele. - Ele diz tirando a mão do minha cabeça se sentando no banco em frente ao sofá que minhas mães estão.

-Meu filho também pegou Hanahaki, isso faz um ano e alguns meses, se não me engano... Eu não era um bom pai, nunca dava atenção para ele. Quando descobri que ele estava com a doença eu pensei que, com a individualidade que ele tinha, podia fácil fácil aguentar ela. - Ele começa a contar a história sua e de seu filho de cabeça baixa, dava para sentir também um tom de ódio de si mesmo ao falar sobre não dar atenção ao garoto. Isso me lembra a história de alguem...

-Eu trabalho nesse hospital a anos, a doença dele aumentou e ele veio para cá, mas sendo atendido por outra medica. Eu no fundo estava preocupado mas me entupia de trabalho também para esquecer a mãe dele, que morreu no parto, eu era aqueles pais idiotas que odiava o filho por que pensava que o garoto era culpado de tudo. - Diz ele batendo a mão na cabeça e apertando seus próprios cabelos devagar.

-Um certo dia eu acabei sonhando com a mãe dele, e me lembrei de uma promessa que fiz ha ela, mas tinha me esquecido completamente. Proteção... Eu tinha prometido proteger, amar ele a todo custo com minha vida. Aquele sonho me fez repensar em tudo que passei, o que fiz e não fiz para ele, me fazendo perceber o idiota que eu fui. - E foi mesmo... - Mas me toquei tarde de mais... - Ele diz apertando mais seus cabelos com um olhar frustado para o chão.

-Mas por que eu lembro ele? Tipo, tirando o fato da doença... - Algo esta me incomodando...

-Ele tinha uma individualidade muito parecida com a sua, além de se ele estivesse vivo, vocês teriam a mesma idade. - Não acredito...

-Qual o mome dele? - Digo meio desesperado, fazendo ele me olhar um pouco surpreso, e pelos olhares de minhas mães, elas já devem ter entendido o por que das minhas perguntas.

-Nome dele? Era Tetsutetsu. - Ele diz e eu arregalo meus olhos, não acredito que é ele o pai do meu ex melhor amigo. Sinto minha raiva aumentando ao lembrar o quanto Tetsu reclamava de seu pai para mim, mas nunca tinha me falado que tinha hanahaki. Meu melhor amigo mentiu para mim? Ele sempre falava que era apenas uma simples gripe e não anunciaram a causa verdadeira da morte, o qual idiota eu sou de não ter percebido? Quando ia me levantar para ir até o homem a minha frente, com raiva, minha mãe (Harumi) segura meu braço me olhando atenta, ouço batidas na porta fazendo Ichiro ir até lá abri-la, revelando uma certa moça de cabelos loiros espetados.

-Mitsuki?

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Ieiii 4:00 da madruga, terminei um pouco mais cedo kskskksksksk

acalmem-se, não queiram me matar por acabar por aki ksksksksksk

Cara, como falei antes: Algo confuso ou erros de ortografia? Desculpa! E me avisa se acharem pfv, são sintomas do sono. TuT

Mesmo eu relendo e relendo, não sei se gostei muito desse cap, mas ok ;-;)

Talvez saia outro essa semana ainda UwU

(Edit: meu Deus era pra isso ter saído duas da tarde, mas dormi igual pedra e só lembrei agora :V mals ae kakskskskskks)

Amor Por Um Explosivo (Concluída)Where stories live. Discover now