Capítulo 9

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"O coração dispara, tropeça, quase para. Me encaixo no teu cheiro. E ali me deixo inteiro."

Eu amei te ver - Tiago Iorc


"(...) e de repente meu apartamento ficou grande demais, foram só algumas horas juntos aqui, mas eu já sentia falta de Antonio."


Cada dia e cada semana que passava eu queria estar mais perto de Antonio, ele ia muito ao meu AP, principalmente nos fins de semana. Saíamos muito e neste período nós não estávamos ficando com ninguém, a gente só estava curtindo nossa amizade que cada vez estava ficando mais forte.

A gente ia a barezinhos, festas de amigos, fomos de novo a um churrasco no Léo, fomos até em uma boate, eu tenho que admitir que talvez e só talvez o Antonio não ficava com ninguém, porque eu não o largava.

Nos barezinhos sempre alguma menina chegava nele, mas eu sempre dava um jeito delas vazarem, no dia em que fomos a Boate, era uma menina atrás da outra chegando em nós, até teve uns carinhas que ficavam nos encarando, mas acho que a hora que eles viam minha cara fechada, ninguém se atrevia a chegar.

Eu não sei quando eu comecei a me incomodar com o Antonio desfilando sem camisa pela minha casa, não havia nada de diferente, mas eu não conseguia tirar os olhos dele nem disfarçar quando ficava secando-o.

Só sei que de repente, eu me pegava pensando nele, no corpo dele, eu ia dormir e via seus olhos verdes, eu devia estar ficando louco, pois neste tempo todo, Antonio jamais deu qualquer indicação que ele não pensava em mim como amigo, ao contrário, ele se mostrava um homem masculino, profissional, interessante, sexy, lindo e eu de novo pensando em algo proibido com Antonio.

Eu sabia que por mais atraído que eu tivesse por ele, eu não poderia fazer nada, eu estava confuso, eu não sabia o que eu queria com ele, mentira, eu sabia sim, eu queria beijar a boca dele, queria me perder no cheiro gostoso do seu pescoço, queria lamber seus mamilos rosados, apertar sua bunda gostosa entre minhas mãos e me enterrar nele até me perder no seu corpo, só podia ser castigo.

Eu não podia transar com meu amigo só para satisfazer a minha vontade, tudo isto teria uma consequência, e aí é que eu não sabia o que realmente eu queria, eu sabia o que eu não queria, que era perder minha amizade com o Antonio de novo.

Nós não éramos mais adolescentes e eu não poderia arriscar, eu poderia ficar com outro cara?

É claro que não, embora eu não pensasse mais com repulsa em ficar com outros caras, eu queria era somente o Antonio, era ele que meu corpo pedia, era ele que assombrava meus pensamentos, era nele que eu pensava quando batia uma no chuveiro e na minha cama, nas minhas noites solitárias, e isto só podia ser vingança do destino, logo eu, que o repeli, que o expulsei da minha casa, da minha vida, exatamente por ele estar interessado em mim, agora estava desejando ele.

Logo chegou a festa de aniversário de 1 ano de minha princesa Betina, meu Deus como o tempo voa, era julho, frio da porra, aqui no Sul é assim. Andar de moto no inverno aqui é mais que desconfortável, então eu estava andando direto de carona com o Antonio, já que a gente não se largava.

A festa da Betina seria hoje sábado à tarde, Antonio e eu não saímos na sexta, e então Antonio quis dormir em casa, tia Mariana estava reclamando que se sentia abandonada, fui me arrumar para esperar por ele.

Coloquei uma calça jeans escura, um camiseta de manga comprida preta, um cardigan azul escuro por cima, meus coturnos preto, e peguei minha jaqueta de couro para levar caso precisasse, já tinha cortado meu cabelo e aparado minha barba de manhã no Barber Shop que frequento e que fica bem perto de casa, estava cheiroso e ansioso esperando o Antonio, pois não queria me atrasar.

O quanto vale uma amizade? (DEGUSTAÇÃO Disponível E-book Amazon e físico Uiclap)Onde histórias criam vida. Descubra agora