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Alyssa abraçou a filha que tremia. Era impossível ela estar doente. Ela tinha sangue de vampiro em suas veias. A não ser que fosse uma doença mágica. Ela logo sabia que era obra da sua mãe. A mais velha deu um beijo na testa da filha. Ela teria que resolver a questão antes que a filha piorasse. Mas também não podia deixar a filha sozinha. Estaria na hora dela engolir seu orgulho e falar com Kol? 

-A Kalyne não apareceu, ia ensinar-lhe alguns feitiços. – Kol entrou com hesitação no quarto

Perto das duas, ele parecia mudar completamente. Já não era o vampiro Original sociopata que matava por puro e genuíno prazer. Ele tentava ser o melhor homem possível. Por elas.

-Eu preciso resolver algo. Podes ficar com ela? – Alyssa pediu levantando-se da cama

A morena limpou as lágrimas e tentou passar por Kol, mas este a segurou suavemente, impedindo-a de passar.

-O que se passa? – ele perguntou sério

-É importante Kol. – grunhiu – Fica com a Kalyne que não está a sentir-se bem. – passou por ele

Kol suspirou sabendo que não impediria Alyssa. Ao invés disso, pegou Kalyne – que além de pálida, tremia – no colo e aconchegou-a em seus braços.

-Vamos! – ele disse

-Mas…- tentou contradizer

-Quanto mais tempo perdemos, ela piora. – disse impaciente, mesmo não sabendo o que se passava

Novamente, Alyssa foi obrigada a engolir o seu orgulho e assentiu. Os dois rapidamente entraram no carro.

-A minha mãe está a tentar mata-la. – depois de longos minutos de silencioso, Alyssa pronunciou-se

Alyssa estava no volante, Kol ao seu lado, e Kalyne no banco de trás, a dormir.

-Eu lamento. — referia-se a sua mãe

-Não lamentes. – disse ignorante apertando o volante em sua mão

-Eu sei que te importas. Eu sei! – ele esbravejou irritado com a frieza dela

-Não sabes nada sobre mim! – gritou de volta

-Eu sei! Sei o quanto odiavas a ideia de ser a próxima regente do clã. O quanto preferes o cabelo solto ao invés de preso. Que és destra. Que tens a mania de revirar os olhos, mesmo que de forma inconsciente. Que adoras comer cereais, aliás, és viciada. Que adoras correr e espairecer. Preferes chá a café. E que bufas sempre que não queres admitir que outra pessoa tem razão. – ele explodiu

Depois veio silêncio. Um tenso e longo silêncio. Alyssa digeriu as palavras dele. Ele a conhecia. A conhecia de verdade.

Ela bufou e Kol sorriu vitorioso.

-Eu normalmente sou uma pessoa impulsiva, mas nisto… será a razão a ganhar. – lamentou sem olhar para ele

-A razão muda. – murmurou Kol, por pouco ela não ouviu

Ele estava empenhado em reconquista-la. Bastante empenho.





























Alyssa parou o carro diante da sua antiga casa e suspirou. Ela teria que ser forte por sua filha.

-Se algo acontecer, - Kol agarrou suavemente no pulso dela quando a mesma abriu a porta do carro para sair do mesmo – serei obrigado a intervir.

Ela sorriu.

-Claro que serás! – revirou os olhos antes de descer do carro e entrar no enorme casarão.

Alyssa suspirou quando viu as escadas logo ao entrar. Subiu os degraus apressadamente e encontrou sua mãe parada com a boneca da filha. Feitiço de ligação.

-Fico feliz que tenhas vindo. Foi difícil localizar-te.

-Já não podes reclamar que eu não prestava atenção quanto ensinavam os feitiços. – sorriu sarcástica

-Realmente…- forçou uma risada – Mas devo demonstrar total deceção. Preferiste estragar a tua vida tento aquela aberração…- cuspiu com desprezo

-Não fales assim da minha filha! – Alyssa atirou a mãe contra a parede

-Incendia! – a mais velha exclamou e a boneca começou a pegar fogo

No carro, Kalyne que dormia começou a gritar de dor. Kol encarou o braço da filha vendo queimaduras surgirem. Ele teria que intervir. Em velocidade vampírica, pegou na filha e tentou entrar na casa, mas não conseguiu.

Ele não havia sido convidado a entrar. Sem convite não poderia entrar. Ele então pegou na madeira da cerca e mirou em direção a velha mulher. Com a pontaria certeira, o pedaço de madeira atravessou a barriga da mulher. Tudo pareceu em câmara lenta:

A mulher cuspiu sangue, com os olhos arregalados e olhou para baixo. Kalyne ainda gritava de dor, libertando uma quantidade absurda de poder, que estava a destruir a casa – estava prestes a desmoronar. Alyssa trouxe a boneca até si, apagando o fogo, então a criança de 7 anos parou de gritar. Suas queimaduras, graças ao seu lado vampiro, começaram a cicatrizar.

-Sai daí! – Kol gritou e Alyssa correu o mais rápido possível para a saída

Quando chegou perto do Mikaelson, os braços fortes dele a rodearam. Ela permitiu-se sentir aquele momento.

O casarão desmoronou. E veio o silêncio. Alyssa tornou-se oficialmente órfã de mãe.

-Mãe…- Kalyne fungou – Falta a escuridão. – murmurou antes de desmaiar.

05 | Make it Home Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang