All the time I

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Então, gente... Nesse capítulo eu aconselho vocês a lerem escutando as músicas, deixa a cena mais interessante eu diria...

Primeira Música: First Position - Kehlani

Segunda Música: Talking body - SoMo

Quando for o momento eu vou avisar com "PLAY 🎶" aí é só soltar o som e aproveitar, certo?

Bom, espero que gostem 😁❤️

Boa leitura!!!

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A chave que pedi para Bang Chan não era para abrir a porta do teatro da escola, mas sim para trancar.

Fui cuidadosa em planejar cada detalhe do que eu faria. Eu precisava escolher o melhor horário e a melhor forma de preparar tudo sem que ninguém suspeitasse. Era arriscado demais? Era. E isso que tornava tudo tão emocionante.

Eu deixaria uma cadeira perfeitamente posicionada no meio do palco e acenderia um foco de luz logo acima dela, enquanto o restante do teatro permaneceria escuro. As cortinas que dividiam o palco e a plateia, que geralmente ficavam abertas, estariam fechadas, desse modo, caso algum imprevisto acontecesse, eu teria tempo de inventar alguma alguma desculpa para tentar me safar.

Minha maior dificuldade foi pensar no som... Eu gostaria de poder colocar a música para tocar diretamente nas caixas do teatro, assim, seria mais alta e teria melhor qualidade, no entanto, era muito arriscado que alguém acabasse ouvindo, e como todos os controles ficavam em uma pequena salinha atrás da plateias, bem ao lado da porta, meu disfarce acabaria indo por água abaixo... Tive que me contentar em escolher levar a minha caixinha JBL.

Tratei de pegar um ônibus mais cedo do que de costume para conseguir chegar em um horário em que poucos alunos estivessem na escola, zanzando pelos corredores. A coordenação ainda estava fechada, os professores chegariam alguns minutos mais tarde e os inspetores, naquele horário, estavam ocupados demais tomando conta dos portões de entrada. Barra limpa para que eu fizesse tudo o que precisava.

Após concretizar o que eu já havia planejado, fui para a sala normalmente e tomei o meu assento à frente de Rafa.

- Perdeu a hora? - A garota perguntou, já que Dubu, que sempre chegava comigo, já estava lá.

Fiz um biquinho triste em confirmação, mas mal sabia ela que, na verdade, eu estava bastante adiantada.

Batuquei os dedos impacientemente na carteira. A aula estava um saco, mesmo assim eu teria que deixar um bom tempo se passar para garantir que todos entrassem nas classes, aumentando a chance dos arredores do teatro ficarem totalmente vazios.

Mina me cutucou levemente nas costas.

- Vamos matar essa aula no banheiro? - Sussurrou, entediada. Eu hesitei um pouco, minha ideia era esperar mais, mas se ela estava me chamando para o banheiro, segundas intenções ela tinha, então para quê adiar o inevitável?

Chamei o professor, que era um rapaz bastante jovem, e aleguei que precisávamos sair por conta de uma "emergência feminina", assim ele ficou envergonhado o bastante para não fazer mais perguntas. Era, de fato, uma emergência feminina, eu só não disse qual...

Mina saiu na frente, indo em direção à um banheiro um pouco mais distante (o mesmo em que beijei Sana no primeiro dia de aula), mas, assim que chegamos perto das escadas, puxei a garota pelo braço.

- Espera. Vamos no banheiro ou no teatro? - Adivinhou, apenas por eu estar fazendo com que ela descesse as escadas.

Mesmo que eu não tivesse nada preparado para hoje, eu escolheria matar aula no teatro, afinal, era nosso "esconderijo".

Girl Meet Girl • TwiceWhere stories live. Discover now